𝐌𝐄𝐔 𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐎 𝐍𝐀̃𝐎 𝐄́ 𝐇𝐔𝐌𝐀𝐍𝐎 (𝐇𝐈𝐀𝐓𝐔𝐒)

𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐈𝗜𝗜

Cidade de Pinewood ☁

Pareciam um bando de idiotas, menos um deles, que me olhava serenamente a tempo todo — Aquilo estava me irritando. Meu casaco escondia meus Slopers, afinal aquelas pulseiras chamavam atenção, eram diferentes de tudo que uma pessoa normal já viu, de braços para trás me senti no exército de novo com um bando de novatos esperando meu comando.

— Já me apresentei para vocês, mas quero deixar uma coisa bem clara. Não sou conhecida por pegar leve, muito menos por ser gentil, então como dito antes se quiserem desistir a porta está logo ali. – Apontei em direção à porta de madeira da sala, ninguém se moveu. Tinha dois rapazes cochichando algo, estava ficando irritante.

Os dois que estavam falando pareciam metidos a besta, duvido muito que garotas com cérebro se interessariam por eles, mas eram bem íntimos, então supôs serem amigos, enquanto os outros estavam alheios a mim, tirando aquele que continuava me olhando super determinado. Pigarreei uma vez, duas, na terceira não aguente.

— Vocês dois aí atrás! – eles pararam e com aquelas expressões de soberba na cara olharam para mim. Um era negro e usava um boné para trás, o outro branco loiro, cabelo parecia de um cantor pop. — Se aproximem.

Eles cochicharam algo e ficaram dando risadinhas, eram maiores do que, mas não me intimidavam — afinal eu matava coisas maiores do que eles.

— Qual motivo para não prestarem atenção as minhas instruções?

Os dois deram sorrisos irônicos, mas quem abriu a boca foi o tal loiro com cabelo lambido, ele me irritava bastante, os outros alunos permaneciam calados, um deles até mascava chiclete como se estivesse ali por obrigação.

— Sendo bem franco aqui, não acho que tenha porte e nem força para ensinar a gente a aprender alguma coisa de defesa. E também já faço isso no meu esporte, além de você ser bem baixinha. – O amigo dele fez uma espécie de "uou", como se ele tivesse dito algo super humilhante para mim e alguns até riram baixo, menos o que ficava me encarando bem quieto. — Apenas fatos sabe, mas você é gostosinha.

Dessa vez as risadas foram maiores, mais uma vez um deles apenas olhava tudo e parecia não estar satisfeito com rumo daquela conversa, mas eu não era qualquer garotinha assustada, então deu um meio sorriso sem mostrar os dentes, pus os braços cruzados para frente e fiquei perto dele, daquele loiro presunçoso.

— Qual seu nome?

— Noah Parker. – falou com determinação e ainda sem tirar o sorriso irônico da cara.

— Noah Parker. O que você faz?

— Sou quarterback do meu time, o Furious Eagle. – Ele e o amigo deram um, toca aqui ainda rindo.

Ele parecia bem confiante, mas como disse: eu era uma desgraçada sem coração.

— Noah Parker, quarterback. Impressionante. – Ele continuava se sentindo um deus. — Quero que você me bata.