[CONCLUÍDA] O Pugilismo é um ato antinatural, tudo nele é às avessas, algumas vezes é melhor recuar antes de tentar acertar um soco, mas se recuar demais, pode acabar perdendo, boxe tem a ver com respeito, conquistar para si tirando do outro cara.
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Agachado ao lado de Jungkook, assisto confuso ao atendimento de primeiros socorros. Ele segura minha mão tentando me tranquilizar, sorrindo enquanto recebe pontos acima do olho esquerdo. A arena ainda está uma bagunça, as câmeras estão posicionadas para mim enquanto estou sendo chamado, mas ignoro esperando por alguma resposta.
- O que aconteceu? - perguntei diretamente para o enfermeiro que faz a limpeza do sangramento. - What happened?
Lembrei-me das poucas frases que aprendi em inglês, mas não entendo a resposta.
- They hit him with a bottle!
- Acertaram a cabeça dele com uma garrafa de Gatorade - Lilly explica parada à minha esquerda.
- Meu Deus, quem fez isso meu amor?
- Eu não sei foi muito rápido, mal consegui ver o nocaute me desculpa, ai que merda - Jungkook me tranquilizou acariciando minha luva direita com as pontas dos dedos, resmungando logo em seguida. - Volta para o ringue não deixe de curtir seu momento, daqui a pouquinho te alcanço para a gente comemorar.
- Não posso simplesmente te deixar aqui.
- Ele está bem Jimin, só estão finalizando o curativo. Curte o seu momento, eu cuido dele para você - Lilly se oferece e Jungkook concorda.
- Eu não vou! - afirmo ainda abaixado, usando os dentes para desabotoar as luvas.
- Namjoon tira ele daqui - Jungkook ordena.
Namjoon assente e antes que eu seja pego pelo grandalhão voltei para o ringue correndo, desviando das pessoas que tentam me abordar. As luzes foram apagadas e o foco ficou somente no ringue, onde uma equipe me aguarda de frente para o nomes dos patrocinadores para uma entrevista.
Estou ofegante, suado, exausto, mas também eufórico. Acabei de vencer a luta mais importante da minha vida, e eu quero gritar para o mundo inteiro ouvir. Levanto os braços, sinto a adrenalina correr nas minhas veias, ouço a torcida me aplaudir. Eu sou o melhor, eu vou ser o campeão.
Os repórteres se aproximam de mim, com seus microfones e câmeras. Eles querem saber como eu me sinto, como consegui essa façanha, como eu superei as dificuldades. Eles me fazem perguntas, e eu respondo com simpatia, mas também com arrogância. Não tenho falsa modéstia, sei que sou bom.
- Jimin, como você se sente depois dessa vitória incrível? - pergunta um repórter.
- Eu me sinto ótimo, claro. Treinei muito para essa luta, me preparei física e mentalmente. Sabia que ia ganhar, eu não tinha dúvidas. Sou o melhor lutador dessa categoria, e eu provei isso hoje - respondo um tanto convencido.
- Jimin, como você conseguiu o nocaute no primeiro round? Foi uma surpresa para você? - pergunta outro repórter.
- Não foi uma surpresa para mim, foi uma surpresa para Noah Bertoldi. Ele achou que ia me vencer, achou que ia me dominar. Mas ele não sabia com quem estava lidando. Sou um guerreiro, e não desisto nunca. Eu esperei o momento certo, e dei o golpe fatal. Foi lindo de ver!
