As Aventuras Da Vovó

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Já vote na estrelinha porque sei que você vai esquecer.

Boa Leitura

Narrador Boreal

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Narrador Boreal

Vovó Serafim havia feito um pão trançado caseiro, assado em um forno a lenha que tinha do lado de fora da cozinha, depois polvilhou açúcar em cima. Ainda estava bem quentinho quando o abriu com as mãos e dividiu entre nós.

-Estava muito gostoso vovó. Chega manteiga derrete.

-Que bom que gostou Boreal. -Vovó sorriu para mim, servindo a vitaminada que havia batido com as frutas do jardim. -Engraçado que seu pai odiava a minha comida quando estava na adolescência, até mesmo dava o que restava para o Cérbero, achando que eu não estava percebendo. Não sei se eu cozinhava assim tão mal na época, ou se apenas ele que tinha um paladar chato. Mas confesso que depois que me casei com a Charlotte acabei tendo bastante tempo livre, então me dediquei a várias hobbies, assim como ela. E culinária foi a que mais gostei. Você quer saber o ingrediente secreto que fez esse pão ficar tão gostoso?

-Quero!

-Amor, carinho e um pitada de magia. Se tiver esses três ingredientes, tudo o que fizer na cozinha será muito bom. Mas isso vale para vida também. -Vovó sorriu e ficou me observando comer.

-Está pronto para continuar ouvindo as nossas aventuras Boreal? -Vovó Charlotte perguntou quando nos sentamos na sala outra vez.

-Estou! -Estava curioso para saber o que tinha acontecido quando os contratos mágicos foram assinados.

Narrador Charlotte

Assim que a velha senhora assinou seu nome no pergaminho mágico, selando o pacto com o comprador dos quatro anos de vida que lhe restavam, seu corpo instantâneamente rejuvenesceu, a tornando uma bela mulher de vinte e poucos anos. O ápice de sua beleza e saúde física. Cabelos antes brancos e ressecados, voltaram a ficar lisos e escuros.

Bridget Bishop conjurou um espelho negro na frente da mulher, a qual ela ficou de admirando, sem acreditar que aquele era mesmo seu rosto e corpo. Recebendo os aplausos de todos no restaurante, incluindo o nosso, pois tínhamos que disfarçar bem.

Depois entrou o pai empurrando a cadeira de rodas de seu filho tetraplégico. O homem não perdeu tempo em assinar o pergaminho, sendo assim, igualmente rápido, o menino começou a reclamar que suas pernas estavam coçando, além de receber pequenos choques elétricos que percorriam todo seu corpo. Logo as pernas finas ficaram mais grossas, assim como os braços antes apenas apoiados na cadeira de rodas, ganhavam novos músculos. Logo ele começou a mexer os dedos e depois as mãos, as forçando contra a cadeira de rodas e assim se levantando da cadeira que por tanto tempo tinha sido sua prisão.

O menino correu até seu pai e o abraçou. Os dois se emocionaram, caindo em lágrimas, o mesmo aconteceu com alguns que estavam no restaurante, incluindo a leiloeira, mas sabia que sua emoção era forçada, pois enxugava olhos que já estavam secos, nenhuma lágrima se formava neles.

O Corvo E O Lobo 4 - Legado De SangueWhere stories live. Discover now