Antonella Menezes foi criada em meio as pessoas da maior favela de São Paulo. Desde de pequena teve que mostrar ser uma pessoa valente para sobreviver em meio a violência e o preconceito das pessoas. Só não sabe que sua história está prestes a sofre...
Meu coração parou ao ver Antonella desacordada. Mattia não podia ter feito o que fez. Estávamos conversando em italiano justamente para que ela não entendesse. Mas no momento em que revelou que era avó de mia ragazza, minha vontade era pegar meu revólver e resolver tudo ali mesmo.
Peguei Antonella em meus braços e a levei de volta ao quarto, repousando-a suavemente sobre a cama. Percebo que começa a voltar aos seus sentidos.
― O que aconteceu? – pergunta tentando levantar-se
― Você desmaiou. Não se esforce, mia bella. – peço a impedindo de sair da cama
―A última coisa que me lembro... O que ele disse é verdade? – pergunta e posso ver a angústia em seus olhos
― Sim, amore mio. – respondo e vejo seus olhos marejarem
―Você sabia disso. Esse tempo todo você sabia. – diz decepcionada
―Estava esperando o momento certo para lhe dizer. Não queria que fosse assim. Sem te preparar antes. – falo e vejo-a afastar quando tento passar minha mão em seu rosto. Meu coração sangra com sua rejeição.
―E quando seria isso? Quando estivesse cansado de mim? Quando precisasse me devolver para alguém? – faz indagações que me deixam ressentido
―Jamais faria isso. Nunca me cansaria de você. – digo e ela se levanta, dessa vez não a impeço ― Só estava esperando você se recuperar do trauma do assalto. Iria te contar. Não iria manter isso em segredo. – falo desesperado
―Não se esconde algo dessa magnitude, Federico. – diz com voz chorosa ―Você sabe muito bem que não tenho nenhum parente vivo, além de meus meios irmãos e faz isso comigo.
―Me perdoe. – digo tentando trazê-la para meus braços, mas sou rejeitado novamente ―Antonella... mia bella... me escute – de repente ouvimos uma comoção do lado de fora da porta e vejo-a sendo aberta abruptamente.
― Federico, dobbiamo parlare.. – Francesca diz ao entrar no quarto ―Oh! Quindi quella è la puttana.Finalmente ci siamo incontrati. –fala para Antonella e agradeço que aos céus por não entender italiano
― Guardate il modo in cui parla. Chi ti ha fatto entrare così?- a repreendo pelo modo que fala e pergunto quem a deixou entrar, colocando-me entre ela e Antonella que segura minha mão
― E da quando la tua fidanzata ha bisogno di un permesso per entrare in casa tua? – pergunta e sinto Antonella soltar sua mão
―Fidanzata? Isso quer dizer noiva em italiano, não é? – Antonella indaga ―Como pode, Federico?
―Isso mesmo sua puta. Federico e eu estamos noivos. E para seu conhecimento estou grávida. E não será uma qualquer como você que irá nos separar. – Francesca destila em português para que Antonella possa entender
―Não... Não... – ouço Antonella dizer com as mãos na boca e a vejo sair correndo pela porta
―Antonella... – grito e não consigo impedi-la de sair ― Você me paga Francesca. – digo antes de me lançar porta a fora
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