𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐈𝐕

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Cidade de Pinewood ☁

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Cidade de Pinewood ☁

O refeitório inteiro ficou olhando para a nossa mesa, enquanto Apolo estava de pé bem ao meu lado. Cerrei meus punhos e comecei a suar frio, odiava toda aquela gente me olhando, não gostava de ser observada, me remetia ao meu passado, onde passei a vida quase toda sendo vigiada — estava tendo uma crise de pânico. Tinha que me controlar para não fazer alguma merda na frente de todos, já não bastava está um pouco machucada devido ao ataque agora esse cara que acabei de conhecer estava sendo bastante inconveniente.

— A-Amiga...quer me explicar? – Hanna estava cética e surpresa ao mesmo tempo, uma dúbia emoção.

Apolo apenas piscou para mim como se dizendo "quero lhe ajudar", tinha que entrar no jogo dele e voltar para o QG rapidamente ou David arrancaria minha cabeça.

— Estamos saindo.

Tentei não parecer uma parede ao falar (para quem não entendeu paredes são frias e tal), humanizei minha fala e deu um sorriso falso me levantando. Fiquei ao lado dele, ainda era visualizada por todos os presentes, mas tinha que fingir que estava tudo bem.

— Vamos indo, depois eu te ligo. Até mais tarde Hanna.

— Foi um prazer conhece-la, Hanna. – Apolo segurou minha mão e nos dois saímos.

Andamos bastante para que que estivéssemos longe de todos, as mãos dele eram quentes e macias, dava uma sensação boa como tomar banho matinal, mas ao me tocar finalmente solte-a imediatamente e o prensei contra um dos armários.

— Qual é a sua?

— A minha? A minha o que? – ele estava com as mãos para cima, se rendendo para mim, mas minha vontade era de soca-lo ali mesmo.

— Porque disse aquilo? Você perdeu o juízo e quer que eu ponha de volta?

Disse aquilo segurando o corpo dele com meu cotovelo — Apolo não era de confiança, não podia me deixar enganar por um rosto bonito ou palavras gentis, não foi para isso que me treinaram a vida quase toda. Percebi que ele não iria contra atacar e soltei ele devagar mantendo distância.

— Fala ou te arrebento.

— Apenas queria te ajudar. Porque é tão desconfiada assim? – ele falava como se fosse um amigo.

— Porque as pessoas não são confináveis e você é um estranho que acabei de conhecer.

— Se não são confiáveis, porque tem uma amiga tão legal? – ele tinha um bom ponto, mas explicar para ele definitivamente não iria rolar.

— Olha, não sou de agradecer, mas obrigada, agora preciso ir. Não me siga.

Porém quando estava me virando para ir embora, ele disse algo que parou meu coração rapidamente — não de uma forma romântica, mas sim preocupante.

𝐌𝐄𝐔 𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐎 𝐍𝐀̃𝐎 𝐄́ 𝐇𝐔𝐌𝐀𝐍𝐎 (𝐇𝐈𝐀𝐓𝐔𝐒)Where stories live. Discover now