Jeito Bandida|| Thiago Veigh

15- 𝑬𝒎 𝒄𝒂𝒔𝒂.

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Sofia maia 📷

O meu celular despertou meia hora depois
que eu peguei no sono, fui pro banheiro, tomei banho e sai enrolada na toalha.

Mesmo um pouco cansada e com sono, preciso ir ver o meu pai antes de ir trabalhar hoje. Vesti uma calça cargo preta e um top branco, coloquei um tênis da nike e passei desodorante e o perfume, só fiz isso e peguei a minha bolsa, coloquei o que eu iria precisar e sai de casa.

Preferi pagar uma nota no Uber do que dar um rolê de ônibus, tô tão cansada que não tenho disposição pra ir e voltar em pé no ônibus. Provavelmente dormiria em pé e passaria vergonha na frente do povo.

Assim que cheguei na frente da casa dos meus pais, paguei o moço e desci, entrei e nem consegui brincar com os doguinhos, só fui direto pra dentro. Parece que o meu coração vai sair pela boca, mesmo sabendo que já está tudo "bem" com ele.

— ô de casa- falei alto, fechando a porta atrás de mim

— finalmente tirou um tempo pra ver a sua família, foi preciso que seu pai fosse pro hospital pra gente te ver - minha mãe falou saindo da cozinha e vindo na minha direção. Revirei os olhos e respirei cansada.

— tô trabalhando muito dona Márcia, não é porquê eu quero - a mesma me abraçou e eu retribui.

— mas pra sua família, você tem que tirar um tempo né, Sofia - ela se afastou um pouco e me analisou- tá até mais magra minha filha, trabalhar com essas pessoas, tá acabando com você- suspirei me soltando da mesma

— para mãe- respondi passando a mão no cabelo- cadê o pai?

— tá dormindo- mexi a cabeça e fui na direção do corredor, abri a porta do quarto deles e entrei.

Meu pai tava com o controle na mão, deitado e com os olhos fechados, dei risada tirando a bolsa do meu ombro e coloquei no sofazinho, andei até o outro lado da cama e me deitei, abraçando o mesmo.

Mesmo não concordando com algumas coisas que o meu pai fala ou faz, eu amo esse velho, foi ele quem me fez amar a fotografia, me ensinou a importância de curtir o momento que não vai mais voltar, registrar as emoções daquele momento e deixar eternizado...aprendi muita coisa que eu sei que se não fosse ele pra me ensinar, eu nunca aprenderia em lugar nenhum.

O amor puro pelo próximo, a caridade, a sinceridade, empatia, humildade... ele me ensinou tudo que um ser humano decente precisa pra conviver em comunidade, a Sofia que eu me tornei, foi graças a esse senhor e o fato de eu ver essa doença acabando com ele, acaba comigo também.

Se meu pai se for, uma grande parte de mim vai ir junto.

Senti o mesmo me abraçando e fechei os olhos, o abraço que o Thiago me deu na noite passada me passou o mesmo sentimento de agora, de conforto e paz sabe? dá até vontade de não soltar mis.