Capítulo 26

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Gêmeas Cabello Jauregui:

Gêmeas Cabello Jauregui:

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Camila Cabello P

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Camila Cabello P.O.V

Se me dissessem a um ano atrás que eu estaria noiva de Lauren Jauregui e grávida de duas filhas dela, eu jamais acreditaria, muito pelo contrário, chamaria a pessoa de louca em todos os idiomas possíveis. Mas aqui estava eu, totalmente entregue aos encantos de Lauren, eu estava entregue a ela de todas as formas. É como dizem: todos nós estamos destinados a ser de alguém, e, bem, eu estava destinada a ser de Lauren.

Finalmente o dia da cesárea das gêmeas havia chegado, eu já não aguentava mais, o inchaço, as dores, a fadiga, a azia, eu precisava colocar minhas filhas para fora, literalmente. Lauren estava sempre ao meu lado, em nenhum momento da minha gestação me senti só, me senti mal ao lembrar que Aurora não teve tanto suporte quando estava grávida de Yasmin, mas não era minha culpa, eu nunca impedi Lauren de ter sido presente na vida dela.

Sacudi a cabeça na tentativa de fugir de todos esses pensamentos intrusivos, hoje é o dia do nascimento das minhas bebês. Eu não poderia estar mais feliz, e não era pensamentos ruins que iriam estragar isso, e me colocar medo. Eu e Lauren havíamos deixado as bolsas das meninas prontas, já estava tudo no meu Jeep Compass, que Lauren me deu de aniversário de namoro, quando fizemos um mês. Me recusei a ir na caminhonete de dois metros de altura, eu não estava em condições de me esticar tanto.

Minha mãe foi no carro conosco, ela me transmitia calma e segurava minhas mãos, meu nervosismo era notável, afinal, quem está pronto para parir duas meninas? Passamos na casa dos avós de Yasmin para deixá-la. Quando chegamos no hospital, Lauren fez a gentileza de buscar uma cadeira de rodas para me transportar, qualquer esforço mínimo que eu fizesse, fazia eu me sentir exausta, encarei o corredor branco, sentindo o frio do ar condicionado bater contra minha pele, até ouvir a voz conhecida de Alexa.

- Olá Mila, vamos preparar você para o trabalho de parto. - minha obstetra disse sorridente, invejei sua felicidade, eu estava temerosa demais.

Subimos de elevador para o terceiro andar, onde ficava a maternidade, pareceria rápido para alguém que não fosse eu. Alexa guiou minha cadeira de rodas até o quarto onde eu passaria meu pós operatório, os médicos estavam preparando a sala para a cirurgia. Lauren estava sentada na poltrona do lado da minha cama, minha mãe conversava com Alexa para poder me acompanhar.

Depois de todos os preparos eu estava deitada na maca, já anestesiada, minha mãe estava comigo, Lauren assistia da galeria, eu tentava manter a calma. Alexa já havia começado a cirurgia, eu pude ver o bisturi sujo de sangue em sua mão esquerda. Mas meu mundo parou quando escutei o primeiro chorinho, era a minha primeira menina nascendo, Sophie, lágrimas começaram a cair dos meus olhos, um enfermeiro auxiliar colocou Sophie perto do meu rosto, ainda suja de sangue, eu queria tanto poder abraça-lá logo. O segundo choro ecoou por toda sala, agora era a vez de Beatriz brilhar.

- Elas são lindas, Mila! - Alexa exclamou, não consegui respondê-lá, eu só sabia chorar, era com toda a certeza, o momento mais feliz da minha vida.

Após a cirurgia retornei para o quarto, agora tendo minhas duas bebês esfomeadas grudadas em meus peitos, com a ajuda de Lauren. As duas tinham olhos castanhos como os meus, eu acho que não desejei o suficiente os verdes de Lauren.

- Amor, elas são iguaizinhas a você. - Lauren falou boba. Eu sorri.

- Beatriz puxou a fome que você sente. - resmunguei.

- Como você consegue diferenciar? Eu acho que vou trocar sempre. - franziu o rosto em confusão.

- e quem disse que eu consigo?. - gargalhamos.

Tudo ocorreu bem durante o parto, agora eu teria que cuidar do corte cirúrgico, minha mãe me ajudava nessa parte, sempre secando e higienizando, Lauren cuidava das meninas. Eu não imaginava que ser mãe de gêmeas daria tanto trabalho, ainda bem que somos duas mães. Ficaríamos no hospital por mais três dias, as gêmeas fizeram todos os exames e tomaram as vacinas, meus peitos já estavam doloridos de tanto amamentar. Acabei descansando um pouco, acordando somente pelo barulho de Lauren ligando a TV.

- Desculpa. - falou sem jeito, dando um sorriso envergonhado. Ela ficava tão fofa assim.

- Tudo bem, amor. Me dá um beijo. - a chamei e ela caminhou até minha cama.

- Obrigada por nossas filhas, elas são perfeitas, sua cópia. - Lauren falou após encerramos o beijo.

Como é ser mãe? Não é como se eu já não fosse, considero Yasmin como minha filha, mas parece ser mais forte o laço quando sai de dentro de você, eu não sabia explicar, mas isso de maneira alguma anula o que sinto por Yasmin, só digo que é um sentimento diferente. Quando as gêmeas estão em meus braços, é como se o mundo inteiro parasse ao nosso redor, e só existisse aquele momento, os olhinhos delas brilhando toda vez que me olha, eu era a mulher mais feliz daquele hospital. Eu aprendi a diferenciar as duas pela forma como sugam meus mamilos, Beatriz costuma sugar com mais força, e Sophie é mais delicada.

Lauren não passou a noite comigo no hospital, voltou para casa para cuidar de Yasmin. Minha mãe estava babando as gêmeas, eu agradecia aos céus por isso, era momento que meus peitos sentiam sossêgo. Toda hora eu comia algo, acho que amamentar suga todas minhas energias, ainda bem que minha noiva é rica, ela que lute. No fim da noite recebi uma vídeo chamada de Lauren com Yasmin, as gêmeas estavam dormindo, minha mãe tinha ido ao refeitório, e eu me sentia um pouco cansada então encerramos a ligação.

Acordei completamente quebrada pela posição a qual tinha dormido, fora que, a cada minuto eu levantava para olhar e amamentar as meninas, simplesmente não consegui cair num sono tranquilo, sabendo que a qualquer momento uma delas precisaria de mim. Eu acho que, realmente, eu estava me tornando uma mãe coruja.

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