Fallen Angel.

Capítulo 03.

Eu adoraria me ver do seu ponto de vista.

Pov- Ariana Grande.

Meu irmão e eu somos gêmeos, mas pessoas totalmente diferentes. Nascemos da mesma barriga, dividimos o útero, mas fomos criados separados.

Jace ficou com nosso pai, um homem que estava cheio de amor para dar, enquanto eu, com a nossa mãe, uma drogada que destruiu meu psicológico.

Quando meu pai conseguiu me recuperar dos braços daquela maldita, eu já estava com a cabeça ferrada. Só então eu pude conhecer direito o meu irmão, diferente de mim, ele é uma boa pessoa, mas desde então, vivemos grudados, como se tempo algum fosse capaz de recuperar o que perdemos.

Eu só tinha treze anos quando me tornei esse ser frio que não se importa com nada. Tudo o que fiz foi sofrer nas mãos de uma mulher, e agora, sou o cara que as faz sofrer.

Não que me orgulho disso, mas eu sou assim, aquela mulher me fez ser assim.

Me levanto ao ouvir meu celular despertar. Felizmente é sexta feira, último dia de aula da semana e terá festa aqui em casa, não há nada melhor do que encher a cara na pinga e pegar uma puta por aí, isso se aquela vadia da Kayla me deixar em paz.

Fiquei com a Kayla no final do ano passado, e desde então ela não me deixa em paz, querendo namorar, sair de mãos dadas e as porra tudo. Isso não é para mim, mas ela não entende e fica esfregando aquele peito siliconado em mim.

Vou até o banheiro e tomo um banho rápido. Me visto com blusa e calça larga e saio do quarto, indo para a cozinha.

Moro em uma casa que fica a vinte minutos da faculdade, ela é totalmente típica de Los Angeles, branca, com uma cerca e dois andares.

— Bom dia, Tom.— Meu irmão diz quando apareço na cozinha.

— Bom dia, Jace.— Falo, abrindo a geladeira e pegando uma garrafa de leite.

Pego o pacote de cereal e coloco em uma tigela, seguido o leite. Sinto os olhos de meu irmão me queimarem, e o encaro.

— Tá me olhando assim por que caralho?— Indago sem paciência.

— Você foi na cafeteria ontem.— Disse.

Me sento na mesa e dou de ombros.

— Como quase todos os dias.

— Como todos os dias, você quis dizer.— Corrigiu.— E eu sei porque.

— Você não sabe de nada, Jace.

— É para ver a ruivinha, aquela gostosa que estuda...

— Cala a porra da boca.— Bato a mão na mesa, fazendo um pouco do cereal voar.

Jace começa a rir de mim, como se tivesse realmente graça. Olho para ele com os olhos estreitos.

— Cara, fala sério. Por que não a chama para sair?

— Eu não quero sair com ela. Não faz meu tipo.

— Realmente, ela é do tipo quietinha, não vai as festas e nem nada. É bem diferente das puta que você pega.— Ri mais uma vez, e bufo.

— Tá bom, parou?!

— Eu não sou burro, Tom. Você tá fissurado nessa menina, desde que ela entrou na UCLA. Fica seguindo ela igual um psicopata, sendo que é mais fácil simplesmente conversar com ela.

Mordo meus lábios com força.

Jace tem razão, tô fissurado nessa garota. Não consigo parar de pensar em Angel desde que a vi pela primeira vez, ela me chamou a atenção como ninguém nunca conseguiu, e por alguma razão, não consigo falar com ela. Eu transo com outras pensando nela, e isso é idiota pra caralho.

A garota tem uma cara de ser santinha, não é para mim.

— Eu sei o que você fez ontem, vai no trabalho dela só para vê - lá um pouco mais, e é o único momento que você tem a chance de ouvir sua voz, de ficar a milímetros de distância dela.

— Chega porra!— Me levanto empurrando a cadeira para trás, quase a derrubando.

Sei que Jace não faz por mal, mas às vezes, seu jeito me irrita.

Olho para ele e suspiro, saindo dali.

Vou até os fundos da casa e pego um cigarro em meu bolso, o acendendo e soltando a fumaça. É a única coisa que tem sido capaz de me acalmar, e eu ando me irritando bastante.

Preciso me aliviar, tirar Angel da cabeça o mais rápido possível.

Felizmente, já tenho a putinha da Kayla para isso, e hoje vou meter nela como nunca, descontar todas as minhas frustrações.