Um lobisomem e seu filhote

Capítulo 6

Dizer que Ríg era um bruxo feliz quando ele conheceu Draco era ser ameno, por um momento todos os adultos tiveram medo de que o pequeno filhote fosse odiar o loiro e tudo desse errado, tudo porque quando Ríg desceu para Sala de Jantar Draco estava abraçando as pernas de seu padrinho, mas depois de Fenrir explicar que aquele era o padrinho do loiro o pequeno filhote olhou para Draco, estendeu as mãozinhas e disse "meu dagão" e então tudo deu certo.

Os bruxos adultos suspiraram de alivio e não deixaram de notar que Rígel tratava Draco como um bebê e o loiro parecia gostar, depois de olhar mais de perto a interação dos dois Fenrir chegou a conclusão de que o "lobo" de Rígel via Draco como filhote de Severus, sendo assim seu filhote também. Ele contaria a família Malfoy? Não, afinal ele gosta de viver muito obrigada.

Assim que o café da manhã terminou Severus e Lucius se encaminharam para o ministério, eles pediriam uma autorização para uma visita emergencial a Azkaban para falar com seu amigo de longa data Rabastan e depois arrumariam suas coisas para partir, Severus tinha até enviado uma carta a Dumble-ass-a-door avisando que foi chamado de ultima hora para integrar um importante comitê de poções fora de Europa e não podia negar o convite (isso era uma mentira, ele permaneceria fazendo suas poções sob entrega de corujas, mas manteria outro nome).

Assim que os bruxos chagaram ao ministério eles se encaminharam para a sala do atual Ministro da Magia, apesar da sapo rosa que ele tinha como secretária tentar impedir a entrada dos dois Lucius sabia quanto ela influente por isso deixou ela pra traz e entrou na sala sem bater, se Cornélio fincou incomodado com tal atitude não transpareceu.

Lucius então se pões a explicar a situação e pediu a liberação da visita de emergência, demorou um pouco, mas algumas ameaças sutis e doações bem colocadas os bruxos tinham agora autorização para ir até a temida prisão e tudo que precisariam era de um Auror a tira colo.

No departamento de Aurores, eles educadamente pediram que Smith os acompanhasse (afinal ele era um conhecido apoiador da causa, apenas não marcado) e assim os três bruxos aparataram no cais, que continham os barcos que levavam a prisão.

Severus teve que se impedir de lançar um patrono durante todo o caminho, aquele lugar era horrível, e tudo o que ele mais desejava era estar fora dali, mas para manter seu pequenino a salvo ele faria absolutamente qualquer coisa, então se manteve firme e forte e foi.

Quando eles chegaram à ilha, entregaram a autorização do Ministro e solicitaram o preso Rabastan Lestrange, os guardas lançaram olhares estranhos para o trio mas avisaram que levariam o mesmo para uma das salas de visita e que eles podiam aguardar lá, afinal os Dementadores não tinham acesso aquela parte.

Os bruxos fizeram o que foi mandado e aguardaram cada vez mais nervosamente que Rabastan aparecesse, não era normal demorar tanto para trazer um preso era? Finalmente, 30 minutos depois um Rabastan irreconhecível foi colocado em frente ao bruxo, Lucius vendo o estado do amigo logo questionou "o que aconteceu com ele? Chamem um curandeiro agora" o guarda abaixou a cabeça em sinal de respeito, mas então falou "desde que Bartô Crouch Jr. foi encontrado morto Rabastan está assim não há nada que nenhum curandeiro possa fazer, mas vocês podem tentar".

Severus estava assustado Rabastan era uma casca oca, parecia que havia sido beijado pelos Dementadores e aquilo era horripilante, mas então ele teve uma ideia olhando nos olhos do bruxo ele lançou um legimentes, ele só não esperava ser inundado primeiro por momentos felizes de 'Bastan e Bartô em Hogwarts e depois da dor crua que o bruxo mais novo sentiu quando soube que seu parceiro de alma estava morto. Severus teve que se apoiar na mesa para não tombar e fortalecendo seus próprios escudos começou a empurrar na cabeça do bruxo memórias de Rígel, todas as que ele tinha na vã esperança de o bruxo magicamente reagisse.

Isso não aconteceu 10 minutos e um Severus Snape exausto depois, eles acharam que era melhor ir embora, eles tinham feito tudo que era possível e apesar de estarem sofrendo pelo bruxo de quem gostavam eles precisavam terminar as coisas o mais de pressa possível. Quando Rabastan estava sendo arrastado pela porta, ele olhou para Severus e murmurou "ele está melhor assim" tão baixo que o bruxo não teve certeza se aquilo era real ao não.

De volta ao Ministério nem Lucius nem Severus queriam voltar e contar a Seu Senhor que um de seus mais leais tinha sido morto naquele lugar esquecido por deus e que o outro sucumbiu a loucura, ou o que quer que aquilo fosse.

As vezes ser o portador das noticias era tão difícil.