Apenas sobre você

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Diluc não é uma pessoa ruim, durante a nossa partida de xadrez de ontem, provou isso, além da sua hospitalidade, que provou também que talvez ele realmente não esteja bravo com minha presença ali assim como dissera.

Sua presença parece ser boa, muito boa.

— Está igual a uma bartender. — Disse com os braços cruzados, me analisando com um sorriso, eu retribuo.

Ajeito minhas roupas, uma camisa branca com as mangas empurradas até o cotovelo. Calça preta, mesma cor que as botas.

— Fiz bem em escolher essas roupas então.

Partimos para a cidade de Mondstadt, e então para a tarvena.

Assim que chegamos no local, Diluc rodou a chave, entramos e ele trancou. Acendera as luzes, me mostrando um lugar vazio, porém dava para ouvir um som de esfregão no andar de cima.

Charles? Vou cuidar da maioria das coisas hoje, então não se esforce tanto. — O mencionado do andar de cima concordou. — Venha aqui.

Rodou a chave de uma porta atrás do bar. Ambos entramos no local, que havia várias garrafas de vinho extras, algumas vazias, mais alguns barris e outras coisas.

— Tome. — Viro para trás, Diluc estendia um avental azul escuro.

Pego, vestindo e tentando amarrar, com um pouco de dificuldade, ficando um pouquinho constrangida por estar sendo encarada por um homem que esperava eu terminar de me ajeitar para fechar a porta.

— Ahm...

— Certo, vire-se. — Deu um passo em minha direção, ficando bem perto.

Me viro assim como havia pedido. Seus braços fortes passam ao lado de minha cintura para pegar os lacinhos caídos na minha frente. Assim que os pegou, sinto suas mãos encostarem levemente entre minhas costas e cintura, então ele amarrou.

Esse foi o maior contato físico que já tive com ele.

—— Obrigado... —— Me viro, ele apenas assentiu com a cabeça, seu rosto não esboçava nenhuma expressão.

Saímos do cômodo, Diluc então tranca a porta.

—— Vou me trocar lá em cima, eu já volto.

Me apoio no bar, eu nunca havia o visto sem seus trajes de aventureiro, também nunca havia o visto trabalhando aqui, talvez pois ele passa mais tempo na sua Adega criando novos sabores de vinho.

Espero alguns minutinhos e assim ele desce a escada.

Camisa branca com as mangas erguidas até o ombro, gravata preta atrás do colete preto, com alguns detalhes em dourado e branco, por dentro do colete, um longo avental vermelho que ia da cintura para baixo, mais uma calça e botas pretas.

Ele está pefeito.

Você... está ótimo. — Sorri, tentando disfarçar minhas bochechas rosadas.

Eu sou tão boba, tenho vários amigos bonitos, não tem motivos para ficar assim...

Ele sorriu de volta.

— Obrigado, tenho que estar.

Se aproximou perto da porta da taverna, mas antes de abri-la, puxou seu lacinho para amarrar o cabelo, que tentava com um pouco de dificuldade. Vendo que ele começou a se irritar, me saio de trás do bar, me aproximando.

— Espera aí.

Pego o lacinho de sua mão e amarro seus cabelos vermelhos.

— Quanto cabelo. — Solto.

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