Entorpecer.

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Minjeong.

A cerca de quinze minutos de carro da escola havia uma praia, pouco frequentada e pequena o suficiente para que fosse o point perfeito para somente aproveitar um fim de tarde.

E por isso estávamos ali.

Aeri, Yerim e eu, apenas jogando conversa fora, bebendo e comendo, sentadas na areia enquanto as ondas quebravam no mar alguns metros na nossa frente.

— Essa cerveja é uma merda... — Aeri reclamou, fazendo uma careta ao dar um grande gole na latinha.

— Foi o que eu consegui arrumar com as suas economias. — Yerim respondeu.

— Minhas economias? — Aeri a encarou e eu contive uma risada enquanto dava um gole no refrigerante, prevendo o drama a seguir. — Yerim, você não usou o seu dinheiro também?

— Não. — Disse simples. — A ideia de comprar cerveja foi sua, irmãzinha. — Yerim rebateu, dando de ombros.

— Mas...

Aeri tentou continuar, mas a interrompi.

— Ela meio que tem um ponto. — Provoquei, defendendo a mais nova entre a gente.

— Obrigada, Minjeong. — Yerim apontou para mim e sorriu, agradecendo silenciosamente pelo apoio. — E também, eu quase não bebo, sabe? Você vai beber esse pack praticamente sozinha mesmo, Aeri.

E dizendo isso, ela ganhou ainda mais um argumento.

Sorri contra a latinha que segurava entre um gole e outro, me divertindo com aquelas duas implicando uma com a outra.

Sem desviar os olhos do mar à minha frente, pude sentir a brisa bater contra o meu rosto.

— Eu vou roubar a sua mesada, idiota. — Aeri murmurou, percebendo que perdeu o pequeno debate.

Virei o rosto para as encarar e os fios curtos do meu cabelo cobriram a minha vista por um momento.

Estiquei o corpo para pegar os pacotes de salgadinhos que estavam amontoados mais ao centro e joguei dois deles para elas, erguendo alguns grãos de areia no processo.

— Parem de brigar e comam essa porcaria.

Pedi, usando um tom que mais fez parecer uma ordem.

Elas abriram os pacotes fazendo uma careta uma para a outra, mas sem questionar. Eu peguei um para mim também, repousando a latinha de refrigerante na areia para conseguir abrir o salgadinho, torcendo para ela não cair.

Sentia a areia fria contra a minha pele, que estava exposta por causa da saia curta do uniforme da escola.

Assim que cheguei, eu tinha deixado o terno dentro do carro e erguido as mangas da camisa social até os cotovelos porque sabia que, apesar de estar no entardecer, eu sentiria um pouco de calor.

𝗘𝗙𝗘𝗜𝗧𝗢 𝗖𝗥𝗢𝗠𝗜𝗔 | 𝗐𝗂𝗇𝗋𝗂𝗇𝖺 [𝗛𝗜𝗔𝗧𝗨𝗦]Where stories live. Discover now