005 - Segredos sujos

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— Estamos chegando, cuidado — Liz avisou, avistando as primeiras luzes da cidade de Alvorada por entre as árvores

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— Estamos chegando, cuidado — Liz avisou, avistando as primeiras luzes da cidade de Alvorada por entre as árvores.

Na madrugada do segundo dia, ela e Yuri finalmente alcançaram a cidade. Estavam cansados e desejando uma refeição decente, mas finalmente tinham chegado.

— Você ainda sabe o caminho? — Yuri perguntou, preocupado com as possíveis armadilhas em que poderiam cair.

— Sei. Se a Mestra Luna não mudou as rotas, eu sei bem.

Cavalgaram mais um pouco até finalmente alcançarem o local que indicavam que estavam perto de Alvorada.

— Nunca deixa de ser impressionante — Yuri falou ao avistar a paisagem.

Mesmo durante a madrugada, a área ao redor de Alvorada era iluminada. Ruínas inteiras do que restou de uma cidadezinha ou um bairro do mundo antigo. Entulhos com rotas que formavam um labirinto perigoso. Além dos incontáveis animais peçonhentos que habitavam cada canto das ruínas, como cobras, aranhas e escorpiões, os Guardiões de Alvorada ainda instalavam armadilhas de todas as formas possíveis. E eles eram muito criativos.

Nicolas tinha dado boas ideias. O Guardião de Castelo Forte foi um dos primeiros grandes aliados de Alvorada, e suas habilidades com armadilhas tinham sido muito bem aproveitadas pela Mestra Luna, transformando as ruínas na principal barreira de defesa da cidade.

— O Nicolas me ensinou o caminho. Vamos.

Os dois Guardiões desceram dos cavalos e passaram a guiar os animais pelas rédeas, caminhando na frente deles. Liz foi primeiro, adentrando um pequeno trecho nas ruínas e pisando com cautela.

Ela mentiria se dissesse que não estava preocupada. Não estava acostumada a ir em Alvorada, mas precisava confiar nas informações de Nicolas.

"Siga a trilha leste marcada pelos tijolos brancos com grafite de serpente" era o que Nicolas tinha dito, o que soava muito mais simples na teoria do que na prática, visto que o rapaz esqueceu de mencionar que os desenhos das serpentes tinham o tamanho de um dedo mínimo e eram da cor de poeira. Olhos menos atentos jamais perceberiam.

Os ruídos por dentro dos blocos e restos de paredes chegavam a arrepiar até os ossos, pois sabiam que os animais perigosos dominavam o local.

— O bom é que se alguma cobra te morder, ela que morre — Yuri brincou. Liz segurou a risada, mas deu um olhar de advertência para o amigo. Não era hora de gracinhas... por mais que tenha sido engraçado.

Quanto mais avançavam, mais estreito ficava o caminho, e mais Liz se preocupava. Talvez ela não morresse com uma picada de cobra, mas não podia dizer o mesmo de Amendoim ou de Sombra. Os cavalos eram presas fáceis naquelas ruínas.

O caminho era mais estreito, o chão ficava cada vez mais cheio de pedregulhos e as ruínas cada vez mais perigosas, além, é claro, do aumento absurdo do número de armadilhas. Liz engoliu em seco ao ver um conjunto de fios de arame muito bem escondidos atrás de uma viga enquanto passavam por baixo do que antes tinha sido uma abertura de portão.

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