Capítulo 10

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Nunca passou pela minha cabeça que pudesse ter um beijo roubado por uma garota. Ainda mais essa garota sendo alguém como Antonella. De onde venho, nós homens que tomamos as iniciativas de toda e qualquer situação. Confesso que o rompante de Antonella me surpreendeu e me excitou nas mesmas proporções.

Se aquela senhora não tivesse nos interrompido, teria a tomado sobre meu colo ali mesmo. Essa ragazza me atrai de uma maneira perigosamente desconcertante.

Estou embaixo do chuveiro, esperando que a água fria arrefeça minha ereção. Mas desta vez, não está surtindo efeito. Pensar nos lábios macios e receptivos de Antonella só faz meu pau latejar ainda mais.

Levo uma das mãos sobre meu membro e começo a me acariciar. Penso em como seria ter seus seios em minhas mãos, como deve ser sugá-los um a um. Em como sua boceta deva ser rosada como sua pele e como seu gosto deve ser o manjar dos deuses.

Aumento a pressão e velocidade do movimento que exerço sobre meu pênis. Sinto um calafrio na base da espinha e sei que o gozo está próximo. Imagino Antonella cavalgando em meu pau, gritando meu nome enquanto goza melando meu membro. Mais alguns movimentos e sinto o jarro de porra explodir contra o vidro do box. Encosto minha cabeça contra o vidro frio, esperando minha respiração se normalizar.

Ma che diavolo. Nem pareço ter quase quarenta anos. Estou parecendo um adolescente tendo que me aliviar por causa de alguns beijos. O que está acontecendo comigo?

Termino de me lavar e enrolo uma toalha em minha cintura. Deito me na cama e meu último pensamento é na bella donna de olhos azuis que está mexendo com minha cabeça. Acordo com o toque insistente do meu telefone. Pego e deslizo para atender.

― Alô!

Fratello! Sono contento che tu abbia risposto al telefono. – escuto minha irmã dizer que bom que atendi meu telefone.― Quello che è sucesso, Giovanna? – pergunto a ela o que aconteceu― È papá. Ha avuto um incidente ed è in ospedale. – responde soluçando que nosso pai sofreu um acidente e está no hospital― Non preocuparti, sorella. Starà bene. - digo para não se preocupar que ele ficará bem. ― Dopotutto, un vaso difettoso non si rompe facilmente. – completo dizendo que um vaso ruim não quebra fácil―Ma questa volta è davvero cattivo. L'incidente è stato molto grave. È tra la vita e la morte. – ela diz que desta vez é diferente. Que o acidente foi gravíssimo. E que está entre a vida e morte. Estava para perguntar mais alguma coisa, quando escuto a voz de meu irmão Paolo ao telefone.― Abbiamo bisogno che ritorniate imediatamente. – Paolo diz que preciso retornar imediatamente. Para ele me pedir essa urgência é porque as coisas são realmente muito sérias. Há muito mais nessa história do que quer me contar.― Torno più tardi. respondo que retorno ainda hoje e desligo

Acionomeus contatos e um jato estará pronto para me levar de volta à Itália dentro dealgumas horas. Olho para o relógio e vejo que ainda são três da manhã e que nãopassam das oito da manhã na Itália. Meus irmãos devem ter pensado muito antesde me ligar. Não terei tempo de me despedir ou de explicar qualquer coisa paraAntonella. Mas no momento tenho problemas maiores para resolver.

 Mas no momento tenho problemas maiores para resolver

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Assim como havia previsto, Betina me bombardeou com perguntas

