62- Meu talismã

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🚨 Alerta Gatilho 🚨

🚨 Alerta Gatilho 🚨

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Sofia maia 📷

A porta foi aberta depois de alguns minutos sozinha, uma enfermeira entrou com um carrinho e sorriu amigável na minha direção, forcei um sorriso pra mesma que começou a vir na minha direção.

Olhei pro soro que já tinha acabado e já estava sentindo o efeito do remédio passar, o meu coração estava voltando a acelerar e meus dedos tremer.

Como eu vou sobreviver quando sair daqui?

Respirei fundo olhando novamente pra porta e encontrei os meus dois garotos ali, parados e me olhando com cuidado, como se eu fosse a coisa mais delicada do mundo. Gustavo estava com as mãos no bolso, enquanto intercalava o olhar entre eu e a enfermeira, mais especificamente, nas mãos dela em mim, olhando cada coisa que ela mexia e colocava no meu braço.

Já o Thiago, estava um pouco mais atrás, sério e com os braços cruzados. Ele me olha sem nem piscar, forcei um sorriso pra ele e não surtiu efeito nenhum no mesmo, era como se ele estivesse paralisado ali.

— podem entrar gente - a enfermeira falou calma - o quarto tem bastante espaço pra gente.

— Não vai a senhora? A gente fica de boa aqui... - Gustavo, pela primeira vez, pareceu ser alguém normal.

— Não querido, já terminei de cuidar da mocinha - ela sorriu pra mim e se virou pra porta - podem fica a vontade.

Ela voltou para o carrinho e tirou as luvas que estavam em suas mãos, ela começou a empurrar o mesmo em direção a porta do quarto, os garotos deram espaço para que ela passasse. Eles entraram em silêncio, e aquilo me incomodou muito.

Thiago se sentou em uma poltrona um pouco afastada e abaixou o boné na altura dos olhos, enquanto o Gu veio e sentou no pé da cama.

— não vão falar nada? - levantei uma das sobrancelhas.

— eu não consigo - Gustavo falou baixo. Meus olhos encheram de lágrimas de novo.

Não aguento mais chorar, juro.

— você é minha irmã, Dorinha, você tá ligada disso, não tá? - mexi a cabeça confirmando. Ele esticou a sua mão e agarrou a minha - eu te amo parceirinha, pra caralho e esse susto que você me deu, foi o pior de toda a minha vida. Sei que as coisas provavelmente vão ficar mais difíceis daqui pra frente, mas me promete que nunca mais eu vou receber uma ligação, avisando que você tava morrendo...

Ele falou calmo, enquanto brincava com os meus dedos, uma de suas lágrimas pingou na minha mão.

— Mas quem falou isso? - franzi a testa.

— A Carol falou que parecia... e- eu não tô preparado pra perder ninguém na minha vida, ainda mais você. Eu não me importo de viver as suas dores, ou de acordar de madrugada pra te socorre, eu me importo de receber mais uma ligação dessa e ficar na angústia enquanto espero uma noticia sua. Sei que a sua ansiedade é um bagulho sério,  nós vamos cuidar disso quando você sair daqui

Jeito Bandida|| Thiago VeighOù les histoires vivent. Découvrez maintenant