Capítulo 9

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Oi meus amores, um recadinho antes de postar mais um capítulo.

Espero que estejam adorando toda a história e peço desculpas se o script anda um pouco arrastado, porém gosto de detalhar absolutamente tudo para que consigam captar bem o ambiente de ambos personagens, também gostaria de pedir um favorzinho, não esqueçam de comentar os capítulos pois é de extrema importância que a plataforma wattpad  atribua  o Sparts Office como uma história interessante e leve para outros leitores e leitoras.

Em fim, é isto. Um beijinho e tenham uma ótima leitura. ♥

**

     Estávamos a um bom tempo em silêncio dentro do carro assim que estacionamos na garagem da empresa, era difícil saber se o sentimento que ali predominava era de raiva, reprovação ou frustração. Era uma atitude na qual eu não me orgulhava e justamente agora não gostaria de desenterrar toda história novamente. Encostei a cabeça no banco e fechei os olhos enquanto suspirava.

- Então quer dizer que... - ela iniciou mas logo foi interrompida por mim.

- Exatamente, roubei o projeto. Não foi nada ético da minha parte e reconheço isto, mas se eu não o fizesse seu pai destruiria o que minha família construiu a anos.

- Agora estou confusa, o que o pai da Seo tem haver com tudo isso? - Alice perguntou de uma maneira calma.

- Desde que a empresa foi repassada para minhas mãos, o senhor Won tinha uma certa ambição nos negócios da família, infelizmente ele nunca soube ser um bom administrador. Na época em que nos conhecemos, a Seo havia acabado de assumir parcialmente os negócios do pai e começou a frequentar a empresa mais do que o esperado - eu não queria detalhar sobre minha vida pessoal ou o que eu e Seo vivemos na época, era totalmente desnecessário.

- E então vocês se conheceram, isso? Se apaixonaram e toda aquela história românticas e clichês de casais, estou certa? - ela parecia impaciente.

- Na verdade não, Seo foi prometida a mim como futura esposa por seu próprio pai. No início não concordei, óbvio! Era algo absurdo. Até que percebi que a empresa na qual Seo e família possuía existia um certo potencial, e me senti desafiado em mudar o quadro de falência. Seguimos com um relacionamento complicado de interesses durante um ano, até eu perceber que mesmo casando com Seo, o risco seria muito maior de termos conflitos na minha empresa do que da sua família. Agora entende porque tive que passar por cima de certas situações para evitar um possível caos?

- Sim. - ela suspirou enquanto olhava para as mãos - Então é por isso que ela quer tirar tudo de você?

- Não vejo outro motivo, nunca tivemos um relacionamento estável. Ela se sente traída, principalmente depois daquela noite em que nos viu juntos, ela sabe que agora depois da parceria, é possível que outras empresas possam entrar em sociedade, e que ela seria minoria em uma votação de cancelamento de contrato.

- Eu devo ter causado um caos, me desculpe. - Seus olhos me encararam e logo ela sorriu fraco afim de amenizar o clima pesado no qual havia se instalado no carro.

- Está tudo bem, a culpa não foi sua. - dei um sorriso fraco e voltei a olhar para frente.

- Posso te pagar uma cerveja algum dia desses? Será um pedido de desculpa por ter se intrometido na sua vida. - ela arqueou a sobrancelha sorrindo, o que me fez rir baixo.

- O que acha de levantarmos a bandeira branca? - eu estava cansado de discutir, Alice me parecia ser alguém interessante, só difícil de decifrar. Porém eu adorava desafios.

- O quer dizer? - ela pareceu confusa.

- Brigamos o tempo todo, não conseguimos ter uma conversa formal e não concordamos em absolutamente nada - comecei a me explicar e fui interrompido.

- Então quer dizer que a culpa é minha? 

- Viu só? - falei a encarando duramente - A última palavra sempre é a sua. - ela pareceu reconhecer e suspirou desviando o olhar - Vamos começar de novo, eu prometo que não sou o mostro que você criou aqui dentro - toquei em sua testa.

- Posso pensar na possibilidade. - ela falou sem me encarar. 

- Então porque não deixa pra pensar hoje a noite? - eu precisava fazer algo diferente.

