Flertes amigos

243 38 23
                                    

A manhã em Teyvat sempre foi encantadora para mim, o dia é calmo e silencioso, devido as grandes planícies, que habitava ali nas regiões, abafando o som das criaturas ao longe, se de dia é assim, a manhã é repleta de paz, junto de uma ótima paisagem, devido a coloração que o céu tomava naquele horário, atingindo as árvores com os raios solares que surgiam aos poucos.

Esse horário é perfeito para ficar sozinha ou refletir, e não era o que eu tinha planejado, mas não é como se eu não tivesse fazendo isso. Saí sozinha da adega para caminhar e adentrar algum lago isolado e escondido, livre de problemas.

Eu já havia dito que sempre aproveitava um tempo para me banhar em um lago, é realmente reconfortante para mim estar exposta daquele jeito na natureza, sem que ninguém veja, depois que Aether sumiu, aprendi a viver sozinha, e vi que em certas partes eu aprecio isso, e talvez faça algum sentido já que não sou o maior exemplo de pessoa sociável.

Dentro daquela água morna, meus pensamentos iam de minha chegada em Teyvat, Aether, minha pousada na adega, Diluc, seu comportamento, momentos que passamos, sua personalidade encantadora.

Ultimamente meus pensamentos se focaram muito no rapaz dos cabelos vermelhos, talvez pois não consigo ficar sem fazer alguma coisa, e com minha hospedagem e Jean me proibindo de ter contato com qualquer coisa envolvendo Aether, meus pensamentos se voltaram ao dono da adega, já que havia sido o ponto mais interessante para a minha mente que está sempre em movimento, em busca de explicações.

Desde o dia em que decidimos treinar com as armas trocadas, que já fazia semanas, minha mente sempre voltava para aquele momento, em que eu havia apreciado tanto, e outros também. Aquela cena me traz ótimas sensações sempre que a relembro, e algumas que eu não sabia dizer o que são, mas que me aqueciam por dentro.

Diluc, um dos homens mais misteriosos que já conheci. Sua vida, gostos e história são um mistério, ao mesmo tempo que sei sobre si, sobre o seu passado, sinto que não sei de nada. Mas de algo que tenho certeza, é que ele não é o que dizem ser ou o que eu pensava, ele é muito mais do que bom. Eu não acho o mal falado, tem tantas coisas positivas que vi nele.

Sua preocupação comigo no começo me pegou de surpresa, pois vindo dele aquilo não era de se esperar. Eu vejo que ele se preocupa com aqueles que ama (talvez por conta do seu pai), aprecio sua preocupação comigo (talvez por eu ser hóspede, mas independentemente disso, eu gosto) todos os dias, também ouço suas perguntas a Jean sobre como ela está com frequência.

Também, apesar de não ser seu forte, apesar de ser imperceptível, vejo como se esforça pelo menos um pouco para tentar parecer uma pessoa humorada aos seus amigos engraçados.

São pequenas coisas que vejo nele, que me deixam muito feliz, e que fazem querer descobrir cada vez mais coisas de Diluc, coisas mínimas.

Minha atenção a ele parece que crescia aos poucos. Eu... ás vezes me sinto incomodada, por parar para pensar em algumas coisas que passamos de repente, e sentir coisas que eu não conhecia, isso me incomodava, por eu não saber o que eu mesma sinto.

Com uma expressão incomodada, esfregava levemente os meus braços expostos com a água. Meu vestido, bota e alguns acessórios estavam todos jogados perto de uma árvore, a única coisa que vestia naquele momento era um short branco, que fazia parte do meu traje de aventureira, e um top preto.

Coisas... que eu não conhecia.

A minha expressão incomodada parecia piorar aos poucos.

De repente, a voz de Kaeya ecoou na minha cabeça.

"Tenho certeza que ele já ficou com Mestre Jean alguma vez."

Just YouOnde histórias criam vida. Descubra agora