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Ás 00h a boate estava o suco do puro caos, todos acabavam se empurrando, ás áreas vips haviam desaparecido na multidão, Bill sumia a cada cinco minutos, Pam não largava o carinha que conheceu mas o que realmente importava eram as mãos do Kaulitz me conduzindo nas danças e até me protegendo de alguns empurrões. 

Sempre que a música era mais agitada ou as pessoas faziam uma roda punk ele me colocava na parede com seus braços fortes em cada lado do meu corpo impossibilitando qualquer acidente. Ele me olhava com aqueles olhos castanhos que desciam várias vezes pelo meu decote que ainda estava com a rosa, eu não queria ceder mas o momento era tão propício que nossos lábios logo estavam colados. 

Sua boca tinha um gosto forte de vodka, limão e cigarro, eu me embriagava sempre que sua língua passeava pela minha, podia sentir sua respiração acelerar e meu coração pulsava com aquilo que eu estava guardando. Ele descia suas mãos pelas minhas costas em movimentos circulares e trazia elas até meu busto, local que ele agarrava com força me fazendo arfar seu nome em meio aos nossos beijos e isso me deixava maluca.

Tom on:

Delph estava especialmente atraente hoje, quero tê-la só pra mim, seu corpo, sua voz, sua alma e até seu...amor. Essa palavra me estremecia por completo mas Delph, ela me fazia vibrar com nossa intensidade e sensação. Suas unhas arranhando minha nuca enquanto sentia meu piercing com aquela boca me causava uma reação muito mais forte do que eu poderia controlar.

Em alguns momentos eu apenas parava e a observava. Seus olhos pequenos me transmitiam tanta malícia e pureza ao mesmo tempo, eu viveria, eu mataria e roubaria por ela. Mas ela não sabe disso ainda.

Estávamos dançando quando senti um empurrão em meu ombro esquerdo e foi mais forte que o normal. Tentei ignorar mais a pessoa voltou fazendo a mesma coisa e isso me irritou.

- Tá cego caralho?! - falei alto procurando a pessoa e dei de cara com aquele baterista insuportável e um homem junto dele.

- Foi mal aí irritadinho mas não dá pra evitar. - o cara que estava com Allan falou e ele não parecia ser daqui, tinha um sotaque estranho.

- Tinha que ser você né. - falei me referindo a Allan.

- Tinha que ser eu o que? Ele já pediu desculpa vê se não arruma briga. 

- Você acha que manda em alguma coisa? -  falei me aproximando do homem que fez o mesmo e senti a mão de Delph me segurar.

- Hoje não por favor - a garota me pediu e eu apenas tentei ignorar a situação saindo pra longe.

- Esses americanos são todos uns fodidos!!! - gritou o homem e sua voz ecoou na minha cabeça como um gatilho pra raiva que eu sentia sempre que me rebaixaram.

- Eu sou Alemão seu filho da puta!!! -  respondi a altura me retirando do lugar com Delph pra não explodir alí mesmo.

Paramos na calçada da boate e nos sentamos.

- Vai um? - perguntei pra Delph.

- Sabe que não fumo. - ela respondeu subindo seu olhar para o céu.

- Desculpa tá?

- Você se saiu bem, não explodiu. - ela falou me olhando de lado com um sorriso tímido como se estivesse orgulhosa de mim.

- Vou avisar que estamos indo. - disse pegando meu telefone enviando mensagem para os meninos.

- A gente vai de táxi?

- Vamos de carro e eles que se virem. -  falei me levantando mostrando a chave.

- Mas Tom os meninos...

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