- Hoje a noite? - ela arqueou a sobrancelha.

- Te passo o endereço depois do trabalho. - dei um meio sorriso - Estamos de acordo? - ela pareceu pensar um pouco.

- Irei olhar a minha agenda, se estiver disponív... - a interrompi de imediato.

- Desmarque tudo - falei abrindo a porta do carro - Até mais tarde - saí o mais rápido que pude pegando minha maleta e seguindo para o elevador.

**

          Havia acabado de chegar no apartamento e aproveitei para um banho rápido, o jantar hoje seria por minha conta e seria a oportunidade perfeita de ganhar sua confiança, eu queria trazer Alice a nosso favor já que diante do contrato estávamos submissos demais a Golden. Antes de sair, enviei uma mensagem para mesma lhe informando meu endereço, não era como se fosse um encontro mas eu queria impressionar.

          Assim que saí do banho, tratei de vestir uma blusa de gola rolê preta com calça moletom escura, aproveitei para colocar meus chinelos e pentear meus cabelos, que no final acabei os bagunçando e perfumando-me com Sauvage Dior. Encarei pela última vez minha aparência e vi que estava bem a vontade.

          Andei em direção a cozinha e subi as mangas da camisa para que não viesse sujar posteriormente, verifiquei a temperatura das cervejas no frigobar e aproveitei para retirar farinha de trigo e o fermento preparando a massa do pão e pré-aquecendo o forno, quando fui interrompido pelo interfone. Caminhei até próximo a porta, olhei através do display e pude ver a ruiva com os lábios vermelhos que tanto me chamavam atenção, ri baixo e logo tratei de abrir a porta revelando uma Alice diferente de todas as outras versões nas quais eu havia visto.

          Seus cabelos estavam soltos e ondulados sem nenhuma finalização como de costume, sua saia justa acima do joelho de cor preta destacavam seus quadris e pernas, acompanhada de um suéter de tricô verde realçando ainda mais a cor da sua pele, junto a um sobretudo marrom com saltos finos e delicados como de costume. Ela me encarou um pouco sem graça e ao mesmo tempo curiosa, para ela seria uma surpresa tê-la convidado ao meu apartamento.

- Certeza que estou no lugar certo? - ela perguntou quando percebeu de que ali era onde eu podia esconder-me.

- Está sim, entre. - falei dando espaço para mesma e a vi retirar os saltos enquanto calçava os chinelos que eu havia deixado na soleira da porta - Com licença. - falei mencionando o sobretudo que tentava tirar dela e que logo foi cedido.

- Obrigada - ela sorriu em reposta e cruzou os braços enquanto andava observando a sala - Então você mora aqui? 

- Sim, passo menos tempo aqui do que deveria. - falei enquanto andava em direção a cozinha que ficava ao lado da sala, era um ambiente aberto.

- Não vamos pedir comida ou sair? - ela me seguiu sentando em uma das bancadas que ficavam de frente a mesa na qual eu estava preparando os pães.

- Não, hoje a comida fica por minha conta. - comecei a amaçar a massa dos pães sob a bancada.

- Então você sabe cozinhar? - ela perguntou enquanto eu fazia pequenas bolinhas e colocava dentro da bandeja que logo iria para o forno.

- Eu sou bom em muitas coisas, senhorita Alice. - brinquei e limpei as mãos em um pequeno pano o jogando no ombro, pegando uma cerveja no frigobar buscando o copo no qual eu havia deixado na geladeira para esfriar, logo despejei a cerveja no mesmo pondo um pequeno guardanapo em volta da base do copo para que não transferisse o calor das mãos para a bebida, e a entreguei.

- Obrigada - ela sorriu contente, e não pude deixar de notar que seus lábios estavam ainda mais atraentes, soltei uma piscadela em retribuição e coloquei a bandeja no forno que já estava pré-aquecido. - O que vamos comer? 

- Um prato especial, só não tive tempo de pensar na sobremesa. - havia esquecido completamente.

- Não se preocupe com a sobremesa, eu a trouxe comigo. - ela falou dando um gole longo na cerveja em seguida voltando a me encarar. 



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