Capítulo- 23

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- Any Gabrielly. -

- Lá vamos nós de novo... - Sorri, revirando meus olhos. - Caramba, Beauchamp!

Me levantei do sofá, deixando a caixinha com o celular em cima do mesmo. Arrumei meus shorts curtíssimo do pijama e abri a porta, rindo.

- Josh você só pode ser retardad... - Já fui dizendo, em meio a risos.

Quando a porta se abriu por completo, vi que claramente não era Beauchamp. Tampouco qualquer outra pessoa. Era...o Andrew. Em carne e osso. Bem na minha frente. Puta que me pariu.

- ANDREW?! - Gritei, de olhos arregalados! Como assim?! - Meu Deus... - Soltei, paralisada.

Estou vendo coisas...céus.

- Sou eu. - Meu noivo me encarou, olhando no fundo dos meus olhos. - Nós podemos conversar, Any? - Ele indagou, direto.

- Você...está fazendo o quê aqui, Andrew? - Cruzei meus braços, confusa. - Por que está aqui?

- Você desligou a ligação e eu não consegui mais te ligar. Não pude explicar nada. - Ele me explicou, respirando fundo. Abaixei meu olhar. - Ninguém mais conseguia falar com você, então eu arranjei um voo rápido para Los Angeles. Por você. - Neaves respirou fundo. - Eu faria qualquer coisa por você, Any. Qualquer coisa. - Andrew completou, sincero.

Eu não disse nada, apenas digeri o peso que aquelas palavras tiveram sobre mim. Andrew se aproximou mais e abraçou minha cintura, com carinho. Coloquei minhas mãos em seu tórax e acariciei sua camiseta azul, lisa. Ele vestia jeans claros e seus clássicos sapatos da Louis Vuitton. Seus cabelos estavam bagunçados e haviam olheiras abaixo de seus olhos azuis.

Pelo visto, a noite dele foi tão conturbada quanto a minha. Andrew viajou por 16 horas seguidas, da França até os Estados Unidos, só para poder conversar sobre nós. Isso mexeu comigo. Mexeu muito comigo.

Andrew me pegou pela nuca e roçou nossos lábios, pouco antes de me beijar. Um beijo calmo, cheio de saudades e sentimento. Senti meu peito bater mais rápido e meu corpo se esquentar.

Eu estava com tantas saudades de Andrew! E o meu corpo também estava...

- Andrew... - Fechei meus olhos por alguns instantes. - Vamos para uma cafeteria aqui perto? Você precisa de um bom café, pelo visto. - Sorri, simples. Meu noivo também sorriu. - Vamos?

- Por mim, está ótimo. - Ele riu. - Não consegui comer durante a viagem, estava ansioso para conversamos. Você sabe como eu sou preocupado com as coisas, não é? - Ambos sorrimos.

- Oi, embuste. Digo, Andrew! - Sina se meteu em nosso meio, piscando. - Não consegui ouvir a história toda, mas você magoou a minha amiga. Se fizer essa porra de novo, eu pago para irem até Paris te darem uma surra daquelas! EU FUI CLARA, BONITÃO? HEIN?! - Ela colocou as mãos na cintura, nervosa.

- Clara como água, Sina. - Neaves riu, divertido. - Só quero esclarecer as coisas com ela, tudo bem? - Ele perguntou, como se pedisse autorização para Sina. Eu ri.

- Aí já é com ela, amigão. Boa sorte, porque ela vai te devorar nessa conversa. - Minha amiga respondeu, simples.

- Eu te amo... - Beijei a testa dela, rindo. - Me espera um minuto, Andrew? Pra eu poder me trocar? Não demoro... - Indaguei, sem graça.

- Tem todo o meu tempo, Any. - Andrew respondeu, sorrindo pra mim.

***

- E então... - Eu comecei, depois de pedirmos nossos pratos de café da manhã.

Champions - BeauanyWhere stories live. Discover now