𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐕𝐈𝐈𝐈

23 4 20
                                    

 Cidade de Pinewood ☁

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

 Cidade de Pinewood ☁

 A aula estava indo muito bem, os alunos estavam animados com o que aprendiam, meus ouvidos atentos também ouviam praticamente tudo o que acontecia ao meu redor, afinal meu corpo todo era sensorial, sentia o ambiente, os cheiros. O motivo, vocês sabem o porquê: A maldita cicatriz. Apolo estava do outro lado da sala, treinando com o tal Martinez, dava para ouvir a leve conversa de ambos, mas fingia não saber de nada, afinal, humanos não têm super audição. Ah, menos que fosse a minha pessoa.

— Já falou para ela como se sente?

— Não, melhor não falarmos nesse assunto, Martin. Não quero que ela brigue conosco. - disse Apolo.

— Qual é Apolo, você gosta da Melissa? Ok, ela é sua instrutora e vizinha. Nem acredito nisso. Alguém mais sabe?

— Não. Esquece isso, vamos focar na aula.

— Acho uma ótima ideia. A conversa deve ser boa. - apareci e fiquei de frente para ambos. — Que tal colocarem em prática o que ensinei? Martinez, venha aqui. - Olhei Apolo com raiva, afinal ouvi sua breve conversinha. Querem compartilhar?

Ambos ficaram em silêncio, típico. Então, o amigo de Apolo se aproximou com insegurança ao andar, ajeitando os óculos em seu rosto fino. Percebi ele engolir um pouco de saliva que passou pelo seu pomo de Adão. Chamei com o dedo indicador para ficar mais adiante.

— Quero que tente me acertar.

— M-mas e se isso te machucar? - dei uma leve risada com um suspiro.

— Não vai, mostrei a técnica, agora preciso mostrar a prática. Vamos, me acerte.

Ele até tentou, mas o desarmei facilmente, todos ficaram impressionados, ou quase todos. Apolo parecia já estar acostumado, mesmo fingindo surpresa como os demais presentes. O mistério em volta dele era maior do que o meu. Assim fui ajudando os demais que eram desengonçados a aprenderem, uns pegavam mais rápido, outros nem tanto. Assim, mais uma aula foi ministrada, o falatório geral foi que adoraram as técnicas que ensinei e também que fui legal com todos.

Apolo foi o único a ficar naquela sala como pedido por minha pessoa, ele aguardava minhas instruções e, quando a porta foi fechada, cheguei perto dele, não o suficiente para ficarmos íntimos demais.

— Então, estou aqui. - falou sem o tom brincalhão dele, estava sério.

— Parece que sua máscara caiu facilmente. Afinal, achei que fosse um idiota que apenas sorri para tudo e todos.

 — Olha, não menti para você, mas também não somos um casal. Não saiu contando tudo para quem não conheço.

Ele estava usando minhas palavras contra mim mesma, admito ele era esperto.

— Esqueçamos isso, tenho uma proposta para você. - o deixei curioso. Logo puxei minha faca de caça, vi sua expressão mudar para assustado.

— Isso é de verdade?

𝐌𝐄𝐔 𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐎 𝐍𝐀̃𝐎 𝐄́ 𝐇𝐔𝐌𝐀𝐍𝐎 (𝐇𝐈𝐀𝐓𝐔𝐒)Where stories live. Discover now