Capítulo Vinte e Sete | Presente Misterioso

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             QUANDO ABRI MEUS OLHOS NOVAMENTE ME DEPAREI COM OUTROS ME ENCARANDO

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             QUANDO ABRI MEUS OLHOS NOVAMENTE ME DEPAREI COM OUTROS ME ENCARANDO. Minha irmã estava em um estado deplorável, mas eu sabia que estava pior que ela. Os olhos cor de âmbar de Feyre observaram atentamente cada movimento que eu fazia como se eu fosse algum tipo de traidora. Certamente, precisávamos conversar sério. Meu corpo doía de uma maneira intensa, mas os machucados que Aemond havia feito em mim haviam sumido completamente, presumi que alguém tinha me curado, provavelmente Rhysand. De fato, tinha passado por um momento caótico antes de desmaiar e ser presa no mesmo calabouço que a minha irmã. Ela me olhava com ódio, e eu só estava aliviada por ela ainda estar viva.

——— Seu braço, Feyre... Está quebrado. — Foi a primeira coisa que eu consegui dizer, enquanto levantava meu corpo e me empurrava na direção dela. A garota não disse nada. ——— Pode, por favor, deixar de ser cabeça dura e me deixar dar uma olhada?

——— Posso perguntar o porquê de você estar sentada ao lado dela o tempo todo? Você sumiu e quando eu finalmente te encontrei, você estava com ela, se curvando perante à ela! — Consegui sentir o ódio em suas palavras, haviam tantas coisas a serem ditas que eu precisei respirar fundo antes de a responder.

——— Eu tive que fazer isso. — Falei confiante puxando o vestido para cima, minha barriga estava coberta por um grande curativo mas a adaga que Rhysand me entregou continuava intacta. ——— Feyre, existem muitas coisas sobre mim que não são de seu conhecimento e essas coisas me levaram a fingir estar ao lado dela, mas não obtive sucesso como pode ver.

——— Quais coisas sobre você? — Perguntou-me esnobando da minha cara, como se eu estivesse enlouquecendo e dizendo nada com nada.

——— Você não vai acreditar se escutar diretamente de mim. — Disse, dando uma risada irônica. ——— Mas, você vai descobrir. Agora, posso olhar o seu braço?

Feyre ainda parecia relutante, mas eu era sua única opção no momento. Quando ela estendeu seu braço, eu o toquei e a vi se contorcer levemente, mesmo sem falar nada. Retirei a faixa enrolada na minha barriga e usei para prendê-la no braço dela, de alguma forma aquilo ajudaria, eu acho... Não havia muito o que eu pudesse fazer.

——— O enigma... Você já pensou sobre? — Perguntei, me afastando e sentando no lado contrário da cela. O lugar era escuro e fedia, mas eu preferia isso do que a morte. ——— Feyre, você tem dormido?

——— Não. — Ela disse encostando a cabeça na parede, conseguia ver as olheiras debaixo de seus olhos e a maneira como ela aparentava o cansaço. ——— Precisava ficar de olho na ferida!

——— Durma um pouco, agora eu estou aqui. — Caminhei para perto dela, ficando ao seu lado, a faca em uma mão e a outra livre para me apoiar naquele chão sujo. Feyre me olhou por um segundo, então aceitou a ideia e fechou os olhos. Em minutos eu notei a sua perna parar de balançar com a ansiedade, indicando que estava dormindo.

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