Capítulo 25

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Lauren Jauregui P.O.V

Hoje é o aniversário de dois anos da Yasmin, e Camila está entrando nos nove meses de gestação das gêmeas. Eu estava no salão de festas, observando toda a decoração do aniversário da minha filha, escolhi a temática na cor de rosa, Camila escolheu o bolo e o vestido, estava tudo lindo e iluminado, assim como Yasmin. Sorri ao perceber o quão rápido o tempo pode passar, Yasmin já estava completando dois anos, eu me lembro até hoje do pesar que foi o seu nascimento, a perca de Aurora. Mas conseguimos seguir a vida, e criar ela da melhor forma possível.
Camila atacava a mesa de doces, parecendo uma criança esfomeada, ela sempre colocava culpa de sua gula na gravidez. Quando Camila se aproximou eu pedi para que ela tirasse uma foto minha com Yasmin.

 Quando Camila se aproximou eu pedi para que ela tirasse uma foto minha com Yasmin

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- Aí meu Deus, vocês são tão lindas! - Camila exclamou nos abraçando.

Coloquei Yasmin na piscina de bolinhas e fui cumprimentar os convidados, George e Alícia estavam se entreolhando de relance, eu não podia deixar de convidar o George, ele era tio de Yasmin, e meu irmão, meio que impossível não convidar. Segundo, Alícia é minha amiga, e o único culpado era ele, ficaria sem graça eu não a chamar por conta do George. Apesar de todos os conflitos entre eles dois, estão voltando a se comunicar, bem, isso pode ser um recomeço.
Meus pais estavam conversando animadamente com Laura e Sinuhe, mãe de Camila que veio de Seattle para cuidar das gêmeas. Alejandro estava comendo salgadinhos no canto do salão, os Trainor's estavam sozinhos na mesa, fui cumprimenta-lós, até que somos amigos agora, Yasmin melhorou nossa relação. Escutei gritos ao fundo e olhei para ver o que era. Ela mesmo, Dinah estava no pula-pula das crianças, meu Deus, não era possível.

Camila se sentou na cadeira, se sentindo um pouco enjoada devido a quantidade de doces que ela havia comido. Me abaixei ficando na altura de seus joelhos, ela mantinha a cabeça baixa, mantendo as mãos na lateral, como se fosse vomitar a qualquer momento. Coloquei uma mecha do seu cabelo para trás da orelha.

- Amor, você tá bem?.

- Acho que exagerei na comida.. - choramingou.

- Vem cá, vou cuidar de você. - ajudei ela a levantar, a barriga de Camila estava enorme, não sei como cabia a comida ali dentro.

Levei Camila até o banheiro do salão e ela jogou uma água no rosto, mas pelo visto não foi o suficiente, ela foi vomitar. Eu acho que, com certeza, a pior parte da gravidez seria o enjôo, é horrível ficar vomitando tudo que come. Doía ver Camila assim, e não poder fazer nada, somente segurar seus cabelos e oferecer apoio moral, mesmo ela querendo me matar por eu ter gozado dentro várias vezes, a ponto de fazer duas meninas de uma vez só.

Faltava só uma semana para completar os nove meses e as gêmeas nascerem, o parto já estava todo programado com a equipe do hospital e Alexa, que foi a obstetra que acompanhou toda a gestação. Ela recomendou esperar as trinta e oito semanas, mas se dependesse de Camila já teria tirado. Finalmente seus vômitos cessaram e conseguimos retornar ao aniversário, Yasmin estava com a boca toda suja de chocolate e brincava com outras crianças de correr.
Pedi para que meus pais ficassem de olho nela, porque eu ficaria mais tempo com Camila devido a sua crise de minutos atrás, ela estava com a cabeça deitada em meu ombro, fazendo carinho em minhas mãos.

- Amor.. não tô bem, quero ir pra casa, minha barriga está pesada demais, preciso deitar. - Camila pediu.

Não queria ter que abandonar a festa de Yasmin, mas não tive outra alternativa, Camila precisava de mim. Me despedi dos convidados, e pedi aos meus pais que cuidassem de Yasmin para mim, eu sabia que ela estaria em boas mãos, bem, eles teriam de competir com os Trainor's. Liguei a caminhonete seguindo até nossa casa, Camila não falou muita coisa durante o percurso. Após parar a caminhonete na frente de casa, desci e fui ajudar minha namorada a fazer o mesmo, já que era um carro alto. Ela me praguejou até minha décima geração, mas eu amava aquela caminhonete.

Eu tinha uma surpresa preparada para Camila, que eu pretendia realizar no salão, com a presença de todos. Mas eu não contava com ela passando mal, e nós tendo que voltar para casa, então, esperei ela ficar melhor para que eu pudesse falar. Tomamos banho juntas e eu estava ajudando ela a se secar, eu sei que devido a gravidez, ela estava tendo inúmeras inseguranças com seu corpo. Eu sabia que mesmo que não saísse de sua boca, ela queria receber minha reafirmação.

- Você fica tão linda grávida, se eu soubesse disso já teria feito um filho em você muito antes. - confessei e Camila caiu na gargalhada.

- Se você fizer mais um, eu juro que mato você. - ameaçou.

- Quero só mais um. - fiz bico.

- Bem, espero que não seja comigo então. - debochou.

- Engraçadinha. - mordi sua orelha e ela gemeu. - amor fica quietinha aí que eu vou buscar uma coisa. - avisei.

Me levantei indo até o nosso closet e abri uma gaveta, no fundo dela havia uma caixinha de veludo vermelha, com um par de alianças em ouro brilhante, a peguei e tranquei o closet. Voltando para o quarto, Camila estava deitada, sabia que ela estava cansada. Coloquei a caixinha no bolso do meu pijama, me sentei ao lado de Camila fazendo um carinho leve em seu rosto, quando eu a via assim, retirava a ideia de querer ter mais um filho da minha cabeça. Acho que a minha fábrica se fechou em Sophie e Beatriz, assim espero eu.

- Amor, quero te pedir uma coisa.. - falei e ajudei Camila a se sentar na cama, ela assentiu para que eu prosseguisse, então comecei meu discurso.

- Você é minha companheira, e dividiu um fardo comigo que você não precisava carregar, não era sua obrigação, ou dever, você poderia ter me deixado, se quisesse, e teria toda razão para tal escolha. Mas você escolheu estar ao meu lado, mesmo com todas as dificuldades, você foi a melhor mãe que eu já vi alguém sendo, você é a melhor mulher que eu tive a honra de poder conhecer, você é alguém que eu quero dividir todos os meus dias. Você aceita casar comigo?.

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