Chapter 21 - Florença

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A primeira luz do dia começava a pintar o céu enquanto Louis e Harry acordavam bem cedo. Ainda sonolento, o de olhos verdes se aconchegou nos braços do mais velho, sentindo o calor do corpo do mais velho contra o seu. Louis suspirou, acariciando os cabelos de Harry com carinho.

— Precisamos seguir na estrada, amor. Ainda temos muito a percorrer até chegarmos a um lugar seguro. — Louis sussurrou, enquanto acendia um cigarro.

Harry concordou, sentando-se na poltrona e pegando um cigarro também. Os dois fumaram em silêncio por alguns minutos, desfrutando da tranquilidade da manhã antes de retomarem a jornada. Louis não pôde deixar de admirar as marcas e chupões que deixou no corpo de Harry durante a noite.

— Você fica lindo com essas marcas, sabia? — Tomlinson disse, passando o polegar suavemente sobre um chupão no pescoço do mais novo.
O mais novo corou levemente, mas um sorriso tímido surgiu em seus lábios. — Eu gosto quando você marca a minha pele. É como se fosse uma lembrança de que você é meu.

Após o rápido desjejum, eles deixaram o carro em um lugar pouco movimentado e seguiram a pé até o centro de Florença. A cidade estava despertando para um novo dia, e as ruas começavam a se encher de pessoas indo e vindo. Eles tentaram se misturar à multidão, evitando chamar atenção.

No centro da cidade, Louis e Harry encontraram uma loja de eletrônicos e compraram um carregador para o celular de Louis. Era essencial para que ele pudesse fazer contato com Liam e providenciar tudo o que precisavam para retornar à Inglaterra.

Um pouco mais afastado do centro eles encontraram um hotel simples que não exigia documentos para fazer o check-in, o que era perfeito para eles, já que não queriam deixar rastros.

Louis e Harry entraram na recepção do pequeno hotel, e foram recebidos por um jovem loiro de olhos verdes que sorria de forma cativante. Ele cumprimentou-os em inglês, com um sotaque italiano extremamente atraente.

— Bem-vindos! Como posso ajudá-los? — o rapaz perguntou, com um brilho travesso no olhar ao olhar para Harry.

Harry sorriu timidamente e respondeu: — Nós gostaríamos de um quarto para esta noite, por favor.

O recepcionista pegou o livro de registros e começou a preencher os detalhes da estadia. Enquanto isso, não pôde evitar elogiar Harry.
— Devo dizer que você é o hóspede mais bonito que já vi aqui. De onde vocês são?

Harry agradeceu pelo elogio, mas logo sentiu o braço de Louis se enroscar ao redor de sua cintura.

— Nós somos da Inglaterra. E estamos apenas de passagem por Florença, então precisamos de um quarto para hoje à noite. — Louis disse, fazendo questão de enfatizar o pronome "nós".

O rapaz parecia não se importar com o fato de Louis estar acompanhado e continuou a jogar charme para cima de Harry.

— Isso é uma pena, gostaria de passar mais tempo com vocês. Mas, enfim, o quarto de vocês será um quarto com cama de casal ou dois quartos separados? — perguntou o recepcionista, olhando para ambos.

Louis estreitou os olhos, não gostando da insistência do rapaz. Ele não hesitou em responder com firmeza.

— Um quarto de casal para um casal. Somos um casal.

O rapaz se desculpou, olhando para Harry ele concluiu. — Se precisarem de algo o número do interfone da recepção é 101. O quarto de vocês é no segundo andar, número 215. Espero que aproveitem a estadia.

Styles agradeceu com um sorriso educado, ele e Tomlinson se dirigiram ao elevador. Assim que as portas se fecharam, o mais novo reparou a cara amarrada de Louis. Ao notar a expressão séria no rosto dele Harry decidiu provocá-lo um pouco. Ele inclinou-se para sussurrar no ouvido do mais velho.

— Desamarra essa cara, Lou.

Ele olhou para Harry, fingindo indiferença.

— Eu estou normal, foi com essa cara que nasci. - Tomlinson respondeu seco.

— Ah Lou, tudo bem que ele era bonito. Mas você é um Deus, meu amor. Além disso, você sabe que é único pra mim.

