Capítulo 11

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    "O errado me atrai, o pecado me fascina."  - Autor desconhecido.


      A forma que faziam sexo selvagem foi algo que definitivamente atraiu meus olhos e me assustou na mesma proporção. Mas não consegui me debater perante as cenas de prazer que presenciara.

     Minha moral não concordava nem um pouco com aquilo. Então por que não conseguia dizer o mesmo sobre meu corpo.

     A figura imponente de Amon ainda permanece parada ao meu lado, esperando alguma reação da minha parte.

     Saimos do seu quarto logo que bem ele, e muito menos eu, estavamos dispostos a continuar aquela conversa. Ocasionalmente, pensei que ele me levaria para o aposentos que estava hospedada. No entanto, fui surpreendida quando ele me impôs que entrasse neste quarto. Agora, assustadoramente, ou nem tanto, eu estava de cara com a cena de maior vulgaridade que já vira em toda minha vida.

     Casais espalhados por todo o quarto, eu diria oito pessoas, mas não consigo ter muita certeza. Todos os presentes entrelaçados de forma imoral e seus gemidos, gritos até, podem ser ouvidos a muitos metros de distância.

     No primeiro momento não entendia o porquê de Amon te me trazido a um lugar como este. Mas logo passa pela minha cabeça que ele agora realmente me vê como uma de suas vadias. 

      A humilhação preenche meu peito.

      Viro-me para sair, buscando distância, não apenas do maldito Amon, mas também de toda essa libertinagem.

      — Já vai, Alteza? — Ele segura meu cotovelo enquanto fita meu corpo. Meu vestido de repente parece não cobri-lo totalmente.

      — Solte-me! — Não espero que ele acate meu pedido pois eu mesma puxo meu braço para fora do seu aperto.

      Saiu em passos largos daquele quarto sentindo-me suja. Não só pela cena que presenciei, mas também pela sutil insinuação de Amon para com meu corpo.

      Não conseguia me arrepender de me entregar a ele, mas isso foi minutos atrás. Agora eu daria de tudo para não ter cometido tal erro. Não deveria ter deixado ele me usar assim. E com certeza não permitiria que tratasse como uma puta.

     — Melina! — Eram poucas as vezes me meu nome passara por seus lábios, constato. Não cesso meus passos.

      Sou prensada contra uma parede quente, seu corpo se aconchega atrás de mim, imobilizando meu corpo.

      — O que há com você, mulher? — Ele pergunta, tentando fazer com que eu pare de me debater.

      — O que há comigo? — Como ele ousa perguntar isso? Por que está agindo como se eu fosse o problema? — Você! Você é o que há! Seu maldito!

     Paro de me debater sendo vencida pelo cansaço.

       — O que eu fiz?

       — Não seja ridículo. Você fez tudo o que pôde para me quebrar. E eu tenho que dizer, você faz um bom trabalho nisso.

     Sua respiração se torna quase inexistentes atrás de mim.

       — O que mais vai tirar de mim? Quando finalmente se cansará desse jogo?

      — Não tenho certeza... — Sua voz corta. Fungo, sentindo as primeiras lágrimas se acumularem nos meus olhos. — Não tenho certeza se algum dia me cansarei de você; embora eu saiba que ainda tem muito seu para ser tirado.

     Parte da sua resposta, de alguma forma sádica, causa-me sentimentos bons. E a outra parte, bom, esta me deixa receosa.

     Eu cansaria dele também? Se fosse devolvida, poderia eu esquecê-lo?

     Esperava abundantemente que sim.

     — Por que me levou àquele quarto? — Pergunto cansada.

     — Porque achei que você estava preparada. — Respondeu. Sua voz carregava mais do que deveria. — Achei que estava pronta para experimentar mais, mas, de certa forma, gostei que não esteja. Talvez eu ainda queira seu corpo exclusivamente para mim.

      Prendo minha respiração, enquanto arrepios correm por toda a minha pele.

     — Toque-me! — Ordeno - de repente, sem pensar muito sobre tal pedido - com a minha voz o mais firme possível. Sinto-me atrevida.

     — É isso que deseja?

     — Você falou que ainda deseja meu corpo exclusivamente para si. Estou te dando isso. — Embora no fundo eu saiba que também quero ele. Talvez só para mim também. — Mas nunca, nunca mais me leve àquele lugar. Nunca mais imponha ou sugira que eu devo fazer sexo com outras pessoas. Eu escolho com que quero ter relações carnais, não tente manipular isso também.

     Suas mãos se apertam no meu corpo de forma possessiva.

     — Não acho que vá querer que outra pessoa ponha a mão em você de qualquer maneira. — Ele afirma, descendo os dedos em direção a minha intimidade.

    — Isso não é do seu interesse. — Suspiro quando sinto seus dedos no meu ponto de prazer.

     — Discordo, Alteza.

       Ele levanta meu vestido, deixando o pano amontoado em minha barriga. Seus dedos brincam comigo enquanto ele distribui beijos pelo meu colo e logo sobe para minha boca.

     Nos enrolamos em um beijo ardente, longe do carinhoso, é um beijo bruto e cheio de luxúria.

     Solto suspiros e gemidos cada vez que a pressão em meu clitóris aumenta.

     Amon se ajoelha na minha frente - não consigo evitar um sentimento de poder que nasce no meu peito, tendo um Deus ajoelhado para mim - ainda me olhando nos olhos e levanta uma de minhas pernas, deixando toda a minha intimidade arreganhada a sua frente. Não tenho tempo para ter vergonha, pois sua boca entra em contato com a minha pele sensível me causando dezenas de sensações diferentes.

     Sua língua mergulha em mim, até que me penetra. Gemo escorando mais o meu corpo na parede e relaxando minha perna em seus ombros.

      Ele gira sua lingua dentro de mim e eu grito. O prazer me consome até que mal consigo respirar. Sinto meu clitóris piscar, e Amon lhe dá mais atenção. Ele suga com força e meu corpo treme desfalecendo em seus bracos. Apoio minha cabeça para trás na parede e respiro com dificuldade, digerindo meu recente orgasmo.

    Ele me olha nos olhos enquanto se levanta.

     — Deseja outro amante? — Ele perguntou, com o rosto vem próximo ao meu.

     Não fui capaz de responder. O cansaço tomou conta do meu corpo e eu descansei menina cabeça no seu peito.

      Eu poderia me arrepender de  qualquer coisa, mas a forma que ele me fazia sentir, nunca seria um arrependimento.

     Seria apenas um pecado.

    

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