Capítulo 04

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Lauren Jauregui P.O.V

Estavamos eu e George as cinco e meia da manhã dentro da minha caminhonete, a caminho de Los Angeles sete horas de viagem e quinhentos e sessenta quilômetros de distância, hora e outra revezando o volante. Seria uma viagem a negócios, iríamos ter uma reunião referente a venda de alguns de nossos lotes em Los Angeles. Começamos a conversar sobre onde aplicariámos o dinheiro ganho com a venda.

- Estou pensando em comprar uma casa maior em um condomínio, com mais espaço e quartos, eu e Alícia estamos planejando ter um filho. Ela não quer ficar na fazenda. - George comentou.

Alicia é uma boa esposa, ela cuida muito bem do George e o ama de verdade. Eles fazem um belo casal, como se fossem feito um para o outro, meu irmão é um homem de sorte.

- Realmente, ela não está completamente errada, não tem nada que a prenda na fazenda, tirando você

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- Realmente, ela não está completamente errada, não tem nada que a prenda na fazenda, tirando você. - falei observando as paisagens pela janela, Califórnia com certeza é o estado mais lindo desse país.

- E você e a Aurora? Eu sei que você anda transando com ela Lauren, você conhece a família dela, se o pai dela sonhar..

- Eu vou pedir ela em namoro, assim que retornar a São Francisco. - menti. - Semana passada conheci a sobrinha da Laura, ela veio de Seattle, é veterinária. Muito simpática, e muito bonita também.. - mudei de assunto.

- É melhor escavar um buraco na terra e se esconder do que mexer com a sobrinha da Laura, ficou doida? Ela trata a garota praticamente como se fosse filha dela. - George me cutucou.

- Tenha calma, não é como se eu fosse me casar com ela e ter três crianças. Eu não pretendo ter nada com ela Josh. E eu não tenho planos para a minha parte na venda dos lotes. - resmunguei.

Finalmente acabamos o assunto sobre mulheres, chegando em Los Angeles paramos em um quiosque da praia de Santa Mônica, perto do pier, tomamos uma água de côco gelada e comemos alguns quitutes. A reunião seria as duas horas da tarde, então passamos rapidamente na casa de nossos pais para dar uma visita. Ao menos uma vez ao mês eu me esforçava para vê-los, nada mais importante que a família.

A reunião com os empresários interessados em comprar nossos lotes foi um sucesso, já estávamos a caminho de volta pra São Francisco, nossa advogada Verônica resolveria a parte da transferência e documentação. Era aproximadamente sete e meia da noite ainda faltava dozentos quilômetros para chegarmos em casa, eu estava dirigindo enquanto George dormia no banco reclinável do passageiro. Coloquei minha playlist de verão para tocar, assim eu não sentiria sono também, porque um bate-volta é para poucos, muito cansativo.
O celular de George começou a tocar, o nome de Alícia acendeu no visor, seguido por inúmeros emojis de coração.

- Oi amor. - atendeu sonolento. Abaixei o volume da música acionando o botão direito do meu volante, enquanto ele respondia Alícia sem ânimo algum, às vezes eu estranhava esse jeito dele.

- Era alguma coisa?. - perguntei após ele encerrar a chamada.

- Ela só queria saber se estamos chegando. - respondeu sério.

- Vocês brigaram? - olhei para ele de relance.

- Ela.. ela só sente ciúmes demais e isso me estressa. - desabafou.

- E ela tem motivos para sentir? - retruquei.

- Eu acho melhor encerrar essa conversa. - respondeu ríspido. Estranho, eu não achava que a relação deles era tão insegura assim, bem, talvez eu nunca tenha reparado nisso.

Finalmente estacionei a caminhonete em frente a nossa casa na fazenda, pegamos uma chuva e as rodas estavam todas sujas de lama, certamente amanhã ela estaria em um lava-jato. George desceu do carro sem falar nada, ele não tinha gostado do tom das minhas palavras, eu realmente não ligo. Se ele ferir os sentimentos de Alícia eu esmago a cara dele no asfalto, enfim, eu amo meu irmão.

Tomei um banho quente e desci, Laura havia feito uma janta maravilhosa e eu estava na mesa comendo junto com ela. Depois que cheguei da viagem não tinha visto George ou Alícia, Laura comentou que ela estava chorando, fiquei preocupada mas não me interferia no assunto, não queria ser uma intrometida. E finalmente a conversa caiu em Camila.

- Me diga Lauren, o que você achou da minha Camila?. - ela ansiava pela minha resposta em expectativa.

- Ué, achei legal. - respondi de boca cheia.

- Crie modos e me responda direito. - levei um tapa.

- Você quer que eu diga que ela é linda? Sim, ela é muito linda Laura, depois pergunte a ela se tenho chances e mande ela me mandar uma mensagem. - brinquei.

- Você sabe eu vou falar né?. - me lançou uma piscadela, sim pior que eu sei que ela vai fazer exatamente isso, logo estava me arrependendo das minhas palavras.

- Eu só estava brincando. - voltei atrás.

- Camila também te achou bonita. - por essa eu não esperava.

- Ela te disse isso?. - perguntei.

- Não, só queria ver sua reação. - Laura realmente joga baixo às vezes. Encerrei a conversa sobre Camila e levantei, levando meu prato ao lava-louças.

- Boa noite, Laura. - dei um beijo em sua cabeça e segui para meu quarto, amanhã eu teria de ir cedo ao consultório do doutor Cabello, que a poucos dias descobri ser o pai da Camila, então provavelmente ela estaria lá também. Claro que sim, ela trabalha lá. Resolvi mandar uma mensagem para ela.

Whatsapp On:

Lauren: Boa noite. Amanhã estarei indo para a clínica do seu pai.

Camila: Boa noite, a gatinha se machucou?

Lauren: que gatinha?

Camila: você sua boba.

Lauren: haha obrigada pelo elogio? Eu acho, eu iria hoje, mas tive que ir a Los Angeles só cheguei agora.

Camila: Hum entendi, estarei te esperando lá, Boa noite Lauren, vou dormir estou exausta, um porquinho da índia mordeu meu dedo, big day.

Lauren: eu dei uma risada sincera agora, mas eu juro que sinto muito pelo seu dedo.

Camila: você é ridícula, eu já estou indo mande beijos para a minha tia.

Lauren: Boa noite, eu sei que você me acha linda.

Camila: Tchau Lauren.

Whatsapp Off

Eu gostava do senso de humor singular que Camila tinha, desde o primeiro dia em que nos conhecemos. Respondi algumas outras mensagens, que em grande parte eram de Aurora, talvez George tivesse mesmo razão e eu devesse mesmo pedi-lá em namoro. Pensaria nisso melhor amanhã quando eu fosse na casa dela, depois de ir à clínica dos Cabello.





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