Meu Camisa 10

- odeio esse gostoso

Ana Pinheiro

Eu entro no banheiro e as lágrimas começam a rolar, e eu choro até soluçar.

Ana: ele não é meu ex. - eu tento me acalmar. - ele não tem segundas intenções comigo, eu não preciso me preocupar.

Lavo o rosto pela décima vez, oque foi em vão, porque começa tudo de novo.

A dor de ser usada arde em meu peito, da vontade de arrancar o coração pra fora de tanto que dói.

Lembro das palavras dele.

" eu precisava de uma moral com o técnico, te comer e fazer você me amar foi facil, você é fácil "

Eu mordo meu lábio e só paro quando sinto gosto de sangue.

Me concentro na dor pra conseguir parar de chorar.

Lavo meu rosto e passo um corretivo na cara, não melhorou muito, mas deu uma amenizada.

Saio do banheiro e volto pra cozinha, Gabriel tá cortando a cebola quando eu chego.

Ana: desculpa, eu demorei. - chego e ele não faz contato visual comigo, oque me tranquiliza.

Gabigol: tá tudo bem, eu tô cortando as coisas, porque é a única coisa que sei fazer na cozinha.

Ana: eu te ensino.

Ele termina de cortar a cebola e lava as mãos.

Gabigol: oque eu faço agora?. - aí sim ele me olha.

Ele fixa na minha boca, que deve ter um corte.

Gabigol: você se machucou?

Ana: acabei batendo na pia, escorreguei.

Ele sorri pra mim.

Gabigol: vou fazer um curativo pra você.

Ele sai e logo volta com uma caixinha de remédios e coisas de curativos.

Eu me sento na bancada e ele vem até mim.

Ele limpa meu machucado e passa uma pomada logo em seguida.

Como não foi tão fundo não precisa de nada para tapar o machucado.

Ana: como você sabe cuidar de ferimentos.

Gabigol: eu sempre me machuco jogando, então com o tempo a gente aprende algumas coisas.

Eu apenas assinto com a cabeça.

Ana: obrigada.

Quando ele vê que eu vou descer da bancada ele se afasta para nossos corpos não se encostarem.

Ele guarda a caixinha e volta.

Gabigol: e agora, oque vamos fazer?

Eu vou auxiliando ele em tudo que vai fazer.