61- Dias nublados.

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Thiago Veigh🎤

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Thiago Veigh🎤

Todo dia triste, começa com chuva ou dia nublado, isso é um fato. O temporal se formava lá fora, e outro maior se formava na recepção do hospital.

Sem força alguma para segurar a Laura e a Carol, eu só observava as duas brigarem para saber o estado do senhor Paulo e da Sofia. As duas estava em uma situação lamentável, dava pra sentir o desespero delas só de olhar, os meninos não conseguiram seguraram elas então, estão só observando de longe, caso aconteça delas se exaltarem mais ainda eles interferirem

— quer comer algum bagulho? - Gustavo perguntou  se mexendo do meu lado, mexi a cabeça em negação e continuei com os olhos fechados - para com isso parça, você não pode fazer isso consigo mesmo. Tá geral mal, mas não podemos decair logo nesse momento... Vamos comer mano.

Gustavo tá certo, como na maioria das vezes, mas a porra do problema é que nada vai descer agora. Qualquer fome que poderia existir, foi embora.

— tô tranquilo, japonês.

— vou contar pra tia Miriam, fica vendo

— vai lá - falei cansado. Senti um tapa na minha testa e eu abri os olhos, respirando fundo pra não esganar esse corno - mano... Tem problema?

— tenho, e ele é você - revirei os olhos - levanta essa bunda preguiçosa dessa cadeira e vamos comer, nem que seja um pouco parça. Quer que eu faça aviãozinho? - debochou e eu dei risada.

— bora, Thiago - franzi a testa e olhei pra trás, encontrando a débinha, com uma mochila nas costas e os cabelos molhados - levanta e vamos comer, sem mais nem menos. Não atravessei aquele teste de dilúvio lá fora pra chegar aqui,  você ficar de birrinha.

— mal chegou e já quer mandar? Que isso parça - mexo a cabeça.

— sim - falou dando de ombros e seus olhos miraram nas meninas, que agora, estão conversando mais tranquilas com a recepcionista. Débora lançou um olhar de pena pra elas, mas logo desfez e me olhou - vamos Thi, você tá um lixo e precisa se alimentar um pouco.

— obrigado pela parte que me toca - debochei, me levantando - Vou acompanhar vocês, mas não vou comer, papo reto mesmo, tô tranquilo.

— comeu o que antes de sair? - fico em silêncio. Vale falar que foi a minha mina? Porra fazia nem duas horas que a gente tinha parado de transar pela casa, não deu nem tempo de beber água.

— comi uns bagulinhos lá - menti.

— mentiroso fodido - Gustavo bateu na minha nuca - mente mal pra cacete.

Devolvi o tapa, só que mais forte. Japonês tá mais cuzão do que o normal.

— Ai, caralho... seu cabeçudo - resmungou colocando a mão onde eu bati - calvo do caralho, tomara que seu cabelo abra uma entrada nessa sua testa de arrombo.

Jeito Bandida|| Thiago VeighWhere stories live. Discover now