Angel sempre foi a garota exemplar, vem de uma família considerada perfeita, mas a verdade é que ninguém sabe como sua vida é um inferno dentro de casa.
Sendo filha do único pastor da pequena cidade de Lancaster, ela tinha que se mostrar ser a garo...
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Me separo de Angel, assustado com minha própria ação.
Quando ouvi suas palavras, tudo o que senti foi vontade de beijar seus lábios, e o fiz. Dessa vez, não consegui controlar minhas ações, porém, é errado fazer isso... Com Angel é errado. Devo ser apenas seu amigo e a proteger, não posso confundir seus sentimentos.
— Angel...— murmuro, sem saber o que dizer.
— Tom, isso foi... Nem sei o que dizer.
— Me desculpa!— me apresso em dizer.— Me desculpa, anjinho.
— O quê?— Riu, parecendo perdida.— Por que me pede desculpas?
— Eu não devia ter feito isso!— exclamo, desesperado.— Não tinha esse direito.
— Do que está falando? Tom, eu gostei do beijo. Ele foi incrível!
— Mas não devia.— Desvio meus olhos de si.— E eu não devia ter feito isso, Angel. Roubei o seu primeiro beijo, deveria ser algo mágico e com seu consentimento, mas estraguei isso. Estrago tudo nessa vida.
— Não! Tom, olhe para mim!— exigiu. Relutante, volto meus olhos para ela. Suas iris azuis estavam diferentes, sem muito brilho.— Pare de se achar um monstro, por favor, não faça isso consigo mesmo! Você não roubou nada, eu aceitei e lhe beijei de volta, não há nada roubado.
— Eu não me acho um monstro, eu sou. Uma pessoa boa, não teria matado a própria mãe!
Angel me olha sem expressão. Ela ficou estática, enquanto eu, estava agoniado.
— Pare de falar besteiras...— Balançou a cabeça.
— Eu sou assim. Por isso quero apenas sua amizade, lhe proteger. Não quero e não posso confundir seus sentimentos.
Um raio de tristeza transpassou por seus olhos. Angel parecia não ter mais o que falar.
Por dentro, me sentia triste também. Queria tanto poder beija-la sem me sentir culpado, mas não consigo.
Não sou uma boa pessoa. Matei minha própria mãe, por mais que ela fosse a pior, que tenha me feito sofrer...Eu não devia ter feito isso, aquele acidente foi minha culpa.
Sou um monstro...
— Vou te levar para casa.— é tudo o que consigo dizer.
Angel não disse nada, apenas me seguiu até onde estava minha moto.
A noite estava perfeita. Nossas conversas estavam ótimas, mas como sempre, eu tive que estragar tudo.
Às vezes me pergunto o que fiz de tão ruim ao nascer para merecer tanta desgraça na vida.
