Com a revolução mágica o mundo mudou para sempre. O que a maioria das pessoas acreditava ser ficção, contos de fadas e histórias de terror, na verdade era bem real, infelizmente a maioria das pessoas não estava preparadas para isso; principalmente o...
Ninguém sabia de onde aquelas criaturas haviam saído, muito menos eu. Em meio ao casamento da minha mãe com a Charlotte, recebo um aviso da Ruby sobre um ataque de quimeras em Copacabana. Agora como representante dos feiticeiros, um concelheiro da Ordem, esse tipo de coisa seria comum.
Sempre existe uma nova batalha a ser travada, alguém precisando de ajuda, um super vilão querendo destruir ou controlar o mundo, ou simplesmente enriquecer de maneira fácil, essa baboseira de sempre. Prefiro chamar eles de vilões mas isso não significa que sou um herói, por mais que alguns achem que sim. Bem, talvez realmente seja, só não estou pronto para admitir isso, acho que iria ferir um pouco o meu ego, já que tenho uma reputação a zelar.
-As pessoas já foram evacuadas? -Perguntei para o primeiro oficial da Ordem assim que sai do meu portal mágico, trazendo Jonathan comigo. Parece que mais alguém não havia gostado tanto dos bens casados.
-A maioria sim, senhor. Outros se abrigaram nos hotéis e restaurantes próximos. Nosso objetivo é não deixar que entrem nos prédios. -Disse o comandante, que pelos seus olhos lilás e cílios longos com certeza era uma fada. Só essa raça possui homens com um incrível senso de estilo. Mas é fácil para eles que praticamente já nascem maquiados.
-Ei você! Essa é uma área de conflito. Se afaste para sua própria segurança. -Dizia um dos comandantes dos caçadores que junto de seus subordinados impediam que Jonathan avançasse.
-Ele está comigo! Deixe ele passar! -Ordenei para os caçadores que permitiram a passagem de Jonathan, que ainda estava vestido com seu terno do casamento.
Eu por outro lado já havia assumido o meu manto como representante dos feiticeiros, aquilo que me destacava como um conselheiro da Ordem aonde quer que eu fosse, afinal identidade visual é tudo. Você é o que veste.
Minha roupa havia sido confeccionada pela Diáspro, então não sei exatamente do que era feita, provavelmente algum tipo de magia com tecidos, pois a gola alta que se unia as ombreiras pontudas parecia ser couro de algum animal, tão escura quanto a ausência total de luz, descendo em mangas bufantes na cor cinza escuro, levando a luvas pretas que deixavam os dedos a mostra, assim como minhas unhas negras e pontudas de corvo. Parte do meu peito ficava a mostra, aonde o cristal losangular vermelho ardente com bordas em dourado, fundido a minha pele, ficava a mostra. Havia uma espécie de cinto largo na minha cintura, deixando um pouco do tecido caído sobre a minha coxa em pontas triangulares. Ainda na minha cintura, estava o cordão com o pentagrama símbolo da Assembleia Dos Feiticeiros. Terminando com botas pretas de cano alto e salto.
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-Sinto que acabei de ganhar uma pulseirinha vip para o camarote. -Comentou Jonathan ao meu lado. -Gostei da roupa. Você ficou lindo nela.
-Obrigado. Mas não sei se teve teve sorte ao ganhar essa pulseirinha.
