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Flashback on:

Tom era ainda um adolescente quando se envolveu com esse mundo sombrio de drogas e tráfico e isso infelizmente não era segredo para ninguém.

Com seus 17 anos, ele já tinha uma certa dívida com esse lado. Por ainda não obter total controle financeiro de seu dinheiro foi corrompido por ameaças que envolviam Bill, sua mãe e seus amigos.

Ele se via perdido pensando sempre em como conseguir a quantia exorbitante que foi gerada por conta dos juros.

- Eu já falei pra você que vou pagar! - Tom estava dentro de um galpão na sua cidade natal junto de um grupo de homens.

Ele estava acorrentado e já havia levado alguns golpes em seu rosto e barriga.

Ele estava acorrentado e já havia levado alguns golpes em seu rosto e barriga

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- Eu já ouvi isso tantas vezes. - o homem sério falava se levantando e colocando um soco inglês em sua mão. - Mas até agora não vi nem a cor dessa grana.

- Eu sei que não, mas até o próximo mês eu te entrego. - o jovem Tom falava em desespero vendo o homem se aproximar.

- Você tem até o fim do mês que vem ou você e seu irmãozinho boiola vão se ver comigo. - O homem disse transferido um soco forte na boca de Tom e fazendo sangrar.

- E não esquece da mãe dele. A mulher é um pedaço. - um capanga falava rindo enquanto mostrava com as mãos o tamanho dos seios de Simone.

O sangue do garoto fervia ao ouvir ele falar assim de Bill e mais ainda de sua mãe. Ele não podia deixar que algo acontecesse com eles, eram sua família e por eles Tom faria de tudo.

- Você tem certeza que é seguro? - Tom perguntava a Bill enquanto ele limpava seu machucado.

- Sim, a empresa Cooper nos financiou no começo da banda. Por serem de origem da nossa cidade eles sempre ajudam algo do tipo. E acho que se eu falar com eles a grana tá na sua mão. Bill respondia Tom enquanto olhava preocupado.

Bill desde o começo da banda teve interesse em entender as transações, propostas, parcerias e com isso se tornou próximo do Império Cooper que havia feito um dos primeiros investimentos na banda.

Bill sabia que eles poderiam ajudar, mas teria um preço. No caso de Bill, ele teve de proporcionar momentos exclusivos com a banda para as filhas de alguns dirigentes, além de toda a propaganda que era posta.

Mas no caso de Tom, o sr. Cooper em pessoa  precisou resolver a situação. Ele entregou o dinheiro e não pediu a quantia de volta, mas deixou bem claro que em algum momento se precisasse de Tom ele teria de estar ali.

Alguns dias foram se passando e Tom conseguiu quitar sua dívida com a gangue local e parou de receber ameças e ser agredido por aí. A fama da banda foi aumentando e eles saíram da cidade em shows, turnês, entrevistas e até premiações.

Um dia quando estava tudo calmo e normal Tom recebeu uma ligação, era o homem que havia lhe emprestado o dinheiro.
Ele não quis saber de sua vida, apenas perguntou se ainda estava ciente de sua situação. Aquilo fez Tom estremecer e perceber que em algum momento ele precisaria fazer algo importante.

- Preocupado? - Bill perguntou ao ver Tom finalizar a ligação.

- Um pouco. Esse tempo todo ele não deu sinal e agora liga apenas pra perguntar se eu ainda sei que estou em dívida com ele?

- Sabia que ele seria o único conhecido que lhe ajudaria sem fazer muitas perguntas ou jogar isso na mídia, mas ele realmente não me parece ser alguém confiável.

- Não só confiável mas ele também parece ter ânsia por algo que eu realmente não entendo.

- Tom prometa que se um dia ele lhe falar o que precisa você vai me contar. - Bill esticou seu dedo mindinho para o irmão.

- Não somos mais crianças para isso. - Tom olhou com desprezo.

- Prometa! - Bill insistiu e assim Tom fez.

Agora ele precisava esperar alguma resposta do homem e se certificar que seu irmão estivesse por dentro, mas ao mesmo tempo ele não queria envolver Bill nisso tudo.

- Já está feito, não tem pra onde correr. - Tom falava preocupado.

Flashback off.

Ouvi Tom chegando um pouco depois de mim, eu já estava deitada pronta pra dormir quando senti seu peso sobre a cama afundando um lado.

- Sei que tá acordada. - ele falou e escutei o barulho de seus sapatos sendo jogados na chão.

Apenas continuei quieta sem responder ele que parecia de repente ter todo o tempo do mundo para minhas "crises".

- Aquela garota era uma amiga, ela disse que se você se sentisse ameaçada viria atrás de mim. E porra Delph, eu tentei mesmo me aproximar de você mas você fugia. Tinha perdido as esperanças em ficar de boa com você. - Tom falou andando lentamente e parando em frente aos meus olhos que permaneciam fechados.

- Quando ela me deu essa ideia eu aceitei, só queria que você me olhasse ou viesse atrás de mim. - Ele insistiu me balançando para que eu o olhasse.

Abri meus olhos que já estavam um pouco inchados por conta do sono e álcool e sem uma gota de vontade olhei para ele.

- Não preciso que se esfregue em outra mulher pra te notar. Eu não sou do tipo que briga com alguém assim, se me conhecesse bem, saberia que isso não ia gerar nada além de mais problemas. Suas tentativas de me fazer ciúmes realmente funcionam mas isso não é bom. - Falei me virando para o outro lado e escutei Tom bufar entrando no banheiro.

Ele não insistir em seu ponto de vista era algo estranho, mas fico aliviada de que ele tenha me deixado em paz por essa noite e assim dormi, o dia seguinte teria o almoço com Karen e a equipe então precisava estar descansada.

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Perdoem o capítulo pequeno, as aulas na faculdade voltaram e eu ainda estou tentando organizar a rotina.

Não esqueçam as estrelinhas ✨
Obrigada pelos quase 5k de leitura, adoro vocês!!!

What song is this?Where stories live. Discover now