010 - Os demônios de Caleb

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Ruínas

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Ruínas.

Tudo o que restava do que um dia fora o vilarejo onde Kai cresceu, agora não passava de ruínas.

Ainda estavam sobre os cavalos, observando as construções queimadas e destruídas, consumidas pelo incêndio que acabou com toda a vida que ali existia. Num canto ou outro, Kai ainda podia ver as ossadas daqueles que um dia foram seus vizinhos.

Sarah foi a primeira a descer do cavalo, guiando o animal pelas rédeas enquanto caminhava na frente dele, observando o que antes era o centro do vilarejo. Uma pequena praça que tentava recuperar a vida após os danos. O chão de terra batida estava úmido e a lama chapiscava as botas, sujando também as patas dos cavalos.

— Aqui era o centro do vilarejo — Kai falou, ainda em cima do cavalo, melancólico e enjoado. Sentia o estômago dar inúmeras voltas, e tinha medo de pisar novamente naquele solo. — Era aqui que a maior parte da vida acontecia.

— Aquilo é um pelourinho? — Sarah perguntou, apontando para a coluna de pedra no local mais visível da praça. Os ganchos ainda estavam lá, assim como as correntes.

— Sim. Os castigos aqui eram muito severos. O Senhor desse vilarejo adorava punir as pessoas por qualquer coisa — Kai falou, engolindo em seco ao se lembrar de todos os castigos que ele mesmo levou.

Daniel desceu do cavalo e caminhou até a coluna de pedra, tocando-a com a mão e enrijecendo o semblante.

Outrora fora escravo, e aquilo ainda o lembrava dos cruéis momentos que tinha vivido num passado que parecia tão distante. Olhou para Sarah e se lembrou de todas as vezes em que a viu sofrer o mesmo. Não viu Kai, mas pode imaginá-lo.

— Thomas...— Daniel sussurrou.

O brutamontes não precisou de mais nada. Desceu do cavalo e caminhou até a coluna de pedra. Kai, observando o que aconteceria, se juntou com o Guardião. Juntos, começaram a empurrá-la até que começou a ficar frouxa, em seguida, o que antes fora um pelourinho, agora não passava de uma pilha de pedras lascadas e poeira.

— O incêndio destrói tudo, mas as lembranças do inferno resistem — Daniel falou, pisando num pedaço menor da pedra.

— Vamos destruir cada uma delas — Thomas pontuou, concordando com a cabeça.

Daniel deu uma olhada de soslaio para Thomas, numa advertência silenciosa, fazendo o brutamontes desviar o olhar.

— Vamos destruir cada lembrança — o Guardião sussurrou ao vento. — Menino Kai, por onde começamos?

Notando o clima tenso por um instante, Kai respirou fundo e colocou a mente em ordem. Existiam três coisas naquele vilarejo: o que os Guardiões queriam, o que Kai queria, e o que Kai deveria fazer. A última era muito semelhante a dos Guardiões, embora recebesse um pouco mais de verdades reveladas.

Depois do FimUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum