VyH - parte 20

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Depois do fatídico encontro entre os cavalheiros, Victória achou melhor passar o dia quieta na cama, Heriberto queria levá-la até o hospital, mas a estilista recusou, alegou estar bem e que qualquer mudança faria questão de acompanhá-lo para saber o que estava errado. Victória sabia que tinha extrapolado ao fazer amor tantas vezes na madrugada, mas como resistir ao desejo insano que guardou durante tantos meses? Estava errada, sabia disso, mas agora iria com mais calma para que a filha não nascesse antes da hora.

Heriberto como de costume foi passar um tempo com sua filha, após o almoço, Victória dormiu a maior parte do tempo, estava realmente descansando depois da longa viagem de trabalho, ainda tinha coisas para resolver sobre o quarto da filha, tinha o nome para escolher e tantos detalhes que só em pensar já ficava cansada. Quando acordou, recebeu a ligação de Pipino, estava enlouquecido ao descobrir que a estilista já estava na cidade e não havia avisado, Victória amava tanto seu amigo que pediu para que viesse jantar com ela, aproveitou para pedir que avisasse Antonieta para que também viesse, a noite seria interessante e divertida.

A noite chegou num piscar de olhos, Victória chamou sua fiel cozinheira para ajudá-la com o cardápio, algo simples, gostoso e leve para não lhe fazer mal. Heriberto estava inquieto por conhecer os amigos da estilista, seria apresentado como namorado, marido ou somente pai da sua filha? Podia sentir suas mãos suar, parecia um adolescente sendo apresentado aos pais de sua namorada...

— Meu amor, por que está tão nervoso? — Vick interrompeu seus pensamentos.

Heriberto estava de frente para o espelho, checava sua roupa mais uma vez ou pelo menos era isso que iria fazer quando foi inundado por pensamentos e então virou para encarar seu amor.

— Você tem certeza que está bem? — Heriberto desconversou e segurou suas mãos.

— Não senti mais nenhum desconforto ou dor. — se aproximou um pouco mais e sorriu sugestiva. — Sabe muito bem que foi pelo que fizemos de madrugada. — ergueu o rosto para ser beijada.

— Dois irresponsáveis. — A beijou e passou os braços por sua cintura. — Não iremos repetir.

— Não mesmo, vamos fazer com mais calma e poucas vezes. — falou rindo e passou os braços por seu pescoço. — Agora pode me responder?

— É a primeira vez que vamos estar juntos na frente de outras pessoas. — suspirou.

— A primeira de muitas, eu não quero mais te esconder. — o beijou mais uma vez. — Nossa filha está prestes a nascer e não te quero escondido, acho que já ficamos longe por tempo suficiente pra entender qualquer coisa que fosse preciso.

— Você tem certeza disso?

— Claro que sim, aos poucos vamos mostrando para Max que eu te amo e ele vai aprender a gostar de você.

— Acredito que ele já me ama. — Brincou. — Depois do encontro de hoje, seremos melhores amigos.

— Eu não tenho dúvidas de que vocês serão bons amigos.

Victória riu gostosamente e mais um beijo foi trocado entre eles antes que ouvissem o barulho da campainha. Pipino entrou no apartamento eufórico, abraçou, beijou o rosto da estilista várias vezes, ajoelhou e beijou a barriga.

— Olá, bambina de titio. — Acariciava a barriga e a bebê mexeu. — Sim, é o seu tio preferido.

— Filha, é o seu tio mais doido. — Levou a mão do estilista para o outro lado onde se mexia.

— Ela me ama Victória. — beijou mais algumas vezes a barriga da amiga e ficou de pé.

— Será que agora eu posso cumprimentar a minha amiga? — Antonieta estava de braços cruzados observando os dois.

Virada do destinoWhere stories live. Discover now