Capítulo 7 - Playboyzinhos.

6 1 0
                                    

Dei um pequeno passo para a frente deixaria meu corpo ser levado para os braços daquele lago escuro e frio, quando estava pronta para dar o último passo para a minha liberdade para o fim da minha vida um som estridente ecoou me assustando me trazendo de volta para a realidade, me fazendo dar um pequeno passo para trás, me dando a oportunidade de olhar para trás.

Um acidente de carro acontecia bem atrás de mim, um carro de luxo preto derrapou pela ponte e capotou duas vezes ao menos sendo parado pela mureta no lado esquerdo da ponte, outro carro mais esportivo na cor azul vinha atrás, em alta velocidade, parecia algum tipo de racha que havia acontecido.

"Droga esses playboyzinhos crianças imaturas. Revirei meus olhos cuspindo no chão e bufando alto."

Desci da mureta pegando o celular no bolso pronta para ligar para a emergência, mas quando o carro esportivo parou ao lado do outro, um homem de aparência assustadoramente grande não entendia como aquele cara conseguiu entrar naquele carro e sair tão confortável e ainda de terno preto, o mesmo saiu pelo lado do carona e assim que o fez, entendi que o playboy do primeiro carro estava completamente na merda, o homem segurava uma arma na mão enquanto outro cara do lado do motorista descia, esse parecia um jovem rico bem filhinho de papai pelas roupas que usava estava até bem vestido com uma camisa polo branca e calça jeans preta, não consegui o restante de sua aparência, quando vi uma movimentação de dentro do carro preto parecia que o motorista estava bem ferido e o carro soltava muita fumaça preta o que não era um bom sinal, e tenho certeza que aqueles dois não estavam ali o ajudar.

"Droga o que eu faço? Tinha que se meter né Ava sua vida já não está ruim o bastante? Parece que aquela noite estava ficando cada vez melhor."

O mais novo não parecia saber lutar talvez fosse por isso que havia um homem tão grande ao seu lado, não sei quem era a pessoa ferida naquele maldito carro mas não podia deixá-lo morrer enquanto estou aqui, talvez o senso de dever na qual todo policial deveria ter falasse mas alto, e acredito que era por isso que estou na mesma situação de sempre. O brutamontes se aproximou do carro eles pareciam que não haviam notado minha presença até o momento, liguei pro número da emergência e antes que a voz feminina do outro lado da linha falasse a cortei.

- Ponte, Lago Lauren sentido sul, acidente de carro, ao menos um ferido manda a ambulância, a polícia e os bombeiros, é urgente. - Sem desligar o celular, o coloquei no bolso, fazia tempo que não falava daquele jeito, senti como se estivesse voltando aos meus dias na ativa, por um lado era muito bom, a adrenalina correndo em minha veia era incrivelmente.

- EI! - Meu grito assustou o grandão enquanto o mais novo me olhou com raiva e balbuciou algo ao brutamontes que apontou a arma em minha direção rapidamente, antes que o mesmo dispara-se corri formando uma meia lua para atrasar sua mira e quando diminui a distância entre nós bati em seu braço no qual segurou firme a arma, era de se esperar que não o deixasse cair tão facilmente, afinal era para isso que esses homens eram treinados, sem mais e nem menos usei uma chave de braço e consegui com sucesso soltar a arma, e usando seu peso contra ele, o derrubei, esse homem parecia ter quase dois metros mas seu corpo parecia definido embaixo do terno apertado e talvez isso que tenha o prejudicado, ele havia ficado mas lento e com pouca mobilidade enquanto meu corpo pequeno e ainda em forma me permitia executar com êxito vários movimentos.

- A POLÍCIA JÁ ESTÁ A CAMINHO DOU A CHANCE DE VOCÊS IREM EMBORA! - Sabia que não iria conseguir segurar os dois ali, principalmente se o segundo homem também tivesse uma arma e principalmente se meu julgamento sobre o mesmo não saber lutar estivesse errado, sem contar o fato de que o carro atrás de mim pudesse a qualquer momento explodir, e com isso sabia que não tinha muito tempo para tirar o cara de dentro do veículo, afinal com o tempo da minha ligação até agora não teria se passado nem cinco minutos direito, a polícia ainda estava longe, nesse momento só o que podia fazer era contar com o pequeno blafe e rezar para que aqueles dois não fossem espertos o suficiente para notar tudo isso.

Ava - VIVER OU MORRERWhere stories live. Discover now