25 - Uma Conversa Inesperada

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"É deveras intrigante — e no mínimo estranho — ser culpada por ser exatamente quem sou".

Lady Joan Morrison

Lady Joan Morrison

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Na manhã seguinte, tanto Joan quanto Albert, amanheceram todos sorridentes. Trocando carícias, ambos completamente apaixonados, tal como deveria ser. Porém, por mais que quisessem permanecer ali, naquela cama, e se esquecerem do resto do mundo, havia responsabilidades os aguardando. Joan tinha um cavalo para adestrar e Albert necessitava ir a Manhattan, tratar de negócios com o senhor Vanderbilt. Por tal razão, os dois, em um acordo mútuo, deixaram a cama.

— Santo Deus! — Joan exclamou, nervosa, ao se deparar com uma evidente mancha vermelha no lençol branco. — Acho que estou nos meus dias de sangramento! — Arregalou os olhos apavorada. — Não, isso não é possível! O ciclo se encerrou semana passada. — A cor sumiu da face quando ela exclamou: — Jesus! Acho que estou com defeito! Estou sangrando de novo! É Deus me punindo por meus pecados! É por isso que só pode ter relações sexuais após o casamento! Oh, meu Deus! Eu sangrarei para sempre! — Lamentou, quase chorando, mantendo a atenção fixa na incriminador mancha vermelha.

Albert, esforçando-se muito para não rir de todo aquele drama, explicou com toda paciência:

— Jô, meu amor. Isso é apenas a prova de que era virgem. Quando o hímen se rompe, geralmente ocorre um sangramento. Isso não quer dizer que está sendo punida por Deus, ou que seu ciclo de sangramento desregulou. É só um sangramento completamente normal após a primeira relação sexual. Não haverá sangue nas próximas vezes.

— Certeza? Acho que minha mãe me rogou uma praga. Lá do outro lado do Oceano, ela deve ter sentido que eu pequei. — Era nítido o pavor na voz dela.

— Absoluta, meu amor. — A senhorita está completamente normal, livre de qualquer maldição, com exceção, é claro, do fato de que já não é mais virgem.

— Ufa! — Ela respirou aliviada. — Por um momento achei que estava sendo punida por ter relações antes do casamento. Achei que ia sangrar para sempre. — Voltou arregalar os olhos, novamente em pânico, quando afirmou:— Albert! Eu posso estar grávida! Santo Deus! Eu com certeza estou grávida. — Lançou um olhar para a barriga despida. — Tem uma criança aqui dentro. — Apontou para o ventre.

Davies caiu na gargalhada. Aquela mulher era uma criatura única.

— Acredito que não. Deve ter de tudo aí dentro, fezes e ácidos gástricos , menos um bebê. Tenho certeza de que tirei antes.

Joan franziu o cenho confusa.

— Não estou entendendo, você tirou o bebê quando?

Albert suspirou profundamente e tentou explicar de uma forma que ficasse muito claro para ela, sem que ele próprio risse da situação deveras singular.

Como Domar Lorde DevilWhere stories live. Discover now