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Assim como havia previsto, Betina me bombardeou com perguntas.― E aí amiga? Ele beija bem? – pergunta curiosa e animada― E quem disse que nos beijamos? – respondo com outra pergunta― Pra cima de mim não, Antonella! – ralha ― Você não estaria com essa cara de que ganhou na loteria, se não houvesse acontecido nada. – fala e sinto meu rosto ferver ― E ai? Me conta como foi.―Sabe não tenho muita experiência para poder comparar. – digo e vejo acenar com a cabeça― Mas nunca havia sido beijada dessa maneira por outra pessoa.― E como foi a experiência?― Foi diferente. Ele veio para beijar meu rosto e como quem não quer nada, me virei colando nossas bocas. Ficamos alguns segundos assim. Achei que não tinha gostado da ousadia e já estava para lhe pedir desculpas. Quando ele agarrou minha nuca e realmente começou a me beijar. Foi um beijo arrebatador. Perdi totalmente a noção de onde estava. Só dei conta de que poderíamos estar sendo vistos, quando uma senhora bateu no vidro do carro e pediu para que parássemos.― Que velha enxerida! - resmunga­­­― Para Betina! – ralho ― Fiquei morta de vergonha. Nunca havia passado tanta vergonha na minha vida.― Então o show estava bom, hein? – diz rindo ― Ai! Quanta brutalidade! – reclama depois que lhe dou um tapa no braço ― Nossa! Essa doeu!! – diz alisando o braço ― Mas e aí? Aconteceu mais alguma coisa? – pergunta curiosa― Nos beijamos mais uma vez ao nos despedirmos e entrei em meu prédio.― Só isso? Como assim? Que cara devagar!!! Esperava que me contaria que teve mão naquilo e aquilo na mão. Sério Antonella! Esperava mais de você. – esbraveja― Fala baixo, Tina. – a repreendo ― Você sabe muito bem que não tenho experiência nenhuma com homens. Até hoje foram só beijos e mais nada.― Ai, amiga! Você precisa colocar essa periquita em campo. – diz rindo ―Apesar que a minha primeira vez nem foi lá essas coisas. – diz pensativa ―Mas depois melhora e como melhora. Com o cara certo, podemos ver estrelas.― Ai, Tina. Assim eu fico com vergonha.― Vergonha do que? Sexo é vida. Rimos e continuamos conversando sobre outros assuntos até nos despedimos e seguir para nossos compromissos. Vou direto para o ateliê. Durante toda a tarde, me peguei distraída pensando em tudo o que Betina me disse e claro em Federico. Ao fim do meu expediente, o frio na barriga e a ansiedade de revê-lo me consomem. Estou contando os minutos para meu turno finalmente acabar. Termino o último ajuste em um vestido e começo a preparar para sair. De repente, sou impedida por Madame Bourjois que me manda ajudá-la numa prova de roupa de uma cliente. E como nunca fui ensinada a dizer não, vou auxiliá-la. Uma hora depois consigo finalmente encerrar meu expediente.―Espero que Federico não tenha se cansado me esperar. – digo a mim mesma enquanto pego minha bolsa. Saio do ateliê e para minha surpresa e descontentamento ele não está me esperando. Verifico se deixou alguma mensagem em meu telefone e não vejo nenhuma. "Deve ter se cansado de esperar" grita meu inconsciente. Sigo rumo ao metrô e logo estou em casa. Penso em lhe mandar uma mensagem ou até mesmo fazer uma ligação, mas acabo desistindo. ― "Não deve ter acontecido nada. Talvez tenha tido que resolver alguns negócios "- penso. Mais uma vez checo meu telefone e não encontro nenhuma mensagem. Deixo o de lado e vou até a cozinha preparar um sanduíche. Encontro um resto de suco numa garrafa que me ajuda a empurrar o pão para dentro. Verifico uma última vez o telefone antes de ir me deitar. Federico ainda não me deu notícias, parece que simplesmente desapareceu como se não tivesse existido. Pensei que o veria no dia seguinte e que me daria alguma explicação, mas estava enganada. Ele não apareceu no dia seguinte, nem no outro e em todos os dias que se seguiram. Estava começando a me convencer de que o que acontecera entre nós, não passou de um fruto de minha imaginação.―Então Nella? Ele apareceu? – ouço Betina perguntar― Ainda não. Não ligou, nem mandou mensagem. Já faz um mês e nada. – respondo triste―Mas que idiota. – murmura – Só um cretino faz o que ele fez.― Não era para ser, Tina. – digo com um suspiro resignado – Preciso esquecer e retomar minha vida.― É assim que se fala Nella. Vamos botar esse corpão pra jogo. – fala e aceno negativamente com a cabeça – Já sei como te tirar dessa fossa. Sábado tem uma festa dos formandos do curso de Direito. Será a oportunidade perfeita pra gente conhecer alguns carinhas e beijar muito. Quem sabe você não descola alguém legal e role algo mais. Hã! – fala presunçosaRio da cara que Betina está fazendo. Mas tenho que concordar, pode ser uma oportunidade de tirar de vez, Federico, de minha cabeça.

A herdeira perdida da máfiaWhere stories live. Discover now