Tomlinson e sua adição seletiva focou apenas no início da frase de Styles. — Quer dizer que achou ele bonito?

— O fato de ele ser bonito ou feio não alteraria em nada o que eu sinto por você. Nem ele nem qualquer outro homem no mundo. - Harry faz uma pausa - Depois você ainda fala que eu sou mais ciumento ciumento que você. - O mais novo diz antes de  se aproximar e dar um selinho no de olhos azuis.

O elevador chegou ao segundo andar, e eles caminharam em direção ao quarto 215 ao final do corredor.

— Só não gosto quando os outros ficam dando em cima do que é meu. — Louis disse ainda levemente emburrado.

Harry riu, achando adorável a forma como Louis ficava quando estava com ciúmes. Ele se aproximou ainda mais, passando os braços ao redor do pescoço de Louis.

— Ah, então você me considera seu? — Harry provocou, olhando nos olhos azuis de Louis com um brilho travesso.

Louis suspirou, rendendo-se ao jogo de Harry. — É claro que sim. Você é meu Harry Edward Styles. Não vou deixar ninguém te levar para longe de mim.

Harry sorriu, satisfeito com a resposta. Ele deu um beijo suave nos lábios de Louis.

O quarto era simples, mas acolhedor, com uma pequena varanda que oferecia uma vista parcial da cidade. Louis colocou o celular para carregar, lembrando-se de que precisava fazer uma ligação importante.

— Harry, preciso falar com Liam, meu braço direito. Precisamos organizar algumas coisas para a nossa segurança. — Louis explicou, enquanto discava o número de Liam.

Enquanto aguardava a ligação ser atendida, Louis acendeu um cigarro, tentando aliviar o estresse da situação.

— Alô, Liam? Sou eu. Precisamos de ajuda aqui em Florença... — ele disse ao telefone, enquanto Harry massageava seus ombros, oferecendo apoio silencioso.

A ligação foi longa, e Louis explicou tudo o que havia acontecido até então. Ele pediu novos passaportes falsos e o envio do seu jato particular para Florença, a fim retornarem à Inglaterra.

Liam assegurou a Louis que estava cuidando de tudo, mas também compartilhou uma notícia preocupante. A mãe de Harry havia começado a procurar por ele, indo até o apartamento onde ele morava com Rio e depois na revista onde trabalhava. A preocupação de Dona Anne havia levado a polícia a iniciar uma investigação sobre o desaparecimento de Harry.

Louis sentiu um nó se formar em sua garganta, preocupado com o que poderia acontecer se eles fossem encontrados pela polícia. Liam garantiu que havia subordinado pessoas influentes para abafar o caso, mas ainda assim, eles precisavam ser cautelosos.

Após a ligação, Louis estava estressado, meio massa de cigarro havia indo embora em pouco tempo. Harry pediu para que o mais velho se deitasse, e começou a massagear todo o seu corpo principalmente nas costas, aliviando a tensão do corpo de Louis. As mãos habilidosas de Harry percorriam a pele de Louis, e o toque suave trouxe um pouco de alívio para o estresse que ele vinha enfrentando.

— Mmm, isso é tão bom, princesa. — Louis murmurou, fechando os olhos e se permitindo relaxar sob o toque carinhoso de seu amado.

O mais novo sorriu, contente em poder proporcionar um pouco de alívio para Louis. Ele continuou a massagear o corpo do mais velho, focando nas áreas mais afetadas pelo estresse e pelo esforço físico.

— Só quero que você se sinta melhor, Lou. Quero cuidar de você, assim como você cuida de mim. — Harry disse suavemente.

Louis virou-se para encarar Harry, seus olhos azuis encontrando os olhos verdes de seu amado.

— Você já faz muito por mim, princesa. — Louis confessou com sinceridade.

Harry sorriu, inclinando-se para beijar o cabelo de Louis.

Após alguns minutos de massagem, Harry percebeu que o ferimento no ombro de Louis estava sangrando mais do que o esperado. Ele rapidamente trouxe uma toalha limpa e pressionou-a sobre o machucado. A toalha antes branca, agora estava manchada com um vermelho vivo.

Don't Let Me Down || L.SWhere stories live. Discover now