009 - Cicatrizes

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O sol começava a se pôr novamente, iluminando o caminho por entre as árvores com uma enorme quantidade de tons dourados

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O sol começava a se pôr novamente, iluminando o caminho por entre as árvores com uma enorme quantidade de tons dourados.

"É tão diferente ver a floresta assim" Kai pensou, ainda em silêncio e apenas observando a paisagem em quietude. Os cavalos de Sarah e Daniel estavam à frente, e ele sentia o conforto de escutar os passos de Café atrás de si.

No passado, estar na floresta era sinônimo de desespero para Kai. Ele só tinha um facão e muita vontade de sobreviver. Estar acompanhado, bem alimentado, com cavalos fortes e boas armas tranquilizava a viagem, permitindo que ele pudesse aproveitar mais da viagem.

— Aí, querem montar acampamento? — Sarah perguntou, virando-se para trás lentamente.

— Acho uma boa ideia — Thomas respondeu. — Um pouco mais para frente tem um posto de vigilância perto de um rio, podemos ficar por lá.

O casal concordou com a cabeça e continuaram trotando.

Kai nunca dava opinião sobre o que fazer naqueles momentos. Os Guardiões conheciam a geografia da região e, por mais surpreendente que fosse, o rapaz conseguia acompanhar o ritmo e a estamina dos companheiros.

A cada metro que avançavam, o rapaz mantinha os olhos curiosos no caminho que traçaram. Durante os primeiros três dias de viagem, Kai pensou que os Guardiões se guiavam apenas pelos pontos cardeais para poderem se encontrar pela mata fechada, mas pouco a pouco ele via os detalhes escondidos.

Não havia uma estrada montada ali onde estavam, afinal, eles avançavam paralelamente à estrada, por dentro da mata, mas isso não significava que estavam cegos. Pouco a pouco, Kai começou a notar as marcas feitas com espadas nos troncos, as plantas que surgiam em lugares estranhos, e como o caminho era sigilosamente sussurrado para os olhos e ouvidos corretos.

Qualquer um perdido por ali apenas veria marcações nas árvores, imaginando ter ocorrido alguma luta, e sequer se importariam com as flores, mas não os Guardiões de Castelo Forte. Eles pareciam saber ler aqueles códigos secretos.

— No que está pensando, menino Kai? — Thomas perguntou, trotando ao lado dele. O rapaz virou o rosto e deu um meio sorriso.

— Quer saber a verdade?

— Sim.

— Eu queria saber o que aquelas flores significam — Kai apontou para uma bela planta com pétalas alaranjadas. Thomas deu um largo sorriso.

— Já descobriu como os Guardiões marcam as rotas, hein?! Acho que estamos sendo óbvios demais...

— Não é óbvio, é que eu escutei Sarah e Daniel sussurrando sobre elas — não era mentira. Kai realmente não teria notado sozinho se não tivesse ouvido o que não era da conta dele.

Thomas esticou as costas e coçou o queixo, alisando a barba com os dedos enquanto pensava.

— Colocar placas é perigoso, então nós desenvolvemos alguns códigos para conversarmos através do tempo — Thomas falou, assim que passaram perto de um largo tronco de árvore com algumas marcações. — Existem diferentes símbolos para entalharmos nas árvores. Alguns significam que um Guardião já passou por ali, outros significam que houve uma luta naquela região, outros marcam a rota e os pontos cardeais...

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