Garantia

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Eu coloquei tudo bem que tenho em suas mãos
Aqui está minha alma para você guardar.
-Justin Bieber.

Não sei se foi uma boa ideia ter saído do Brasil para vir aqui e ser sequestrada sem motivo algum, é claro que eu imaginava algo diferente do exército britânico, mas bem no fim ele é pior que o do Brasil

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Não sei se foi uma boa ideia ter saído do Brasil para vir aqui e ser sequestrada sem motivo algum, é claro que eu imaginava algo diferente do exército britânico, mas bem no fim ele é pior que o do Brasil.

Eu sei o que acontece embaixo dos panos, os assassinatos não relatados, as torturas e outras coisas que o governo não passa para a população. Mas mesmo sabendo como tudo funciona no mundo militar, o Fort Albion me surpreendeu, tudo aqui me lembra sobre os livros de máfia que tem no meu kindle.

Eu não lembro de muita coisa desde que sai do Fort, lembro vagamente de ter um pano sujo na boca, devem ter colocado algum boa noite cinderela e apaguei, lembro de breves borrões: um prédio azul com a pintura desgastada e com grades nas janelas, e um elevador.

Merda.

Estou na merda.

Eu tinha que saber mais ou menos quantas pessoas tem aqui e se pegaram mais alguém do Fort Albion, pois se eu tentar fugir eu tenho que salvar os inocentes que estão aqui dentro.

Depois de ser apagada eu acordei em uma espécie de quarto onde tem apenas uma cama de solteiro e uma privada, o espaço no quarto não era muito grande e sem janelas, as paredes úmidas e tremores que havia no teto me fez desconfiar que estou no subsolo do prédio a porta tinha apenas passagem onde eu imagino que vão me passar comida.

A vida é uma merda, parece que estou em um dos meus livros, onde a mocinha só se fode e o final feliz dela pode não acontecer.

Ó Deus, porque não me arranjou um CEO gostoso para que eu fosse uma esposa troféu.

Mas já que estou aqui tenho que cair na real e achar um jeito de sumir daqui, e já que pensei no CEO gostosão, eu não serei feliz com homem, pois não tenho dedo podre, eu tenho todos os dedos podres e isso inclui os dedos dos pés também.

Meu primeiro namorado se chamava Rodrigo, nos conhecemos no terceiro ano do ensino médio, e eu como a otária que sou já imaginei a nossa vida, casados e com filhos. Mas ele terminou comigo porque eu não queria transar com ele, porque mesmo estando apaixonada eu não me sentia pronta para perder a virgindade e tirando o fato que ele quase me estuprou (ele tirou minha roupa a força e quase introduziu o pênis dele em mim, mas não conseguiu porque meu pai me colocou desde nova em diversas academias de luta, então quando caiu a minha ficha do que estava acontecendo eu dei uma cabeçada no nariz dele e arrebentei a cara daquele idiota no soco e ele desmaiou, enquanto ele estava desmaiado eu vesti minha roupa e corri da casa dele. Nada aconteceu com ele e nem comigo pois os pais dele eram bem de vida e acharam melhor não me denunciar pois seriam punidos pela mídia por ter um filho estuprador e meu pai ficou contente e orgulhoso com o que eu fiz).

Meu pai sempre dizia "mulheres são as joias mais preciosas já criadas por Deus, o homem tem o dever de adorar e lapidar essa joia para que ela se torne cada vez mais linda e brilhante, mas se um dia um homem quiser retirar seu brilho e tentar te quebrar meu pequeno diamante, se forje em lâmina e corte a jugular desse otário"

Meu pai sempre foi delicado comigo, mas eu sei que ele era nada delicado com o mundo. Quando eu ficava com minha avó ela contava as declarações e surpresas que meu pai fazia para minha mãe, e como a relação deles parecia um conto de fadas.

Então quando eu realmente entendi como deveria ser um namoro, meu padrão para homem aumentou muito, e isso foi graças à papai.

Meu segundo namorado foi Bruno, eu o conheci na faculdade, ele era perfeito, carinhoso, amoroso e ele me deu brilho..., mas ele não soube me lapidar, pois quando nosso namoro completou dois anos ele queria mandar na minha carreira e outras coisas, então chutei a bunda dele, jamais eu irei retirar meus sonhos para obedecer um homem, e desde então eu segui solteira, transei muito, me diverti e todos os homens que sai foram babacas e isso inclui James.

Sai das lembranças terríveis sobre minha vida amorosa, pois a porta da minha cela foi aberta e Leroy fica encostado no batente da porta.

-Bom dia Elena- ele fala meu nome com desdém- Já irei te atualizar do porquê você está aqui e tudo mais...Bom, eu não tenho um pingo de interesse em você ou machucá-la. - Ele gesticula e fala como se eu não fosse nada para ele.

Não entendi, se não tem interesse em mim, o que estou fazendo aqui?

-Sendo sincero eu não iria te trazer, mas ao ver que James te tratou de forma possessiva eu precisava de mais uma garantia. - Ele dizia dando de ombros.

Garantia de que?

Garantia para que?

-Eu peguei apenas o Miller Smith pois era quem eu precisava para chegar em James. - Mas James nem sabia da existência de Leroy. -Então gatinha, eu preciso que colabore comigo... eu entrarei em contato com James e você irá me ajudar a fazer com que ele venha até mim, pois eu preciso... falar...conversar seriamente com ele- ele sorri e acena para alguém que está fora da cela.

Leroy da passagem para que um soldado entre, e nas mãos desse soldado tem uma corda preta e um pano.

-Esqueci de mencionar que para James vir, ele precisa achar que você está em perigo não é mesmo? – e ele gargalha.

O soldado me pega com facilidade, pois estou muito fraca, pelos meus cálculos estou aqui a três dias, sem comer ou tomar água. O soldado me amarra com a corda, me imobilizando e ele fez um nos meus pés e prendeu minhas mãos para trás e o pedaço de pano serviu como mordaça e por fim esse soldado me joga em um canto da cela

Leroy se aproxima e agacha perto de mim e aperta meu rosto.

-Sabe, eu nem preciso te bater nem nada, você está extremamente acabada- e ele ri mais – mas vou deixar apenas uma marquinha – e Leroy desfere um tapa estalado do lado esquerdo do meu rosto e sinto meu olho lacrimejar.

Leroy era grande, ele deveria quase dois metros, olhos escuros como a noite e cabelos castanhos claros, e muitos músculos e aparentava ter uns quarenta e poucos anos.

-Sorria loirinha- e meus olhos ardem e se fecham pelo flash que sai do celular dele -perfeito...- ele mexe um pouco no celular e manda um áudio.- Bonjour James... veja só o que tenho em minhas mãos, sua adorada loirinha e o filha do puta do seu pai, imagino que você os queira vivos non é mesmo?- ele da uma risada nasalada- e para isso eu te encontrarei em um lugar da minha escolha e espero que você apareça sozinho, se não , deixarei meus soldados se aproveitarem do corpo da loirinha e olha que tem uma longa fila para isso- Ele e o soldado que me amarrou gargalham- e seu paizinho morre... Estamos entendidos, jusqu'à plus tard.- Ele guarda o celular no bolso, me desamarra e sai da cela como se eu fosse apenas um móvel.

E eu continuo sem entender nada.

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Espero que gostem desse cap!!!!

No caminho da GuerraWhere stories live. Discover now