Capítulo 13

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Levo Antonella até seu apartamento. Ela me convida a entrar, talvez esteja curiosa para saber de meu sumiço ou esteja encorajada pelo álcool que sei que bebeu. Coloca a chave no trinco e abre a porta para espaço.

O local não é muito grande, mas é melhor do que o barraco que vivia em Paraisópolis. Pergunta se quero beber alguma coisa, enquanto se esforça para tirar as sandálias. Em uma dessas tentativas acaba se desiquilibrando e cai sobre mim, a pego e a coloco no sofá.

― Deixe-me fazer isso. – digo pegando sua perna e levo minhas mãos até seus tornozelos, desafivelando a sandália. Antonella solta um gemido e meu amigo que estava começando a adormecer, acorda novamente. Repito a mesma coisa com o outro pé e ela solta mais um gemido.

Mia bella, se continuar gemendo assim não responderei por mim. – falo deixando os sapatos de lado e me erguendo até sua boca.

― E quem disse que quero que responda. – diz olhando para meus lábios

Mia cara. Você não está em condições e não quero que se arrependa depois. – digo sorvendo o calor de seu hálito

― Eu não irei me arrepender. – diz ébria

― Mas não posso. Não com você neste estado. – digo me levantando ― Quero você sóbria para aproveitar cada segundo que tivermos juntos.

Antonela se levanta cambaleante e segue para seu quarto. Sei que pode estar com raiva agora, mas irá me agradecer mais tarde. Vou até a cozinha procurar algo que possa usar para curar a ressaca que ela terá pela manhã e não encontro nada que irá servir. Envio uma mensagem ao meu soldado com uma lista de que preciso, incluindo um bom café e alguns analgésicos. Dou-lhe o endereço e digo para entregar dali algumas horas. Escuto o chuveiro ser desligado e sei que Antonella já deve estar pronta para ir para cama.

Arrumo as almofadas sobre o sofá e me deito. Não será uma noite confortável, mas é o que temos para hoje. Me ajeito do melhor que posso e fecho olhos. Algum tempo depois adormeço.

 Algum tempo depois adormeço

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            Acordo com o sol batendo na janela de meu quarto e sinto que uma britadeira está fazendo um buraco em minha cabeça

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Acordo com o sol batendo na janela de meu quarto e sinto que uma britadeira está fazendo um buraco em minha cabeça. Tive um sonho estranho com Federico me tirando da boate e me trazendo para cá. Mal consigo abrir olhos. Com muito custo me sento na beira da cama. Um cheiro maravilhoso de café chega as minhas narinas e meu estômago dá sinal de vida. Saio do quarto com os olhos semicerrados e vejo a figura de um homem. Forço meus olhos para abrir e percebo que é Federico.

A herdeira perdida da máfiaWhere stories live. Discover now