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- Aqui!!! - Delph gritava chamando Pam que estava do outro lado da rua conversando com algumas pessoas. Lá também estava Allan, o baterista que havia brigado com Tom.

- Achei que não iam chegar nunca. - a garota falou sorrindo para todos no lugar.

- Culpa da madame que não consegue demorar menos de duas horas pra se arrumar. - Tom falou e Delph transferiu um leve soco em seu braço. - Aii.

- Eu nem demorei tanto. - Delph disse revirando os olhos.

- Estava falando da madame Bill. - o guitarrista respondeu passando a mão na área.

- Vai começar seu filhote de gambá? - Bill retrucou

- Vou falar que chamou a mamãe de fedida. - disse Gustav com voz de bebê.

- Ele é adotado. - Bill falou sério fazendo todos rirem.

Logo o grupo entrou na boate que estava especialmente mais vazia essa noite, umas luzes vermelhas no lugar deixava tudo mais misterioso junto a pequena quantidade de fumaça que percorria apenas o chão do lugar. A música estava alta e o rock não era mais algo tão pesado.

- Quer beber o que? - Tom perguntou após chegarem na área vip onde tinham alguns sofás, mesas e aperitivos já prontos.

- Quer beber o que? - Tom perguntou após chegarem na área vip onde tinham alguns sofás, mesas e aperitivos já prontos

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- Margarita? - a garota falou se sentando em um dos sofás junto de Pam.

- Arriba Muchacha. - Ele respondeu indo até o bar com os rapazes.

- Delph, como estão as coisas com o Kaulitz? Estão juntos? - Pam perguntou aleatoriamente.

- Não namoramos, mas por que? - respondi diretamente.

- Allan quando te viu ficou louco querendo saber e como você não me conta muito tive que vir perguntar. - Pam falou em tom de cobrança mas sem perder a leveza.

- Iiih, me tira dessa. O Allan é legal e bonito...mas não rola.

- Uma pena, ele estava dando umas secadas em uma garota e assim que você chegou ele logo parou . Moço fiel. - Pam falou rindo e Delph revirou os olhos.

- Tom até que mudou desde o incidente que te contei. Ás vezes me acho burra por pensar que ele pode mudar por mim mas também me sinto mal por duvidar.

- Caras que nem o Tom podem até mudar, mas precisam quebrar a cara primeiro.

- Quem que vai quebrar a cara? - Tom perguntou entregando as bebidas para as meninas.

- A Pam. Ela tá se envolvendo com um "ex gay". Vai quebrar a cara amiga. - Delph riu do rosto de Pam ao ouvir a desculpa.

- Deu uma vez, vai dar pra sempre. Bill é a prova disso, começou e não parou mais. - Tom riu alto sorrindo para o irmão que não entendeu pois estava longe.

Delph on:

Logo a boate começou a ficar mais cheia, algumas pessoas passavam e conversavam com os meninos, tiravam fotos e até pediam autógrafos.

Pam estava conversando com um cara que sentou do nosso lado, Gustav estava parado em pé mexendo os pés e seu copo de bebida, Georg sentando ao lado de Tom o que é estranho já que os G's sempre ficam juntos. Enquanto isso eu e Bill dançávamos próximo de onde estavam sentados.

Algumas garotas chegavam perto de Bill e ele era sempre adorável, eles dançavam juntos, riam, trocavam olhares e até rolavam uns toques nada acidentais. Algumas eram mais atrevidas e tentavam um beijo mas Bill sempre recusava.

- Ah, essa era bonitinha! - eu falava em seu ouvido me referindo a última menina que ele havia dado um fora.

- Era mesmo mas vi a amiga dela gravando bem ali. - ele disse apontando pra menina que desviou a câmera no mesmo momento.

- Que idiota. - rimos e ignoramos o fato de que tem sempre alguém esperando seu momento humano aparecer pra compartilhar com milhares de pessoas.

A música que tocava acabou e logo começou uma mais calma e fui me sentar ao lado de Tom que conversava com Georg.

- Sobre o que falam? - perguntei e Tom se virou para mim imediatamente como se estivesse assustado.

- Pedras. - ele fala como um impulso?

- Pedras??? Georg até você?

- Não me mete nisso. - ele falou rindo e foi ao lado de Gustav.

- Por favor diz que não é sobre o que estou pensando. - falei quase como uma suplica.

- Quero comprar uma moto, era isso. E na moto vou colocar umas pedras de ouro com siglas.

- Moto?! Sério?!! Eu adoro motos, nunca tive mas já pilotei algumas vezes as motos dos clientes da loja que pensavam que eu era chofer.

- E não caiu? - Tom perguntou espantado.

- Nunquinha. - fale rindo de sua expressão.

- Quando comprar você vai dar umas voltas comigo? - ele perguntou levantando uma sobrancelha mostrando seu olhar convencido.

- Nada disso, você que vai dar umas voltas comigo. - respondi sentando de lado em seu colo o que fez aquele maldito sorriso ladino surgir em seu rosto.

- Essa luz vermelha dá um contraste incrível na sua pele. - disse ele descendo sua mão do meu rosto pelo meu pescoço e braço.

Evitar olhar seus lábios era algo impossível naquele momento e eu apenas me rendia a vontade de observar aquele piercing que ele fazia questão de molhar com a língua pra me provocar.

- Perdeu as palavras gatinha? - Tom falou quase em um sussurro em meu ouvido dando uma pequena mordida no lóbulo da minha orelha me fazendo arrepiar completamente, logo essa tensão foi quebrada por Georg que voltou a se sentar ao nosso lado.

- Não vi pornografia no cardápio. - ele falou rindo sem graça na tentativa de uma piada.

- Não vi empata foda na programação da boate. - Tom completou me fazendo rir.

- Vou no banheiro. - o guitarrista falou me dando um beijo na bochecha e saindo.

- Vai lá deixar seu pau mole. - Georg gritou e eu tampei sua boca para que as outras pessoas não escutassem.

- Aqui ó! - Tom gritou mostrando com as mão seus centímetros e saiu rindo.

- Então, não está bêbado o suficiente? - perguntei soltando as mãos do rosto do baixista.

- Tô mais de boa hoje, preciso fazer algo importante mais tarde. - ele disse abrindo uma cerveja.

- Tem algo haver com essa tal conversa?

- Talvez. - ele falou dando um gole em sua bebida e olhando a boate.

- Aquela ali te olha faz um tempo. - me referi a uma mulher de cabelos ondulados que dançava mantendo um contato visual com Georg.

- Não achei nada demais. - disse ele um pouco desinteressado.

- Mas ela é bem gatinha big G...- falei rindo e antes que pudesse dizer mais algo fui interrompida pelo mesmo e logo o olhei.

- Sim, ela é. - seus olhos entravam em contato com os meus, era um tipo de olhar agoniante de tão fixo. Ele se inclinava cada vez mais perto de mim como se quisesse algo urgentemente.

Georg logo quebrou o contato dando uma pequena tosse e antes que eu pudesse falar mais algo, saiu do meu lado entrando no meio da multidão de pessoas que pulavam e batiam seus cabelos.

Ele estava estranho já tinha uns dias, talvez carência, talvez confusão mas ele não podia estar a fim de mim. Não mesmo, Georg sempre se gabou de seu gosto mega refinado por mulheres mais adultas não só em idade e eu era o total oposto disso. Decidi apenas ignorar aquilo.

Mas e o beijo aleatório que ele me deu na testa?
Não Delphine, você inventa cada coisa.




What song is this?Where stories live. Discover now