Com a revolução mágica o mundo mudou para sempre. O que a maioria das pessoas acreditava ser ficção, contos de fadas e histórias de terror, na verdade era bem real, infelizmente a maioria das pessoas não estava preparadas para isso; principalmente o...
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Narrador: Serafim
Estava preparando um chá relaxante muscular para a Charlotte, mesmo já tendo certa idade ela insiste em continuar treinando de forma intensa, se recusando a aceitar os anos que tem e as rugas no rosto, mesmo que eu sempre dizendo a ela o quanto ela fica charmosa parecendo mais madura. Ela também se naga a usar qualquer feitiço ou procedimento estético para parecer mais jovem, o que eu não entendo já que ela odeia que digam que está envelhecendo, eu mesma aos poucos fui deixando de usar meus feitiços que faziam que eu parecesse alguns anos mais nova, porque isso já estava deixando ela um pouco incomodada.
Nós duas temos a mesma idade, daqui a dois anos já vamos estar na casa dos sessenta, mas com ou sem feitiços, ninguém diria que temos essa idade, já chegaram até a me dar quarenta e cinco, quando fomos aquele restaurante francês na nossa lua de mel, um presente da representante dos humanos Michelle. Tudo graças a uma boa alimentação e cuidados físicos, acompanhado de uma boa noite de sono.
-Muito obrigada!
Agradeci a uma pequena dríade das matas cujo o corpo era menor que a minha mão. Seu corpo era coberto de musco, tendo suas mãos e pés feitos de madeira, fazendo com que parecesse que estava usando luvas e botinhas. Galhos formavam um par de chifres em sua cabeça, onde uma cascata de matinhos cresciam formando algo que parecia com longos cabelos até seus pés, deles pequenas camomila brotavam, onde ela os apanhava e os entregava a mim, para colocar no chá que estava fazendo.
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Porém mais do que só camomila, erva cidreira e gengibre ferviam naquele chá, e é claro mel e um pouquinho de magia faziam toda a diferença no sabor e no efeito que teriam. Caso contrário nem eu e nem Charlotte conseguiríamos continuar agindo como espiões secretas para a representante dos humanos. Isso é um segredo que nem mesmo nossos filhos sabem, isso é tão divertido. Me faz lembrar a juventude quando tinha que lavar o cabelo várias vezes para tirar a gordura de sangue dos fios.
-Amor o chá está pronto!
Gritei avisando Charlotte que pintava um novo quadro na varanda da cozinha, tendo Arina como sua ajudante, que adora brincar com tinta. No entanto assim que servi o chá na xícara e estava prestes a levar para ela, senti uma onda de energia maligna varrendo toda a casa e o jardim, me fazendo derrubar a xícara no chão, desperdiçando o chá e quebrando a porcelana em vários pedaços. Até mesmo a dríade e outras silfídes do ar que haviam se reunido na cozinha, por causa do aroma do chá, ficaram visivelmente incômodas com aquela presença que pesava o ar.
