Parte sem título 6

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Entro no quarto que é aparentemente comum se não fosse as minhas fotos espalhadas na parede onde se encontra a escrivaninha, um notebook com a minha foto no plano de fundo e um casaco que parece com o que perdi semana passada em cima da cama.
Adicionando mais um item na lista desse cara:
-Sequestrador;
-Louco;
-Obsessivo;
Me aproximo da parede de fotos.
Vejo várias que estou na frente da escola, umas chegando em casa, outras com minha mãe, outras com minha tia, mas a uma seleção de 5 fotos que me chamam mais atenção, são fotos minhas em meu quarto, fotos minhas dormindo, umas com o meu rosto bem focalizado enquanto eu durmo.
Afasto a cadeira em frente ao notebook e sento-me, aperto a tecla enter e a tela se transforma em uma filmagem, a filmagem do meu quarto.

A cama está desfeita, a varias roupas em cima da mesma, parece-me muito como a deixei antes de ser praticamente arrastada para fora de casa.

Vejo a porta do meu quarto ser aberta... Espera um pouco... É a minha mãe?

Sim! É ela, ela está chorando, senta-se na minha cama e a vejo com um terço e uma foto minha em mãos!

Todos com uma foto minha... -Penso ironicamente

Levanto da cadeira rapidamente e atravesso a porta como um raio e desço as escadas, a raiva queima a meus olhos.

Acho que eu vou matar o meu sequestrador por fazer a minha mãe sofrer, não me importa o que fará comigo, mas ver alguém que eu amo chorar, sofrer, é como a morte.

Chego à sala e o encontro jogado no sofá.

Ele levanta-se rapidamente e se põem em minha frente, nossos olhos estão conectados.

-Como ousa fazer minha mãe sofrer?! Como ousa me colocar neste inferno? Não me importa o que fará comigo, não me importa! Só arranje um jeito de parar o sofrimento daqueles que amo. -E a cada palavra pronunciada eu dou murros em seu peito o fazendo cambalear para trás, lagrimas rolam o meu rosto.

Harry segura os meus braços com a intenção de parar os meus socos, sinto o gosto salgado das lagrimas.

Ele diminui o espaço entre o que me faz estremecer um pouco e cola as nossas bocas.

Suas mãos soltam os meus braços com cautela, um braço se posiciona em minha cintura e uma mão vai para a minha nuca, não gasto forças para nos separarmos, o toque macio de seus lábios nos meus me acalmam momentaneamente.

Um beijo calmo começa a se formar, um beijo de alguma forma carinhoso.

Nos separamos por falta de ar.

Solto-me dos seus braços e dou dois passos para trás, tomando um pouco de distancia e tentando entender o porquê de ter aceitado o beijo do meu sequestrador.

Olho para cima, a procura dos seus olhos, minha bochechas queimam um pouco, mas finjo não ligar.

-Ainda estou com raiva de você. -Digo como se o beijo não tivesse tido a mínima importância para mim.

-Não diga como se o que aconteceu aqui não tivesse a mínima importância e a propósito, você não sabe fingir. -Ele diz e um sorriso começa a se formar n canto da sua boca.

-Não teve a mínima importância, eu ainda te odeio, você é um grande idiota e sem contar o pervertido por ter implantado uma câmera no meu quarto que eu nem sei como! -Digo com uma irritação notável em minha voz.

-Pervertido? Eu juro que quando você sai do banho eu fecho o notebook e te dou um tempo para se vestir, mas as vezes você não é muito rápida... Mas vem cá, me diz se o beijo foi bom? Eu sei que você gostou - Ele diz e um riso escapa por sua boca

-Você continua pervertido e idiota! E eu odiei o beijo. –Digo

-Pervertido? Eu juro que quando você saia do banho eu fechava o notebook e te dava um tempo para se vestir, mas as vezes você não era muito rápida... Mas vem cá, me diz se o beijo foi bom? Eu sei que você gostou - Ele diz e um riso escapa por sua boca

-Você continua pervertido e idiota! E eu odiei o beijo. -Digo

-Já disse que você não sabe fingir pequena Jen. E sobre a sua mãe, vou deixar você ligar para ela mais tarde, e se quiser pode sentar-se ao meu lado para assistirmos um filme. -Ele diz, passa por mim, senta-se no sofá e liga a televisão.

Passo pela sua frente sem dizer mais nada e vou em direção as escadas.

Estou subindo o segundo lance de escadas e o ouço gritar.

-Mantenha-se longe do meu quarto pequena Jen. -Harry grita

Continuo a subir as escadas sem dar importância ao que foi dito, entro no quarto do Harry, pego a minha mochila e saiu do quarto batendo a porta com força para ele ouvir.

Abro a porta do quarto na frente do dele, entro e bato a porta com força novamente.

Jogo a mochila no pé da cama e me deito na mesma.

-Primeiro dia em minha prisão e o primeiro beijo -Digo ao teto.

Killer ColdWhere stories live. Discover now