Leroy

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When we're skin tight
And there's nothing in between
You just had to know your such a good girl

-Dutch Melrose

- Cara petulante do caralho! -bufei irritada e Karen arregalou os olhos

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- Cara petulante do caralho! -bufei irritada e Karen arregalou os olhos.

-Shiuuuuu! – ué? Não pode falar palavrão aqui? – tá doida? Ele é o filho do Capitão Smith -agora entendi.

Mas ele pode ser filho do papa que ele não pode tratar os outros assim

-Tudo bem Karen, acho que ele nem escutou... não irá se repetir- eu disse com um sorriso fofo...mas eu vou fazer bem pior, quem esse cara acha que é?

-Vamos voltar ao trabalho, ainda temos que atender muitos soldados.

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Depois de suturar e ajudar as meninas a tratar mais de cinquenta soldados feridos eu vou para meu dormitório, tomo um banho e vou dormir pois não aguento mais, e amanhã tem mais e pelo visto eu vou ficar na enfermaria por um bom tempo, tem alguns soldados que quebraram alguns membros e eu vou participar da reabilitação deles.


Depois de suturar e ajudar as meninas a tratar mais de cinquenta soldados feridos eu vou para meu dormitório, tomo um banho e vou dormir pois não aguento mais, e amanhã tem mais e pelo visto eu vou ficar na enfermaria por um bom tempo, tem alguns ...

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Depois de sair da enfermaria eu fui direto para o escritório do meu pai para passar o relatório de como foi a missão e espero que ele saiba quem é o tal Leroy. Quando cheguei na porta eu bati duas vezes e esperei ele dar o comando.

-Entre.

-Capitão- cumprimentei com a cabeça- vim fazer o relatório da missão.

-Pode começar Tenente.

Após contar tudo nos mínimos detalhes, eu fiquei muito curioso para saber o que ele me falaria sobre Leroy.

-Leroy, hum... Ele serviu comigo e com o Capitão Alvez um tempo, como você já sabe somos muito bem-vistos no mundo por nossa excelência e competência militar... a trinta anos atrás os melhores tenentes de cada país vieram até Fort Albion ,Leroy se chama Pierre Leroy e como você sabe eu nasci nos Estados Unidos e vim para cá com dois anos de vida e Alvez nasceu no Brasil, quando chegamos aqui Leroy já nos odiava apenas pela nossa nacionalidade e se dizia o melhor de todos- ele suspirou e fez uma pausa.

-Fomos chamados aqui porque o Fort estava sem Capitão e o último Capitão fez um último desejo antes de falecer: colocar os melhores tenentes do mundo em uma disputa e colocar dois deles para comandar o Fort Albion. E após dois anos de treinamento e disputa e Leroy falando para todos que ele seria o escolhido... Eu e Alvez fomos os selecionados...Leroy ficou maluco com isso e jurou nos matar, achei que era porque ele estava puto por ter seu ego ferido, mas pelo visto não.

-Como assim você e Alvez? Por que ele não continuou aqui?

-Ele tinha família no Brasil, ele ficou aqui só um ano e voltou para o país dele, e por isso que eu selecionei brasileiros para virem para cá, por conhecer Alvez e saber da sua competência.

-Entendi..., mas o que faremos agora?

-Temos apenas uma opção que é esperar, não temos muitas informações sobre isso. – Apenas assenti. E ele continuou – O que você acha de um baile?

-Como assim baile? - esse velho tá louco ou fumou um.

-Para comemorar a missão e para os brasileiros serem apresentados para todos e sem trajes militares. – Ele não fumou um não, ele cheirou uma carreira de pó mesmo.

-Você é o capitão Pai, se você gosta da ideia, faça..., mas será apenas para os soldados? - ele negou com a cabeça.

-Será para todos da base – ótimo, eu vou infernizar a loira gorda- Pode se retirar.

Eu gostei da ideia, preciso mesmo de uma transa, vamos ver qual das mulheres dessa base serão úteis, eu tenho vinte e oito anos e desde que tive idade para ser militar estou aqui nessa base com meu pai, e em todo esse tempo não vi nenhum soldado que fosse mulher, então hoje poderei selecionar alguma mulher de fora do meu setor para aproveitar, porque estou cansado de ter que sair daqui do Fort e ir para a cidade atrás de mulher meia boca.

Eu segui com minha vida e hoje deu os três dias, irei ver a gorducha para ela tirar meus pontos. Fiz toda a minha rotina normalmente, mas cuidando da sutura e tenho que admitir que ficou ótima, ficarei com uma cicatriz bem fina. Segui para a enfermaria e me aproximei da loira que estava de costas.

-Eae estressadinha- ela se assustou e virou para mim com um olhar que me mataria e que estava me xingando de todo nome mentalmente.

-Bom dia para você também- ela disse debochando e eu ergui uma sobrancelha e cruzei os braços- veio tirar os pontos?

-Para ver você que não foi, claro que eu vim tirar os pontos- ela ficou vermelha novamente e ela estava igual quando eu vim para fazer a sutura, de máscara, avental e touca.

-Deita na maca- ela disse seca. Enquanto eu me deitava, ela vou até os armários e preparou a bandeja de metal com o que ela iria usar.

- Vai resmungar na minha orelha hoje também- eu disse para provocar e ela me olhou com um olhar assassino.

Ela é a primeira a me tratar assim em anos.

-Não, mas se preferir eu corto suas orelhas fora para não ter que me escutar, o que acha? - ela disse debochada e abriu e fechou a tesoura, fingindo cortar.

-Acho que você deve respeito ao seu superior, ainda mais na posição que você tem aqui – mal-educada.

-Então eu ganharia respeito de você se fosse superior, da mesma patente ou homem? Estou certa? – Garota esperta.

-Isso mesmo, mas pelo seu porte físico seria difícil você ser tenente ou um cargo mais alto que o meu...e também, não tem como você virar homem-Depois dessa minha fala ela para de retirar os pontos e me encara com aqueles olhos azuis esverdeados que pareciam pegar fogo.

-Me chamou de gorda ou desqualificada? Não entendi bem. - Ela é burra ou se faz?

-As duas coisas.- respondi com um sorriso de lado.

-Eu só não te mato porque quero ter algum futuro e você não vale isso seu machista- ela levanta puta- eu já terminei, pode dar o fora daqui – Eu já quis matar homens por menos que isso, mas gostei dela.

- Claro madame, e como você deixou meu braço com uma cicatriz mínima eu não vou reportar para o Capitão essa sua insolência, mas da próxima eu farei. – Ela só me encara com aqueles olhos brilhando de raiva e eu saio da enfermaria, mas antes de sair eu paro na porta me viro e falo.

-Antes que eu esqueça, te vejo no baile, gorducha- sussurrei a última palavra para que só ela escutasse e sai, e escutei ela me xingar.

Sorri com isso.

No caminho da GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora