Família?

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Restam 12 horas

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Restam 12 horas...

Tic tac

O relógio não para.

-Entenderam? – meu plano tem que funcionar, não é o melhor plano, mas terá que servir, ainda mais com o tempo que tive para monta- lo.

-Sim Capitão. -Todos gritaram.

-Peço que continuem a me chamar de Tenente, no momento eu estou agindo como capitão, mas em poucas horas traremos o verdadeiro capitão de volta para casa e junto com ele a Tenente Clarke. Ambos foram sequestrados sem motivo aparente... Vamos ensinar para esses franceses de merda do que somos capazes, não sosseguem até que tudo esteja repleto de vermelho, o vermelho de sangue e o vermelho do fogo... Aos que matam e sequestram é sem piedade.

-Sem piedade. - Todos gritaram e vibraram com vontade

Meu pai amava esse grito de guerra, ele sempre disse que sequestrar, matar e qualquer outra coisa sem motivos, mas o motivo que ele falava era os perante a lei, então por exemplo se eu matei um assassino, está tudo bem.

E eu sigo com esse pensamento, o mundo seria bem melhor se pudéssemos punir os criminosos da maneira como eles merecem.

Sem dó e sem piedade.

O plano era o seguinte, eu irei sozinho até Leroy (mas metade do pessoal ficará aqui perto para me auxiliar) e os demais irão ao local que Matheus rastreou.

E assim fizemos.

Então seguimos eu, Matheus e Henri em uma picape e tínhamos dois caminhões para reforços, e os outros quatro caminhões seguiram para o outro local, para resgatar meu pai e Elena.

O endereço que Leroy mandou era uma parte iluminada de uma floresta, que possuía alguns galpões ao fundo.

Demoramos 11 horas para chegar no local combinado. A viagem foi cansativa e estava amanhecendo, eu estava muito ansioso , e em poucas horas estarei com meu pai e com a mulher que sou apaixonado .

E quando chego lá, meu coração dispara.

Elena.

Só escuto um zumbido, o que está em minha volta parece não existir, parece que tudo se transformou em um borrão.

Ódio, o ódio que eu tinha por ela no começo voltou e quero matá-la.

Mentiroso.

Não odeio Elena, não consigo odiá-la, mas eu deveria.

Que dor é essa em meu peito?

Parece que meu coração está sendo rasgado ao meio.

Cortado com uma faca cega.

Dor.

Passei todo esse tempo pensando nela, agora penso só na traição dela, meu corpo se revirava.

Cada suspiro trazia uma dor física e emocional, cada lembrança era como um soco, o soco mais dolorido que já tomei na minha vida. Eu queria nada além de ter ela de volta, eu a queria em meus braços, abraçar e beijá-la.

Agora não sei se a quero.

Quero muito entender o que aconteceu, mas a emoção está falando mais alto que a razão.

Com ela pode?

Ele a sequestrou e ela está lá, ao lado dele.

Eu não entendo?

Minhas veias foram estranguladas, meu peito estava apertado. Meu corpo estava fervendo, minha alma e minha mente estavam me torturando

Eu queria chorar, gritar, implorar, ou até morrer para aliviar toda essa dor e sofrimento.

Tudo dói, não consigo respirar.

É essa a sensação de ter o coração partido?

Mas eu bato palmas.

Sinto que meus olhos pesam e enchem de lágrimas.

Eu bato palmas e nego com a cabeça.

-Parabéns, PARABÉNS A TODOS OS ENVOLVIDOS. -Me aproximo de Leroy e Elena e olho bem no fundo dos olhos dela- Principalmente pra você princesa, que além de ter entrado na minha vida e tentado roubar meu lugar como Tenente, agora está com o inimigo. - Nesse momento eu estou bem na frente dela e Leroy não abre a boca e só escuto meu pai resmungando contra a mordaça.

Vejo que ela fica com uma expressão que contém tristeza e ela  abre a boca para falar algo , mas não emite nenhum som sequer.

- O que foi Elena, o que você tem pra dizer, hm? - Relaxo meus braços e eles caem contra meu corpo- Que ele fez uma oferta melhor do que você tem no Fort- A expressão de tristeza dela some e o rosto dela toma uma cor avermelhada e sua expressão se torna de raiva e ela avança pra cima de mim.

Elena, a mulher que eu estou apaixonado me dá um tapa estalado.

O tapa não doeu, mas ver ela ao lado do cara que sequestrou meu pai sim.

Desde quando Elena está trabalhando para Leroy?

-CHEGA! - Leroy grita e eu o encaro.

Eu logo tiro meus olhos de Leroy e olho para Elena, minha doce Elena, ela tem os olhos marejados, o que eu fiz?

Eu a magoei.

Eu machuquei minha princesa, eu machuquei minha mulher.

Minha.

Ela não irá me perdoar, depois terei que me virar para fazer as pazes com ela.

-Sem enrolação, irei direto ao ponto. Não vejo maneira mais fácil de contar isso- Leroy fala e depois suspira, vejo um brilho nos olhos dele, ele dá um passo para trás e diz.

-Qual seu nome James?

Não entendi, eu vim da puta que pariu para ele perguntar meu nome?

-James Smith. - Leroy me empurra.

-QUAL SEU NOME JAMES? - ele me empurra novamente.

-James Smith. - Ele me empurra mais forte, estamos a uns três metros de distância de meu pai e Elena.

-Qual a porra do seu nome completo garoto. - Eu reviro os olhos.

-MEU NOME É JAMES LECLERC SMITH.

Leroy ri e vejo que seus olhos estão marejados, ele volta e fica ao lado de meu pai e coloca a mão esquerda no ombro dele.

-E você sabe meu nome?

-Onde você quer chegar Leroy?

-Só o responde James- Elena ralha e eu a encaro sem entender nada.

-Pierre Leroy.

-Tsc, tsc, tsc... Você deveria ter vergonha! Porque não contou a verdade ao garoto Miller. - Leroy fala olhando para meu pai enquanto nega com a cabeça.

-Sabe James, meu nome é Pierre Leroy Leclerc, igual ao da minha irmã Emma Leclerc Smith.

-Puta merda- é a voz Henri pela escuta.

Minha ficha caiu.

Leroy é meu tio?

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Oioi genteee!!

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No caminho da GuerraWhere stories live. Discover now