Acompanhante de luxo - boku no hero (Hiatus Temporário)

Capítulo 1

Midoriya Izuku em seus 20 anos de idade, fazia faculdade de dança, trabalhava em 2 empregos de meio período, em um café e por fim em um boliche, como recepcionista. Ele era um homem pobre, e toda essa carga era perceptível em seu rosto, com olheiras profundas, pele oleosa e cabelos baguncados.
Ele corria como louco entre as diversas pessoas de Tokyo, já havia passado de seu horário no boliche. Ainda faltavam duas quadras para chegar. Midoriya praticamente se joga dentro do estabelecimento, dando de cara com seu chefe, que estava no balcão, e sua expressão não era nada amigável. Um sorriso sem graça surge nos lábios secos do esverdeado, pelo desespero.

— Pra minha sala. — O homem diz curto e grosso.

Midoriya se ajeita e vai para a sala rapidamente, se sentando na cadeira macia, começando a batucar os dedos no braço da cadeira. Em poucos minutos a porta é aberta e o homem mais velho se senta em sua frente.

— Eu consigo contar nos dedos quantas vezes você chegou no horário. — O homem começa a falar. — Quantas vezes você não errou ou durmiu no expediente.

— E-eu sei, mas... Eu prometo que vou melhoras.

— Você já me disse isso. Eu realmente não vejo outra opção.

— Não, por favor não me mande embora, eu preciso desse trabalho!

—Eu vou fazer isso pro seu bem, assina aqui. — Fala colocando papeis na mesa.

Mesmo não querendo, Midoriya assina seus papéis, e seu, agora ex-chefe, o entrega um envelope com dinheiro, e o mais jovem sai do estabelecimento, cabisbaixo, com uma vontade imensa de chorar.
O esverdeado se senta em um banco de um parque e suspira profundamente, sentindo uma lágrima escapar.
O dinheiro dos dois trabalhos mal davam para a dispesa da faculdade e para as contas de casa, sua mãe não podia trabalhar, devido a depressão dela, ele não poderia contar para ela que ele havia sido demitido. Mas ele não podia se render, certeza que iria arrumar outro trabalho.

Midoriya se recompõe e vai para a faculdade, aproveitando que ele havia chego cedo e não tinha ninguém na sala de dança, o esverdeado joga sua mochilha velha no canto da sala cheia de espelhos. Uma música é tocada e Izuku começa a dançar, seguindo o ritmo lento do mesmo.
Enquanto ele dançava, alguém entra na sala, Katsuki Bakugou, e vê o homem dançando, ele parecia focado, tão focado que nem percebeu a presença do loiro no local.

— Ah! — Midoriya grita assustado ao perceber os olhos rubis sobre si. — K-kacchan?!

— Fiquei sabendo que você foi demitido. — Fala sem ligar para a vergonha do esverdeado. — Você sabe onde você se daria bem. — Ele puxa um cartão todo preto, com um número escrito em branco.

— Eu não estou tão desesperado, valeu. — Responde de forma desconfortável. — Eu não vou fazer... Essas coisas com um estranho por dinheiro.

— Você sabe que não precisa tranzar com ninguém, esses velhos tarados ficam felizes só de falaram com um garoto gostoso, guarda isso pelo menos. — Coloca o cartão dentro da camisa de Midoriya e sai da sala com um sorriso.

O homem se irrita e joga o cartão no chão, o encarando, logo pegando objeto novamente e guardando na mochila.
Izuku sai da sala de dança e vai para a sala de aula, se sentando em seu lugar de sempre. Sua cabeça estava girando, o tempo todo números giravam em sua mente, o que o impedia de prestar atenção na aula, que acabou por ser uma aula perdida, assim como a próxima.

Após as aulas, Midoriya pega o metrô e volta para casa, um prédio velho, com paredes descascadas e portas surrados, com seu elevador quebrado e escadas que ranjiam. Ao chegar em frente a porta de madeira velhar, o esverdeado suspira e destranca a porta, sentindo um cheiro de peixe frito.