Jeito Bandida|| Thiago Veigh

63- um amor puro.

Thiago Veigh 🎤

A chuva do lado de fora do hospital estava pior, tava levando susto pra caralho com os relâmpagos, enquanto observava a Sofia olhar as nossas fotos antigas no rolo da câmera. Só estamos esperando a enfermeira vir e liberar ela pra gente ir até o quarto do senhor Paulo.

E enquanto a moça não, a minha princesa tenta matar o tempo olhando uns bagulhos antigos nossos.

É daora ver o quanto que evoluímos juntos, como que a nossa relação avançou e o nosso amor se tornou um bagulho tranquilo e confortável de sentir. Parça, sendo bem sincero, eu nunca imaginei que seria capaz de amar tanto uma pessoa, igual eu amo a Sofia.

Mesmo com as loucuras e risadas escandalosas, a fome de cem dragões, a impaciência, precipitações... Eu sou completamente apaixonado nessa mulher talentosa e forte.

— olha tico - chamou a minha atenção - lembra da nossa primeira ligação?

Sorri coçando a nuca, nesse dia eu me tremi todo pra atender ela.

— Lembro, você toda nervosa pra falar com esse gostosão aqui - brinquei, fazendo ela dar aquele lindo sorriso que só ela tem.

— cala a boca, eu não tava nervosa... talvez um pouco, mas foda-se, você também tava - deu de ombros, passando pra próxima - nossa primeira foto como casalzinho.

Ela levantou a cabeça pra me encarar.

— Lembra? Eu tava cheia de medo do Tata achar ruim da gente... 

— e eu cheio de ódio querendo te assumir pra Deus e o mundo - ela deu risada - acho que eu sempre te amei.

— Quem não amaria? Olha pra mim - dei um tapa de leve na sua cabeça e ela deu risada de novo.

— daqui a pouco você larga a fotografia e vira palhaça nos circos. Já tem um traços parecidos com o bozo.

Senti o seu cotovelo bater na minha barriga. Gemi de dor e me encolhi do seu lado, é uma filha da mãe. Dei risada sentindo que ela ainda me olhava.

— bozo o seu rabo - se afastou um pouco de mim. Desse jeito a mina vai cair da maca e vai ter que ficar mais uma cotinha por aqui - idiota.

— que isso princesa, você é a versão mais bonita do bozo - segurei o seu braço antes de levar mais uma.

— Vou te mandar embora daqui, testa de amolar facão - dei mais risada - não tô achando graça, parceiro.

— calma lá, filhota - passei meu braço por trás do seu corpo e trouxe ela pra perto de novo - tá emocionada já. Pra você é tico ou, amor da sua vida inteira e se surgir outro, eu mato.

— tudo isso? ave maria. Prefiro parceiro.

Mano... já falei que essa mulher é uma demônia?

— jaé então, amigona - fiz um jóia com a mão e soltei ela. Aquele papinho de drama e pá... sempre funciona. Fechei os olhos ficando de barriga pra cima e cruzei os braços.