Capítulo 11

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          Acordei um pouco antes do esperado e resolvi não dar indícios de que eu já havia despertado. Eu podia sentir os braços do Kang Tae-Moo em volta da minha cintura e seu queixo estava apoiado sob o topo de minha cabeça, era bem notório nossa diferença de tamanhos. Aos poucos e com cuidado, fui me desvencilhando do mesmo que continuava em um sono pesado, pegando uma de suas mãos nas quais me abraçavam e a ergui para que me desse passagem. Assim que saí do sofá, deitei sua mão com cuidado e na ponta dos pés andei pegando cada peça de roupa que foram espalhadas ontem à noite. Achei o sutiã o colocando junto com a blusa de seguida, e olhei mais uma vez ao redor quase batendo em uma das garrafas de cerveja que estavam jogadas em alguns cantos na sala. Encontrei minha saia atrás do sofá e aproveitei para vesti-lá.
          - Droga, a calcinha. - sussurrei para eu mesma olhando ao redor atordoada, eu não queria que o mesmo acordasse e se deparasse com o constrangimento de perguntar o que houve ontem a noite. Sem pensar duas vezes peguei minha bolsa e os saltos que estavam na soleira da porta, virei meu rosto uma última vez vendo-o dormir de forma despreocupada.

          Seu corpo era de fato uma das coisas mais atraentes e eróticas nas quais eu já tinha visto, Tae-Moo não era apenas um homem alto e bonito, era diferente de todos os homens dos quais eu havia saído. No início achei que sua timidez iria quebrar todo o desejo e tensão que tivemos ontem, mas não resisti, ele era o famoso cara sonso que come calado e por dois. Seu corpo estava coberto por um pequeno cobertor deixando á mostra seu peito e bíceps bem delineados, seus cabelos bagunçados caíam sob seus olhos. Dei um meio sorriso e saí do seu apartamento quase as pressas.

          Meus cabelos estavam desarrumados assim que deparei com a imagem no espelho do elevador, estava colocando um dos saltos nos pés e passando um batom rápido, não queria que o porteiro tivesse a certeza do que havia acontecido ontem embora estivesse óbvio. Olhei para meu relógio de pulso e marcavam quatro da manhã, era realmente bem mais cedo do que eu mesma esperava  fugir. Assim que o elevador bipou saí andando em as portas de vidro de entrada do apartamento e para minha sorte havia um táxi estava deixando um passageiro.

- Hey! - quase gritei e a senhora de idade que saía do mesmo me encarou assustada, talvez eu tivesse gritado alto demais.

- Desculpe. - falei segurando a porta do táxi me justificando logo depois de ter sido julgada ao ser olhada da cabeça aos pés. Entrei no táxi e coloquei o cinto de segurança.

- Para onde a senhorita gostaria de ir? - o taxista era um rapaz até um pouco mais jovem do que eu esperava, talvez tivesse a idade do meu sobrinho Edu, o aspecto físico magro e cabelos bagunçados o lembrava bastante, exceto pelas características asiáticas dos olhos. Sorri de canto e passei meu endereço sem parecer tão suspeita do meu plano de fuga.

          Não demorou muito para que eu chegasse finalmente em casa, joguei meus sapatos na soleira da porta e corri para um banho quente, hoje ainda era sábado e teríamos meio período ainda pela frente na empresa. Tentava não pensar no que havia acontecido, se era um erro eu não saberia explicar, mas a única certeza é de que sessenta por cento da culpa era minha, só de ter aceitado o convite eram dez por cento. Escovei os dentes e joguei minhas roupas no cesto, prendendo meus cabelos em um coque e adentrando debaixo do chuveiro lavando o rosto retirando toda maquiagem que ainda restara em minha pele.

- O que foi que eu fiz? - falei enquanto encostava a cabeça no azulejo e deixa a água quente escorrer por minhas costas, tentando relaxar todos os meus músculos que agora estavam tensos. Suspirei e desliguei a ducha saindo do banheiro enrolada em um roupão caminhando em direção ao quarto, buscando alguma roupa que combinasse com um pouco da dignidade que ainda me restara. Eu enlouqueci de vez, só pode. Não havia outro sentido, como seria nossa comunicação hoje? Estranha?

Sparks OfficeWhere stories live. Discover now