𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐈

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Cidade de Pinewood ☁

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Cidade de Pinewood ☁

Aquele sol meio fraco, mas ainda sim incomodo aos olhos, despertou-me, aos poucos fui me levantando, esticando todo meu corpo, deixando meus cabelos caírem sob os meus ombros pequenos com algumas sardas. Girei meu pescoço fazendo movimentos circulares e detrás para frente. Aquela cama era grande, com edredom macio - qualquer um adormeceria facilmente naquele ambiente. Meu apanhador de sonhos ficava sempre próximo da mim, acreditava na misticidade daquele item de origem indígena.

Finalmente sai daquela imensa cama macia, estava com uma camiseta larga com minha calcinha box por debaixo, eram bem mais confortáveis do que as convencionais e também pareciam shorts, então agregava o útil ao agradável.

O cinzeiro estava cheio, tinha fumado muito, bebido um pouco, mas continuava sempre no meu limite, na corda bamba da minha vida sem graça e triste. Tinha algumas tatuagens pelo corpo com seus significados, mas nenhuma delas me deixava tão irritada quanto aquela cicatriz que tentava esconder no meu pescoço.

Fui até o banheiro e parei na pia de cabeça baixa, a gota da torneira pingava bem devagar, era o único som que ouvia, mesmo assim me deixa irritada - praticamente tudo me irritava. Suspirei e finalmente me olhei, vi aquela face com olheiras enormes debaixo dos olhos, cabelo emaranhado, em resumo um aspecto de derrotada.

- Preciso de um banho urgentemente. - falei isso e já providencie todo meu aparato feminino para ao menos trabalhar com dignidade.

Aquela água era relaxante, dava até vontade de sentir os toques de mãos macias transpassarem todo meu corpo. Há quanto tempo não pensava em sexo? Nem me recordo a última vez que dormi com alguém, não tinha o menor saco para isso. Namorar, casar, em suma, amar alguém dava trabalho e meu emprego definitivamente não permitia isso.

Finalmente, após me secar, trocar de roupa, pude sair de casa sem olhar para trás.

Morava num apartamento pequeno, mas dava para o gasto, para que luxo, não queria ser exposta, existiam pessoas ruins nesse mundo que não gostavam do que eu fazia, pois atrapalhava os planos delas. Enfim, puxei um cigarro, estava frio naquela merda de cidade - acho que uns 12° graus? Sei lá.

Ignorava todos ao meu redor, era como se eu fosse o ponto com cores naquele mar cinza e branco, era estranho, pois eu sempre achava que era eu quem era o pontinho manchado, uma vida de traumas e sem muitas folgas. Pus meus fones de ouvido e atravessei a rua com aquele mar de pessoas que pegariam o metro.

Pinewood era conhecida pelas florestas que guardavam seus próprios segredos, mas somente pessoas como eu sabiam quais sigilos, revelações e ocultismos que os grandes pinheiros exuberantes tinham a me mostrar.

Trabalhava em dois empregos: Um como treinadora de defesa pessoal numa universidade e outro numa organização não governamental que me criou depois que meus pais morreram em circunstâncias nem um pouco normais. Não me formei como a maioria, nem na escola e muito menos fiz faculdade, tudo sempre foi feito por eles, denominados M.C.S (Mercenários contra sobrenaturais), você não leu errado - Seres sobrenaturais existem, são altamente perigosos, além de serem fichados devidamente para sabermos: seu nível, sua raça, suas habilidades e sua forma de reprodução.

𝐌𝐄𝐔 𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐎 𝐍𝐀̃𝐎 𝐄́ 𝐇𝐔𝐌𝐀𝐍𝐎 (𝐇𝐈𝐀𝐓𝐔𝐒)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora