Tudo acontece por um motivo

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Eu não conseguia pensar em nenhuma forma de me aproximar de Diluc. Gostaria de poder saber mais sobre si, mas perguntar sobre isso logo de cara sem o mínimo de intimidade, com certeza ele não levaria isso de uma forma muito boa.

Decido ser mais sutil, perguntar as coisas no tempo certo, assim que eu tenha certeza da nossa proximidade.

Isso...

Por que tanta curiosidade? Eu não consigo entender totalmente, é normal eu ter um pouco de interesse sobre os amigos que fiz durante minha jornada, a história deles. Com um certo nível de aproximação, é normal ter esse interesse, mas Diluc, desde a primeira vez que meus olhos encontraram os seus, algo despertou, um sentimento estranho, eu não sabia e não sei dizer o que era.

Desde que comecei a conversar com ele em algumas missões envolvendo-o, queria estar mais próxima: saber o que ele faria no próximo dia, seus passatempos e até mesmo cor favorita. Talvez isso pois a maioria de meus amigos eu tenho um bom nível de amizade, mas já ele, devido a sua personalidade, sempre pareceu muito distante.

Por que?

Saio de meus pensamentos ao ouvir batidas na porta.

-- Lumine? Posso entrar? -- É o que estava em meus pensamentos a alguns segundos atrás.

-- Sim, pode. -- Me ajeito na cama.

A porta se abre, revelando um homem de cabelo longo, me estendendo algumas cartas e segurando uma pequena caixa na outra mão.

-- Seus amigos souberam da sua volta, eles enviaram algumas cartas.

-- Ah, obrigada. -- Pego-as, analisando, não conseguindo conter meu sorrisinho bobo percebendo que tenho amigos que realmente se importam comigo.

-- Lisa enviou isso também. -- Me entregou a caixa.

Ao abrir, vejo um vestido branco e alguns acessórios.

-- Então, Kaeya veio aqui, perguntando se ele e as pessoas que você recebeu as cartas, poderiam vir aqui.

O olhei, esperando alguma resposta.

-- Bom, isso depende de você, a adega é sua. Tudo bem se não quiser... -- Realmente não queria incomodar.

-- Eles vem essa noite, está bem? Queria avisá-la. -- Ele realmente não queria. -- Acho que você merece.

Acho que não só Jean e mais outras pessoas da cidade se sentiam gratos por eu ter "derrotado" Dvalin, mas Diluc também. Talvez por isso ele esteja deixando isso passar. Como Jean disse, ele possui o mesmo desejo de proteger Mondstadt, não?

Sei que ele está incomodado com esse pequeno encontro que terá hoje a noite, mas por outro lado não quero insistir e recusar essa oportunidade de rever meus amigos.

-- Obrigada. -- Sorri doce, vendo que ele fez isso apenas por mim. É difícil não controlar meu sorriso quando um homem tão sério como Diluc faz algo assim.

Ele desvia o olhar para vários lugares.

-- Certo, estou indo. -- Andou alguns passos para trás, e então passou pela porta, indo embora.

Aproveito para ler as cartas, meu sorriso aparecia em cada uma que lia. Venti, Barbara, Lisa, Amber, Bennett e Kaeya.

Venti, sendo brincalhão como sempre. Barbara, um amor. Lisa, sempre carinhosa. Amber, uma ótima amiga e feliz por eu estar bem. Bennett, se desculpando por qualquer coisa em todo parágrafo e também feliz por eu estar bem.

E Kaeya, com um tom levemente malicioso até mesmo numa carta, mas esse é só o seu jeito... ele é um bom amigo.

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