‎‧₊˚Capítulo1⋆ ˚‧₊˚🍎✩ ₊˚✉️⊹⭑

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Desde pequeno, meu grande sonho é ser um guerreiro, um que nem minha mãe. Ela foi contratada pela família real para proteger o rei da época, infelizmente ela morreu em uma das guerras, mas nunca deixou o rei com um se quer arranhão.

Minha mãe sempre me levou para seus treinos, ela treinava todos os dias exceto nos domingos, ela sempre me levava para o lago aos domingos no entardecer, ficávamos horas conversando na ponte com os pés no rio, vendo o entardecer indo embora e uma lua sendo clareada no céu escuro.

Mas quando ela morreu, se tornou uma rotina diferente.

Sigo o mesmo caminho todas as manhãs, um caminho difícil, mas que vale a pena. Chego no topo da colina vendo a mesma cena, o céu alaranjado e gramas verdes com tons de branco devido às pequenas flores que ali habitavam, junto do corpo da minha mãe, foi onde enterraram ela. Um dia antes do meu aniversário de onze anos, ela iria me levar ao castelo.

E no final da tarde vou ao rio todos os dias, exceto os domingos. Ela sempre disse que os domingos no entardecer é o nosso dia, então não faz sentido eu ir sem ela.

Deito ao lado de seu túmulo e observo o céu, brincando com uma espada em minhas mãos, uma espada preta com detalhes em azuis-escuro, a espada que em alguns anos atrás foi dela. Tirando o cavalo que eu quase briguei com eles para devolver, foi a única coisa que eles me deram. A sua espada preciosa, ela nunca deixava eu mexer nela, mas dizia que um dia seria minha, e aqui estou eu com sua espada bem antes do que eu imaginava.

A realeza nem veio ao seu enterro, entregaram 2 mil em dinheiro e nunca mais falaram com nossa família, óbvio que ficamos com raiva, mas precisávamos desse dinheiro e não iríamos reclamar para acabar ficando sem nada.

— Vou ser o próximo guerreiro, por você mamãe!–me levanto, ainda olhando para seu túmulo, lembrando de nossas melhores memórias, dos dias em que ela me levava para caçar algo para comer.

Desci a colina, aproveitando o dia que continua amanhecendo, fui caçar, ultimamente os animais dessa área estão mais espertos, procurando dar uma volta bem maior do que faziam antes até chegar no rio. Mas mesmo com alguns pequenos animais, eu continuo a caçar nessa área, talvez algum dia eu mude de lugar.

Me escondendo atrás da árvore, posso observar um pequeno coelho de cores claras, comendo alguns tipos de arbustos. Miro no meio de sua barriga, tentando não fazer barulho, solto a flecha e acerto o alvo. Conferindo se não tem mais nenhum alvo, busco meu arco e o coelho. Colocando ambos na minha mochila indo procurar mais.

Quase dando 10 horas e meia chego em casa, com seis coelhos, entrego para bagi, uma das pessoas que divido o abrigo. Preparo uma peça de roupa e vou para o rio tomar um banho.

Richarlyson, uma criança que capturei das guerras, foi para o rio comigo, então passamos um bom tempo brincando no rio. Escondemos nossos pertences no meio de um arbusto, desda última guerra, é muito comum haver roubo por aqui, aliás não se acostumamos a última guerra, lugares continuam destruídos, muitas pessoas estão sem emprego e muitas morrendo de fome. Por sorte, sei caçar e ensinei aos meus amigos, todos são bons em algo e eu me dei bem com a caça, então me viro sozinho, já os outros fazem grupos de caçadas.

Bagi prepara a comida e Richas ajuda a deixar o abrigo mais confortável e aconchegante. Muitas vezes Cellbit sai com Richas e o Felps caçar, enquanto Mike cuida de coisas para nossa saúde Ele antes das guerras começarem, era um cientista profissional, tinha um laboratório e tudo.

Recentemente mandei uma carta à realeza, a ilha vizinha ameaçou o próximo rei, nunca vi esse tal de “Fit”, só o pai dele, o que minha mãe era guardiã. No abrigo temos um rádio, por lá ficamos sabendo das novidades. A realeza andou procurando candidatos para ser o guardião do Rei, e é óbvio que me voluntaria junto dos meus amigos.

O GUARDIÃO - HIDEDUOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora