Naughty Babe (PTBR)

CAPÍTULO 6 - PASTEL

Phayak Chatdecha Chen passa a viagem do hospital de volta para casa planejando como lidar com seu noivo. Ele começa a entender o que Hia Lian Wang disse sobre o fato de ele talvez não conhecer Khon Diaw. Eles sabem tão pouco um sobre o outro. Nos últimos sete anos, ele nunca entendeu que tipo de pessoa o jovem era. Pelo menos ele sabe duas coisas para as quais precisa de respostas: O fato de Khon Diaw tê-lo derrubado e de Khon Diaw tê-lo repreendido com um dedo apontado... Esses incidentes são inesquecíveis. Phayak Chen jura que se lembrará deles até o dia de sua morte.

Ele dá uma olhada de relance para o homem no banco de trás ao seu lado. Khon Diaw ainda é pequeno, segurando seu travesseiro surrado. Seu copo que tinha uma estampa de orelhas longas de porco, cachorro e coelho está no porta-copos ao seu lado... Quando aqueles olhos grandes e redondos encontram seu olhar, Phayak vira a cabeça para a janela.

Quanto mais ele pensa, mais estressado fica... O que seu melhor amigo nunca sabe é que ele tentou se aproximar de Tacha à sua maneira. Entretanto, havia muitos fatores problemáticos... Ele não conseguia olhar nos olhos de Khon Diaw. Seu coração batia irritantemente quando Kon Diaw agitava os cílios perto dele. O sorriso quando Khon Diaw o chamava de Hia e a atenção de Khon Diaw em pequenas coisas quando ele voltava para casa. Phayak perdeu tudo isso.

Khon Diaw é uma pessoa calorosa... Ele não podia negar que, quando chegava em casa e via o rapaz mais jovem — Nong —, parecia que finalmente estava em casa. Como ele poderia derrotar Khon Diaw quando esse sentimento existia?

Phayak não conseguia repreendê-lo e não tinha coragem de discutir. Ele pensou em ser teimoso... mas não tinha certeza se conseguiria. Ele acabou fugindo de sua própria casa. Phayak perdeu para Khon Diaw desde que era um garotinho, até agora... ainda pequeno, mas mais perverso.

Phayak solta um suspiro quando eles finalmente chegam ao showroom. Embora seja difícil andar, sua teimosia se recusa a deixar que os guarda-costas o ajudem. Ele arrasta os pés até o elevador pessoal na lateral do showroom.

- Ande devagar, Hia. Você vai cair.

- Eu posso andar.

- Me deixe ajudar.

A figura alta fica rígida quando o braço pequeno passa ao redor de sua cintura. Khon Diaw está na altura de seu ombro. Se ele se afastar, o rapaz mais jovem pode cair. Phayak é forte, afinal de contas. Apesar de ter certeza de que Khon Diaw é igualmente forte, isso... ainda não está bem. Phayak não tem escolha, mas passa o braço em volta dos ombros do pequeno e caminha junto com ele.

O terceiro andar do showroom foi projetado para ser uma residência pessoal, Phayak vive aqui desde os quatorze anos. Para ele, este é seu lar... tomado por uma cadela.

- Noooong, estou de volta, senti sua falta.

Quando Phayak estava no hospital, ele achava que era o número um de Khon Diaw. Mas agora que eles estão em casa, Khon Diaw de repente se esquece de que ele ainda não consegue andar direito. O rapaz mais jovem tira o braço do ombro e corre até a cadela peluda de pernas curtas e olhos esbugalhados que não faz nada além de latir. Ela tem até uma fantasia de Godzilla. Da última vez, ela usou uma fantasia de tubarão. Será que ela se acha tão legal? Anãozinha.

- Au au!

Essa cadela de olhos esbugalhados abana o rabo e pula em Khon Diaw com as patas dianteiras. Khon Diaw se agacha para pegar a cadela, depois a abraça e beija. Nong isso, Nong aquilo. A voz severa que ele usava com Phayak se torna suave e fofa... Mas que diabos?!

- Você estava se sentindo sozinha dormindo sozinha? Voltei para dormir com você agora. Você não se sentirá mais sozinha.

Mais? Phayak arregala os olhos e arrasta os pés em outra direção. Mesmo que ele tente diminuir o ritmo e finja estar cambaleando, não recebe atenção. É incômodo, mas ele não pode reclamar.