Sacrilégio

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Eu aconselho vocês a lerem o epílogo do terceiro livro, que se conecta diretamente com esse capítulo e com o nosso prólogo. Já faz tanto tempo, então acho que devem ter se esquecido. Mas é muito importante.

Boa leitura.

5 ANOS DEPOIS

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5 ANOS DEPOIS

Narrador: ?

"Aonde eu estou? O que eu sou? Quem são vocês? Porque não me respondem? Me tirem daqui! Está doendo! Por favor! Parem de me machucar!"

Tem algo na minha boca. Um cano eu acho. Que desce até o fundo da minha garganta, por isso não consigo falar, por isso eles não conseguem me ouvir. Mas quem são eles? O que eles querem?

Estou preso dentro de tanque de líquido esverdeado na forma de um cilindro. Além do cano na minha boca, que também tampa o meu nariz, existem outros fios conectados ao meu corpo, por onde eles me dão choques, e injetam alguma coisa. As vezes não dói, mas em outras parece que estou derretendo por dentro, mas não consigo gritar, mal consigo me mexer.

Eu acho que eu nasci aqui. Sempre estive aqui, preso dentro desse tanque. Raramente consigo abrir os olhos, quase como se estivessem colados, mas é porque estou sempre com sono. Durmo a maior parte do tempo. Pelo menos é isso que faz a dor ser menor,

Quando abro os olhos sempre vejo várias pessoas, homens e mulheres usando jalecos brancos. Mas não consigo ver o rosto deles, estão sempre embaçados porque só consigo ver através dessa água escura, e do vidro do aquário aonde estou preso. Parece ser um lugar escuro e improvisado, ou talvez seja apenas antigo. Ainda assim tem computadores e vários lugares, com telas brilhosas e bancadas cheias de botões, aonde eles apertam. Quando fazem isso eu sinto dor, muita dor. Eu peço para eles não fazerem isso, mas nenhum som sai da minha boca, por isso continuam me machucando.

A pouco tempo consegui começar a mover os dedos dos meus pés, e depois os dedos das mãos. É estranho. Faz cócegas. Isso fez com que aquelas pessoas ficassem felizes e agitadas. Tanto que comecei a receber visitas, normalmente eles apenas me olham de longe, anotando algo nas telas luminosas que carregam em suas mãos, mas aquela mulher foi diferente, ela veio até mim. Se aproximou tanto que quase consegui ver o rosto dela, parecia ser bonita. Eu acho que ela sorriu para mim. Nenhum outro jaleco branco havia sorriso para mim antes. Ela usava dois círculos na frente dos olhos, acho que é aquilo que chamam de óculos.

Ela esticou sua mão e tocou no vidro, depois abraçou todo o cilindro aonde eu estou. Ela parecia estar tão feliz quando os outros. Por ela ter se aproximado tanto, consegui ver que ela tem longos cabelos presos num rabo de cavalo. O que é um cavalo? O cabelo da franja dela também é bem longo desce em meia lua e se prende atrás, quase cobrindo o óculos dela. O que é lua?

Eu queria poder tocar nela também. Por isso fazendo muita força, eu pela primeira vez consegui esticar o meu braço. Eu não tinha percebido o quanto ele era fino. Isso pareceu deixar ela ainda mais feliz. Ela estava tão próxima do vidro do cilindro que a respiração dela embaçava o vidro.

O Corvo E O Lobo 4 - Legado De SangueOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz