VyH - parte 3

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Eu estou tentando terminar essa historia, mas cada capitulo que eu escrevo me parece não ser o momento e como não sou de dar meias historias, aqui está mais uma parte.

Meu paninho é azul com gliter para a senhora Sandoval.

Um beijo kakaka.

"Eu estou terminando nosso caso agora, Victória"

Três minutos já haviam se passado desde a ligação. Olhava para o aparelho em suas mãos e não conseguia compreender ao certo o que estava acontecendo. Como Heriberto poderia estar terminando o caso, se há algumas horas se acariciavam, a pele vibrava de encontro uma com a outra e agora simplesmente ele terminava tudo?

Victória tinha questionado se estava tudo bem e o médico tinha concordado que sim.

E agora recebia a maldita ligação de um "término"

Victória não teve muito mais tempo para absorver a informação, dois toques soaram na porta, era sua realidade chamando, não poderia surta como desejava ou sair ao encontro do médico, tinha uma família e ela era a sua prioridade.

Riu.

Não era assim que pensava nos últimos meses ao bagunça a cama de um motel. Ficou de pé, guardou o celular na gaveta do gabinete da pia e saiu do banheiro.

¿?

Victoria se sentiu tentada a voltar entrar em contato com Heriberto, mas se conteve. Ela não ia se rebaixar para um médico medíocre. Ela não precisava dele, colocou isso em sua cabeça, se havia alguém que estava saindo perdendo naquela história, esse alguém certamente não era ele.

Mas quem ela estava tentando enganar?

Tentou se aproximar do marido, mostrando a si mesma que podia se satisfazer com o que tinha, mas ele não era ele.

Toda vez que Marcelo se achegava, algo dentro dela o repelia. Estava sempre, inconscientemente, comparando os dois, e em todas às vezes, Heriberto ganhava com folgas.

Os dias iam se passando de forma lenta e agonizante. Cada manhã, quando despertava, era automático pegar o celular para ver tinha alguma mensagem dele. Mas nada.

Se viu discando seu número algumas vezes, mas havia ali uma mão que a impedia de ligar. O mesmo acontecia com as mensagens. Digitava um texto, e então, no mesmo instante apagava tudo.

Àquela altura um misto de emoções faziam parte de Victoria. Hora sentia um ódio sobrenatural dele por ter se afastado sem meio mais, sem dar a ela um explicação plausível, por deixá-la a ver navios, hora sentia saudade.

Não queria admitir isso para si mesmo, mas Heriberto conquistara algo em sua vida, e ao sair, deixou ali um buraco.

Não tinha certeza se o amara. Seu casamento estava tão na inércia, que qualquer circunstância poderia deslumbrá-la. Mas sentia que ele era diferente, havia algo nele que a deixava inquieta. Poderia não o amar, mas havia algo nele que a atraía, não apenas carnal, mas algo mais.

Uma semana depois da bendita ligação e Victoria estava com o sistema nervoso dando curtos.

Além de ter que sofrer sozinha, ainda tinha que disfarçar para a família.

Mentia toda vez que Marcelo perguntava se estava bem. Quando o marido se aproximava querendo ter intimidades com ela, uma dor de cabeça aparecia do nada.

Sem contar Max, que notava a mãe estranha, mas não sabia como agir.

Victoria estava no fundo do poço e se odiava por isso. Se odiava por permitir que um homem a fizesse se sentir tão dependente.

Virada do destinoWhere stories live. Discover now